Outro meganavio de minério (VLOC) pertencente à Polaris
Shipping enfrentou dificuldades na África do Sul. O proprietário sul-coreano
está sob enorme escrutínio na Coreia, após o desaparecimento – e presumido
naufrágio – do Stellar Daisy de 266.000 dwt na noite de sexta-feira. Um conjunto
multinacional de equipas de busca e resgate têm vindo a vasculhar o Atlântico
Sul, numa tentativa (até agora, vã) de encontrar sobreviventes. Apenas dois
marinheiros filipinos sobreviveram até à data, com outros 14 filipinos e 8
coreanos desaparecidos. Apesar do aumento de recursos na missão de busca e
salvamento, o mau tempo e a fraca visibilidade estão a dificultar os esforços.
Enquanto isso, fontes na África do Sul anunciaram que outro VLOC
antigo e pertencente à Polaris foi forçado a fundear ao largo da Cidade do Cabo
para reparações urgentes.
Tal como o Stellar Daisy, o Unicorn Stellar, também
construído em 1993, navegava do Brasil com uma carga de minério de ferro quando
foi forçado a alterar rumo. Os dados de rastreamento fornecidos pela
VesselsValue.com mostram que o navio tem estado nos limites do porto da Cidade
do Cabo nos últimos dias, enquanto aguarda queo trabalho de reparação seja
realizado. A sua condição é identificada como de “Manobrabilidade restrita”.
Apesar dos repetidos pedidos de informação à Polaris, a
empresa tem mantido o silêncio nos últimos dias. No entanto, a Polaris colocou
hoje no seu site uma nova postagem (inglês
e coreano) que “O caso está sob investigação e o resultado será anunciado
oportunamente; enquanto isso, todos estão, gentilmente, convidados a participar
na dor das famílias nestes tempos difíceis e evitar especulações, tanto quanto
possível”.
O navio desaparecido tinha sido construído no Japão como um VLCC
de casco único, sendo convertido em VLOC pela Cosco Zhoushan Shipyard há oito
anos, na China.
Seis semanas atrás, os inspectores chineses do controlo do
estado do porto encontraram seis deficiências no meganavio, relativas à sua
impermeabilidade. Foi autorizado a navegar para o Brasil, onde carregou 260 mil
toneladas de minério de ferro da Vale, estando de regresso à China quando o
desastre ocorreu na noite de sexta-feira, com um dos sobreviventes a descrever ingresso
de água no navio e um adorno rápido antes de virar.
Ontem, o Secretário-Geral da OMI, o coreano Kitack Lim,
comentou: “É muito triste a notícia de que a busca por sobreviventes do Stellar
Daisy foi até agora infrutífera. A Marinha do Uruguai indicou que haviam sido
encontrados detritos, combustível e barcos salva-vidas vazios mas, até agora,
nada mais”.
Lim prometeu realizar uma investigação completa do
acidente e que os resultados obtidos pela OMI serão usados para reduzir as possibilidades
de tal incidente vir a acontecer de novo.Fonte

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