31 de janeiro de 2017

Associação InterManager avisa a OMI sobre a crescente fadiga dos marítimos

A InterManager, a associação de gestores de navios, apresentou ontem, em Londres, as suas conclusões sobre a fadiga no mar à Organização Marítima Internacional (OMI). O Projecto Martha é um estudo profundo sobre os crescentes problemas colocados pela fadiga – tanto mentais como físicos – no mar.
A fadiga mental está a aumenta, segundo o estudo. São, cada vez mais, os marítimos que se sentem irritados, contrariados e infelizes a bordo.
"Temos de resolver isto", disse o secretário-geral da InterManager, Kuba Szymanski.
O estudo apontou que os efeitos da fadiga sobre a saúde também são físicos, como a fadiga muscular, dores no corpo, ansiedade e postura incorrecta.
Neste projecto, constatou-se que 48,60% dos marítimos dizem sentir-se mais estressados ​​no final de uma viagem, enquanto outros 61% se sentem mais fatigados no final da viagem, independentemente do comprimento da mesma.
O projecto Martha foi lançado em 2013. Foi liderado pela Warsash Maritime Academy na Southampton Solent University, e incluiu o Stress Research Institute de Estocolmo, o Centro de Saúde Marítima e Sociedade de Esbjerg, Dinamarca, a Universidade de Southampton e a Universidade Marítima de Dalian, na China.
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Estaleiro russo Krasnoye recebe encomenda de 10 navios

O estaleiro Krasnoye Sormovo, pertença da United Shipbuilding Corporation, assinou acordos para a construção de cinco petroleiros químicos e cinco navios de carga seca a granel, com data de entrega até o final de 2018.
Segundo os contratos de construção, o estaleiro construirá os petroleiros de 140 metros de comprimento para a BF Tanker, enquanto os navios de carga seca serão construídos para Paula Rise.
Embora os termos financeiros dos contratos não tivessem sido divulgados, o construtor de navios disse que a Companhia de Leasing de Transporte do Estado da Rússia (GTLK) é o cliente por trás das novas construções.
Já, no início de Janeiro, este construtor tinha recebido uma encomenda de um navio de cruzeiro para a companhia de cruzeiros Vodohod, programado para entrega em Fevereiro de 2020.
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O regresso à construção e a reparação de navios da Marinha no Arsenal do Alfeite

Acabado de receber 10 milhões de euros da Defesa, o Arsenal vai iniciar em breve a modernização das fragatas da Marinha, construir (pela primeira vez desde 2009) lanchas salva-vidas e, a partir de 2018, reparar os submarinos portugueses.
A quase exclusiva dependência do cliente Marinha vai manter-se nos próximos anos e é um risco no longo prazo para o Arsenal do Alfeite, num país já sem império ou guerras prolongadas. Obra prioritária é o aumento dos 138 metros da doca seca.
Será que o Estaleiro do Arsenal do Alfeite vai resistir?
Leia a reportagem DN na íntegra.

Entrada em vigor da Convenção relativa à água de lastro

A Convenção Internacional da Organização Marítima Internacional (OMI) para o Controlo e Gestão de Água de Lastro e Sedimentos de Navios, originalmente adoptada em 2004, alcançou o número necessário de ratificações e entrará em vigor a 8 de Setembro de 2017. A Convenção deverá ter um impacto significativo sobre os navios envolvidos no comércio internacional, exigindo-lhes a gestão das suas águas de lastro e sedimentos segundo determinadas normas mínimas, pelo que devem instalar a bordo sistemas de tratamento de água de lastro.
Na descarga de carga, os navios bombeiam, por norma, água do mar transportada nos seus tanques como lastro, para aumentar a sua imersão e assegurar estabilidade nas viagens de ligação. Esta água pode conter uma miríade de passageiros clandestinos biológicos, tais como bactérias e vírus que são habitantes inerentes ao porto onde a água de lastro é tomada e, em seguida, são libertados na água do próximo porto onde haverá carga para carregar. Embora a água de lastro seja essencial para a operação de navios, pode representar sérios problemas ecológicos, económicos e sanitários, devido à multiplicidade de espécies marinhas que transporta. Por exemplo, a água de lastro tem sido a principal causa de epidemias de cólera que matam milhares de pessoas e de espécies exóticas de algas e águas-vivas que têm afectar as espécies locais, causando perdas económicas substanciais para as indústrias de pesca locais.
Como resposta a estes problemas, foi estabelecida a Convenção Internacional para o Controlo e Gestão de Água de Lastro e Sedimentos de Navios para prevenir, minimizar e, em última instância, eliminar os riscos para a biodiversidade, meio ambiente e saúde humana resultantes da transferência de organismos aquáticos prejudiciais.
Ao entrar em vigor este ano, a Convenção obrigará os armadores a fazerem investimentos significativos na instalação de sistemas de gestão de água de lastro compatíveis. No entanto, as futuras regulamentações nacionais podem também impor requisitos mais rigorosos aos proprietários. Por exemplo, os Estados Unidos já implementaram regulamentos de tratamento de água de lastro separados com padrões mais exigentes do que os da Convenção. Entre outras coisas, os Estados Unidos exigem que os parasitas sejam mortos imediatamente quando a água de lastro é esvaziada, enquanto a Convenção da IMO exige apenas que a capacidade reprodutiva do organismo seja destruída, impedindo-a de se estabelecer numa nova área.
A Convenção aplicar-se-á a todos os navios de comércio internacional que:
1. Estejam registados em estados que sejam parte na Convenção; ou
2. Que naveguem em águas de Estados-Membros.
Navios e embarcações submersíveis, plataformas flutuantes, unidades de armazenamento flutuantes e unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga offshore também estarão sujeitos à Convenção. No entanto, em regra, a Convenção não se aplicará aos navios que operam apenas dentro das águas territoriais do seu Estado de bandeira.
Muitos países já adoptaram, entretanto, legislação nacional para implementar a Convenção.
Uma vez que a Convenção entre em vigor no Outono, todas as embarcações às quais a Convenção se aplica devem eventualmente ser equipadas com uma tecnologia de tratamento de água de lastro aprovada pela IMO. Para a tonelagem existente, a data de cumprimento coincide com a próxima data de renovação do Certificado Internacional de Poluição por Hidrocarbonetos (normalmente renovada de cinco em cinco anos). No entanto, todos os navios novos com data de assentamento de quilha a partir de 8 de Setembro de 2017 serão obrigados a ter um sistema de tratamento de água de lastro instalado de origem.
O custo estimado de instalação de sistema aprovado de tratamento de água de lastro será de US$ 1 milhão a US$ 5 milhões por navio. O custo vai depender do tipo de navio envolvido, mas espera-se que o aumento da concorrência entre os fornecedores possa ajudar a reduzir os custos.
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Situação de Temporal Marítimo

A partir da tarde desta 5ª feira espera-se a chegada de ondulação muito significativa, com altura entre 8-10 metros, com picos da ordem dos 12-15 metros.
Essa ondulação será bem organizada, com período grande, com uma relação de energia por onda bem acima do normal e perto dos valores máximos dos últimos 10 anos (em Portugal Continental).
Esta situação vai manter-se até ao final de 6ª feira, aliviando gradualmente nos dias seguintes.
São esperadas condições favoráveis a episódios graves de erosão costeira e a condicionamentos nas actividades marítimas, com risco para as estruturas costeiras.
É aconselhada a máxima prudência, em especial, nas deslocações junto ao mar, quer a pé, como de carro.
Por outro lado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu, nesta terça-feira, um aviso vermelho, que corresponde a uma situação meteorológica de risco extremo, para as sete ilhas dos Açores, devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de até 20 metros de altura.
O aviso vermelho é o mais grave de uma escala de três.
No continente, a costa vai estar sob aviso laranja, o segundo mais grave, a partir das 12:00 de quinta-feira por causa da forte agitação marítima. Segundo o IPMA, todo o litoral do continente estará em aviso laranja devido às ondas de noroeste, que podem atingir os 12 a 14 metros de altura. Este aviso começa por ser amarelo a partir das 08:00 de quinta-feira e passa a laranja pelas 12:00, prolongando-se até às 06:00 de sexta-feira.
O IPMA colocou ainda em aviso amarelo a costa norte da ilha da Madeira a partir das 15:00 de quinta-feira, igualmente devido à agitação marítima, com ondas de noroeste de quatro a cinco metros, tal como em toda a ilha de Porto Santo. Este aviso prolonga-se até às 07:00 de sexta-feira.
Segundo a Marinha Portuguesa, este agravamento é considerado de “risco”, pelo que devem ser tomadas medidas de prevenção por todos aqueles que se encontram no mar, nas infraestruturas portuárias e outras áreas ao longo da costa.
Fontes: BestWeather.pt; Autoridade Nacional de Protecção Civil; Marinha Portuguesa
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30 de janeiro de 2017

O operador de navios Toisa abre falência

A companhia de navegação Toisa Ltd entrou com o pedido de falência, segundo o articulado do Capítulo 11 dos EUA, devido à escassez de procura por navios de abastecimento offshore, o que deixou a empresa registada nas Bermudas sem liquidez, de acordo com documentos apresentados no tribunal.
A Toisa, de propriedade do magnata Gregory Callimanopulos, possui uma frota global de 26 navios de serviço offshore, 13 petroleiros e 7 navios graneleiros, de acordo com os documentos entregues no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, em Manhattan.
O operador de navios informou ter mais de mil milhões de USDs em dívidas. Informou, ainda, ter estado em negociações com credores este mês, em Londres, mas que se viu obrigada a pedir falência após vários deles terem avançado medidas para reaver os empréstimos, incluindo a tentativa de apresar os navios da empresa.
O preço do petróleo ao caír para cerca de metade desde 2014, com os produtores de energia offshore a responderem com o corte nos gastos de capital, veio prejudicar a procura por navios de abastecimento.
A desaceleração do sector da energia atingiu muitas empresas de serviços petrolíferos offshore, incluindo a Hercules Offshore Inc, com sede em Houston, que em Junho disse que planeava fechar o seu negócio de perfuração.
Também a Tidewater Inc, um operador de navios de abastecimento, sedeado em Nova Orleães, está em negociações, há vários meses, com os seus credores em ordem a alterar os acordos de dívida.
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CMA CGM selecciona equipamento de controlo de lastro da Wärtsilä para novos navios

A principal empresa de transporte marítimo da França, a CMA CGM, escolheu os sistemas de gestão de água de lastro Wärtsilä (BWMS) para os seus quatro novos navios porta-contentores de 3.300 TEUs, actualmente em construção.
O sistema BWMS escolhido para estes navios é um sistema Aquarius UV com 500m3/h de capacidade da Wärtsilä, que usa um processo de dois estágios, o primeiro envolvendo filtração e o segundo a irradiação ultravioleta (UV).
Os navios porta-contentores estão a ser construídos no estaleiro Cosco Zhoushan na China, tendo o contrato com a Wärtsilä sido assinado no quarto trimestre de 2016. A entrega do equipamento ao estaleiro está programado para Julho deste ano.
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A MSC vai investir no terminal de Génova

O MSC Group está pronto a estabelecer-se no porto de Génova, onde já controla o terminal de cruzeiros local.
De acordo com a imprensa local, o grupo fundado por Gianluigi Aponte parece estar numa fase muito avançada para comprar uma participação minoritária (49%) do terminal polivalente do grupo Messina em Génova. Este último é um grupo de logística que actua, principalmente, no campo do transporte ro-ro e contentores através da empresa de navegação Ignazio Messina & C.
O grupo MSC, através da holding italiana Marinvest e da filial TIL (Terminal Investment Limited), já tem instalações em vários portos italianos, como La Spezia, Livorno, Civitavecchia, Nápoles, Gioia Tauro, Veneza e Trieste. Génova era um dos poucos grandes portos italianos que não constava na lista do MSC.
O Terminal Messina está a ser, actualmente, sujeito a trabalhos de aterro que, uma vez concluídos, virão a resultar numa nova infra-estrutura portuária com uma área de cerca de 300 mil metros quadrados e dois lugares de atracação.
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Morte de gaivotas em portos norte-americanos intriga cientistas

Biólogos da vida selvagem não são capazes de identificar o que tem causado a morte em massa de gaivotas, ou a sua paralisação, no Porto de Tacoma, em Washington, EUA, segundo relata o Washington Times.
Os trabalhadores portuários começaram a encontrar gaivotas mortas e doentes há uma semana atrás, no domingo (22 de janeiro de 2017), contando cerca de 50 gaivotas mortas, ou aninhadas apenas movimentando a cabeça.
Não foi encontrada qualquer evidência de trauma, tendo a contaminação sido descartada por um porta-voz do Porto de Tacoma. Testes toxicológicos descartaram envenenamento por chumbo ou outros metais pesados. As gaivotas foram encontradas limpas, não havendo relatos de outras espécies afectadas.
Michelle Tirhi, bióloga do Departamento de Estado dos Peixes e Vida Silvestre, disse ao Washington Times: “Podemos caminhar até elas e pegá-las. Eles não conseguem voar, andar ou, mesmo, mover-se, sendo o Ground zero deste evento de mortalidade o Porto de Tacoma”.
De acordo com Tirhi, as aves doentes foram encontradas em três terminais marítimos e noutros pontos em redor de Commencement Bay, incluindo Ruston Way, Browns Point, Point Defiance Park e Redondo Beach. Isso levou -a a concluir que talvez a doença seja devido a algo que os pássaros tenham comido já que “não têm odor ou qualquer coisa discernível no seu corpo”.
As aves afectadas estão a ser levadas para o PAWS Wildlife Center, um centro de reabilitação de animais em Lynnwood.
A Dra. Bethany Groves, veterinária de vida selvagem no PAWS, disse ao Washington Times: “Um elevado número de gaivotas teve dificuldades respiratórias significativas à sua chegada, tendo sido estabilizadas com oxigenoterapia”.
"Enquanto algumas gaivotas estão magras, a maioria tem uma condição corporal saudável. Isso indica um início súbito da doença. Todas elas estão a ser submetidas a esforços intensivos de reidratação, suporte nutricional e tratamento parasitário, além de exames veterinários diários e exames de sangue”.
Segundo a veterinária Groves “tem-se assistido a leves melhorias e recuperação, embora não se possa dizer se as aves vão recuperar completamente”.
As mortes de aves de Tacoma não são a única morte em massa de aves no estado. Um surto de cólera aviária matou cerca de 500 aves, durante a passada semana no McNary National Wildlife Refuge, ao longo do Rio Columbia, imediatamente a jusante das Tri-Cities.
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Muitos dos ex-navios da Hanjin permanecem parados

Cerca de cinco meses após o colapso do grupo coreano de navegação Hanjin Shipping, mais de dois terços da sua frota permanece inactiva, de acordo com a consultoria de navegação Drewry.
Embora alguns navios tenham sido leiloados por um total de USD 460 milhões até agora, a Drewry estima que ainda permaneçam perto de 150.000 TEUs de navios de propriedade da Hanjin por vender.
A falência da Hanjin expôs a fragilidade das linhas de contentores numa altura de taxas de frete ultra baixas e causou pânico entre os proprietários de carga com activos a bordo dos navios da empresa falida. 
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Petroleiros colidem na Índia e originam pequeno derrame

O petroleiro do GPL BW Maple colidiu com o petroleiro indiano MT Dawn Kancheepuram dentro do porto de Kamarajar, em Ennore, na manhã de 28 de Janeiro, segundo relata a imprensa local.
Ambos os navios estavam pilotados e assistidos por rebocadores no momento do incidente, que sucedeu a cerca de duas milhas náuticas fora do porto devido, muito provavelmente, a “falhas de comunicação” ou “erro de avaliação”.
No entanto, não foram reportados ferimentos ou danos ambientais graves, apesar de um pequeno derrame, segundo as autoridades locais.
Ambos os navios estavam a flutuar e ancorados, e o acidente não afectou o tráfego dos navios, acrescentaram os oficiais portuários.
Foi informada, ainda, a instalação de barreiras de contenção para conter qualquer derrame de petróleo que possa suceder.
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Seis desaparecidos depois do afundamento de barco de turismo na Malásia

Vinte e duas pessoas, na sua maioria turistas chineses, usavam coletes salva-vidas e estiveram à deriva por mais de 10 horas antes que pudessem ser resgatados, no domingo, ao largo da costa da Malásia, depois que o catamarã onde seguiam ter naufragado em mar revolto. Três corpos foram recuperados e seis outras pessoas continuam desaparecidas.
O catamarã saiu de Kota Kinabalu, no estado de Sabah, às 9 horas da manhã de sábado, a caminho de Pulau Mengalum, uma ilha a cerca de 60 quilómetros a oeste, tendo sido dado o alerta de desaparecimento cerca de 12 horas depois.
O capitão e um membro da tripulação foram avistados por um avião militar e resgatados por outro barco turístico, na tarde de domingo, de acordo com a Agência Marítima da Malásia. Os pescadores encontraram 20 sobreviventes e três mortos, dois homens e uma mulher, cerca das 6 da madrugada, informou a agência.
Os sobreviventes estavam em grupos e usavam coletes salva-vidas, após mais de 10 horas à deriva. A Agência não informou a hora do sinistro nem deu outros detalhes sobre o que aconteceu.
O ministro Shahidan disse que os esforços de busca tinham sendo intensificados, incluindo o uso de aviões de vigilância nocturna. A área de busca é de cerca de 1.400 quilómetros quadrados, no Mar da China Meridional.
Muitos chineses viajam para o exterior durante o feriado do Ano Novo Lunar, que começou no sábado.
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29 de janeiro de 2017

Genting Hong Kong adverte para perdas no exercício de 2016

O grupo de transporte de cruzeiros de Hong Kong (Genting Hong Kong), que se encontra numa fase de rápida expansão, alertou para a apresentação de grande prejuízo em 2016, devido aos custos de lançamento da marca Dream Cruise, à depreciação de activos (diminuição da participação no Grupo Norwegian Cruise – NCLH – e depreciação adicional e amortização dos novos navios de cruzeiro Dream e Crystal) e a compra dos estaleiros MV-Werften, na Alemanha.
Com base na avaliação preliminar das últimas informações financeiras não auditadas, excluindo a parcela dos resultados da Travellers, o grupo deverá registar uma perda líquida consolidada entre US $ 500 milhões e US $ 550 milhões no exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2016, em comparação com um lucro líquido consolidado de US $ 2.100 milhões, excluindo a parcela dos resultados da Travellers, no ano anterior, informou a empresa em comunicado.
Apesar da baixa nos seus resultados líquidos consolidados, o Grupo deverá registar uma melhoria no seu negócio de cruzeiros subjacente, excluindo os custos de arranque dos seus novos navios de cruzeiro Dream e Crystal.
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Secretário de Estado da Defesa visita dois navios patrulha oceânicos em construção

O Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, visita os estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, na segunda-feira, dia 30 de Janeiro, às 09h15, com o objectivo de fazer um ponto de situação e visitar as instalações, onde estão a ser construídos os Navios Patrulha Oceânicos nº3 e 4 (Patrulhões).
Informação oficial

Operação de busca e salvamento por catamarã com turistas chineses desaparecido na Malásia

Uma grande operação de busca está em andamento depois que um barco que levava 28 turistas chineses e 3 tripulantes malaios desapareceu na costa de Sabah, em Malásia. A Agência Marítima da Malásia (MMEA) disse que tinha recebido um pedido de socorro pelo desaparecimento do navio na tarde no sábado à noite (28 de Janeiro).
O navio estava a caminho da popular ilha turística de Pulau Mengalum de Kota Kinabalu, no estado malaio da Sabah, uma viagem de cerca de 60 km. Como o barco não havia chegado em tempo à ilha, foi lançado o alerta e as autoridades lançaram a operação de busca e salvamento.
A área de busca cobre 400 milhas náuticas quadradas e envolve águas entre Kota Kinabalu e Pulau Mengalum. A Real Força Aérea da Malásia foi chamada para realizar busca aérea, para além da levada a efeito por navios da marinha da Malásia. ao nível do mar.
O Consulado Geral da China em Kota Kinabalu confirmou a notícia do navio em falta e disse que está a monitorizar a situação de perto. Embora não esteja claro o que poderá ter causado o desaparecimento do navio, relatos de agências locais sugerem que as condições meteorológicas não seriam boas.
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O decreto executivo de Trump causou o caos no Terminal de Cruzeiros de Fort Lauderdale

O Allure of the Seas regressou, esta manhã, a Port Everglades (em Fort Lauderdale) após uma semana cruzeiro. Quando o navio atracou, alguns dos passageiros entraram em choque.
A autoridade de fronteira dos Estados Unidos pediu ao capitão do navio de cruzeiro que primeiro desembarcasse os portadores de vistos de residência dos sete países sujeitos à ordem executiva do presidente Trump, que proíbe os cidadãos de sete países de maioria muçulmana de entrarem nos Estados Unidos, pelo menos nos próximos 90 dias
Um passageiro afirmou haver vários passageiros que navegaram no cruzeiro nacionais do Iraque e do Irão e que possuem este tipo de visto permanente (o que os torna residentes permanentes e legais nos Estados Unidos). Desconhece-se, actualmente, quantos passageiros foram detidos, ou se os membros da tripulação também foram afectados.
O decreto executivo, assinado pelo presidente Trump na noite de sexta-feira, lançou a confusão na movimentação de muitos que tentam entrar nos Estados Unidos este fim-de-semana.
Ainda é incerto se os detentores de visto de residência serão impedidos de voltar a entrar nos EUA ou se terão que passar por uma triagem adicional.
É provável que outros passageiros, noutros portos dos Estados Unidos, venham a ser detidos e proibidos de entrar nos EUA ou submetidos a triagem adicional.
O presidente Trump afirmou que o propósito para este decreto executivo era o de “manter a América segura”. No entanto, é difícil imaginar como o proibir os residentes legais de retornarem a suas casas, depois de um cruzeiro de férias, vai conseguir alcançar tal objectivo.
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Como o transporte marítimo se tornou numa ameaça para as baleias

O impacto do transporte marítimo sobre as baleias há muito tempo que está sob o radar crítico da crise dos cetáceos. Um grande número de baleias foi morto no passado, em resultado da colisão com navios mercantes e outros offshore. A actividade de navegação tornou-se numa ameaça dominante efectiva e, não apenas uma mera ameaça, para as baleias, em especial para as que habitam no Atlântico Norte.
Apesar da contabilização exacta da morte ou de ferimento infligidos às baleias, devido a colisões com navios ou ao ruído subaquático produzido, esteja muito aquém da realidade, várias instituições avançaram com medidas de mitigação.
Os danos causados ​​às baleias por navios são de dois tipos:
1- Colisão com navios, resultando em morte ou ferimento, e
2- Efeitos da poluição sonora, causando susceptibilidade a doenças e menor reprodução.
Enquanto a poluição por ruído submarino continua a ser um flagelo, colocando em risco vidas e gerações de baleias, as colisões com navios parecem ser uma ameaça maior, particularmente para as baleias francas do Atlântico Norte, cujo habitat primário são as águas de elevado tráfego da costa leste dos EUA e Canadá. Elas, por uma qualquer razão, não contam com os navios de grande porte, por medo ou ansiedade, e raramente fazem qualquer esforço para os evitar, o que resulta em morte, na maioria das vezes. As tripulações de navios às vezes não se preocupam em reduzir a velocidade aos seus navios em áreas de alta densidade e também não conseguem aumentar a sua atenção visual para a possível presença de baleias.
Além das baleias francas, outras espécies mais afectadas são as baleias comuns, as baleias jubarte, os cachalotes e as baleias-cinzentas. O dano causado pela colisão com navios inclui as fracturas de crânio, mandíbulas, ossos e vértebras, além de feridas profundas de hélice, com marcas de corte longas e paralelas na zona dorsal, na gordura isolante.

1. Colisões de navios com baleias
Em maio de 2012, uma baleia azul foi encontrada morta, flutuando ao largo da ponta sul de Sri Lanka – a sua barbatana caudal estava esfarrapada por via do impacto com a proa de um navio. Vários outros incidentes têm sido relatados, nos quais as baleias foram mortas e ficaram presas no bolbo dos navios.
Navios considerados como uma ameaça à mortalidade das baleias não é um fenómeno novo, olhando os registos a partir do final do século XIX. No entanto, entre 1950 e 1970, com o aumento da velocidade dos navios, os danos causados ​​por via disso começaram a surgir. De acordo com um relatório publicado pelo pesquisador Scott Kraus, entre 1970 e 1989, 20% das baleias francas do norte, encontradas mortas no leste dos Estados Unidos e Canadá, sofreram graves lesões físicas resultantes do contacto com grandes hélices, indiciando que foram atingidas por grandes navios.
No entanto, estimar o número de baleias mortas por causa do transporte marítimo não é realista porque, em muitos casos, o incidente pode passar despercebido ou não ser confirmado. Mesmo que um navio não mate uma baleia quando lhe bate, o golpe pode deixar ferimentos graves. Neste caso, se uma colisão mata ou não uma baleia, só pode ser reconhecida pelo exame dos seus ossos.
Os métodos mais comuns para quantificar a causa de morte incluem a observação directa do impacto ou examinando as carcaças das baleias que flutuam nas águas ou são empurradas para a praia e encontradas como evidência de colisão com navio.

2. Ressonância subaquática
Segundo o pesquisador Scott Kraus, do New England Aquarium, o ruído subaquático produzido pelos navios provoca a queda significativa de hormônios de stresse dos cetáceos, que são considerados, directamente, responsáveis ​​pela vulnerabilidade à doença e podem comprometer a procriação das suas espécies.
Os estudos sugerem que os sons provocados pelos hélices dos navios, sonares militares ou explosões em resultado de exploração de petróleo e gás estão na mesma faixa de frequência dos 20 a 200 hertz usada ​​pelas baleias para se comunicarem. A longo prazo, isto resulta numa elevação constante dos glicocorticóides o que pode levar a um crescimento retardado e a um sistema imunitário comprometido.

Medidas preventivas
A Comissão Baleeira Internacional (IWC) abordou a questão da morte de baleias por causa do transporte marítimo e está a procurar uma forma eficiente de reduzir os choques com navio, através do desenvolvimento de uma base de dados global padronizada de colisões de navios e baleias, para ajudar a identificar áreas de alto risco e factores de risco, para de conseguir determinar medidas mitigadoras.
O Serviço Nacional de Pescas Marinhas (NMFS) dos Estados Unidos publicou uma “regra final” para implementar restrições de velocidade para reduzir a ameaça de colisões de navios com baleias no Atlântico Norte, que entrou em vigor a 9 de Dezembro de 2013. Estabelece que as áreas de aglomeração de baleias no Great South Channel, devem ser evitadas, pelos navios ou grandes embarcações, através de áreas de tráfego estabelecidas.
A National Oceanic And Atmospheric Administration publicou um guia de conformidade para a Regra de Redução da Colisão dos Navios com a Baleia Jubarte, com rotas migratórias e partos, viveiros, com a restrição em certos locais a embarcações de 65 pés / 19,8 m (ou mais) e o limite de velocidade em 10 nós.
A Organização Marítima Internacional (OMI), recentemente, em resposta à proposta dos EUA de área a ser evitada (ATBA) no Grande Canal do Sul, anunciou que as vias de navegação em direcção aos portos da Califórnia serão, efectivamente, ajustados a partir deste ano.
Além disso, a Great Whale Conservancy (GWC) elaborou uma petição como parte de sua campanha de protecção às baleias azuis contra os navios, no Pacífico Norte e está a incentivar a compartilha e difusão do conhecimento.
O Smithsonian Tropical Research Institute recomenda padrões de tráfego aos navios e limites de velocidade a implementar no Golfo do Panamá para minimizar a ameaça de colisão dos navios com as baleias jubarte. De acordo com eles, deve haver um sistema de separação de trânsito nos dois sentidos, onde cada via de tráfego terá 2 milhas náuticas de largura, separadas por 3 milhas náuticas de águas abertas.
As vias de navegação alternativas devem ser imediatamente identificadas e determinadas, especialmente durante os períodos migratórios, quando a vida marinha pode ser fortemente condicionada. Também tem sido notado que as baleias mais fragilizadas e juvenis são as mais susceptíveis de serem atingidas por um navio, pelo que os seus habitats encerram maiores riscos de colisão e a sua passagem deve ser evitada.

Aplicação baseada em conhecimento
Foi, entretanto, desenvolvida pelo EarthNC – construtor de cartas marítimas electrónicas – em associação com várias agências governamentais, ONGs, grupos de conservação sem fins lucrativos, organizações do sector privado e instituições académicas, um aplicativo baseado em GPS que fornece informações de bóias acústicas passivas automáticas e envia um alerta para o oficial de navegação do navio, de provável presença de baleias francas no Atlântico Norte, nas vias de navegação dentro do Santuário Marinho Nacional do Stellwagen Bank, para potenciar a conservação das baleias mais frágeis. Também pode recomendar rotas alternativas, mostrando áreas a serem evitadas e, assim, reduzir a probabilidade de colisão entre baleias e navios.
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28 de janeiro de 2017

Angola investe no primeiro porto de águas profundas

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) comprometeu-se a investir 180 milhões de dólares em um porto estratégico de águas profundas em Cabinda, Angola, como parte do seu fundo de infra-estruturas de 1,1 mil milhões de dólares.
Este investimento vai criar o primeiro porto de águas profundas em Angola, que será construído em duas fases. Fase 1 resultará em um terminal de 630 metros de comprimento ligado à costa através de uma ponte de dois quilómetros de comprimento. O canal de acesso terá 15 metros de profundidade e o terminal beneficiará de uma profundidade de trabalho de 14 metros.
FSDEA disse que as instalações portuárias incluirão uma zona de comércio livre, estado-da-arte reparação naval, armazenamento e descarga.
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Navio arrestado em Singapura

Segundo comunicado do Supremo Tribunal de Singapura, o navio de carga geral Korex SPB Nº 2 foi detido em águas de Singapura.
O navio de 15.000 DWT, que é propriedade e operada pela companhia marítima sul-coreana Korea Line, foi colocado sob custódia pelo escritório de advocacia local Resource Law LLC. O arresto ocorreu a 26 de Janeiro.
As razões para o arresto ainda não foram reveladas, mas acredita-se que possam estar relacionadas com litígio sobre pagamentos. Já na semana passada, tinha ocorrido um arresto semelhante em Singapura, por despesas não pagas, exercido sobre um navio-tanque Suezmax.
O Korex SPB Nº 2, é um navio de carga pesada, construído em 2012 e actualmente navegando sob a bandeira da Coreia. Tem 153m comprimento total e uma boca de 40m. A sua tonelagem bruta é de 14.462 toneladas.
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Porto de Hamburgo: Concurso Internacional de Ideias para Steinwerder-Süd

A Autoridade Portuária de Hamburgo (HPA) convidou organizações de todos os sectores a contribuírem com ideias para o “desenvolvimento futurístico” de Steinwerder-Süd, uma área de 42 hectares no centro do Porto de Hamburgo, através de um concurso internacional com um prémio principal de € 100.000 e prémios acessórios de € 50.000.
O processo de consulta de mercado vai durar cinco meses e visa assegurar um desenvolvimento moderno de até 1.100 metros de parede de cais com três cais para meganavios. Isto inclui o espaço do terminal em Oderhafen e novas áreas de manobra.
Os conceitos deverão considerar as melhores e mais económicas formas de construção e de geração de emprego. As ideias devem, ainda, levar em conta as tendências futuras de desenvolvimento estratégico do mercado, através de processos logísticos interligados, novos processos de produção e conceitos inovadores de digitalização.
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O primeiro navio de LNG e quebra-gelos do mundo começa experiências de mar

O primeiro navio do mundo de transporte de LNG e, em simultâneo, quebra-gelos, o Christophe de Margerie, da Sovcomflot, chegou a Zeebrugge e prepara-se para os testes de mar. Encontra-se atracado a um terminal de regaseificação, onde será arrefecida e carregada uma pequena quantidade de LNG para as experiências e testes.
O Christophe de Margerie foi construído pela Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering para o padrão de classe russo Arc7, para gelo. Este e os seus catorze navios irmãos estão projectados para quebrar até seis pés de gelo sem a ajuda de um de quebra-gelo de escolta, permitindo-lhes escalar a remota instalação LNG Yamal durante a maior parte do ano. Cada navio desta classe será capaz de transportar 70.000 toneladas de LNG por viagem (cerca de 0,4% da capacidade anual da instalação), a uma velocidade no mar de 19 nós.
O gás já está a ser vendido a compradores europeus e asiáticos sob contratos de longo prazo, segundo a Total, parceira do projecto. No verão, os petroleiros levarão o gás para o leste, ao longo da Rota do Mar do Norte, passando pelo Estreito de Bering e pelo sul até o Japão e a China. No inverno, o gás irá para um terminal de transbordo em Zeebrugge, onde alguns serão recarregados em navios de LNG convencionais para viagens pelo Mediterrâneo, Canal de Suez e Oceano Índico.
Estes navios LNG quebra-gelo custarão US $ 5.000 milhões (no seu conjunto) e serão operados pela Sovcomflot sob contratos de fretamento fixos de 25 anos. Vários armadores, incluindo a Teekay e Sinotrans, investiram nos navios.
Apesar destas despesas, o responsável pelo desenvolvimento das instalações Novatek disse que o custo do gás natural da Yamal é tão baixo que compensará os maiores custos de transporte e construção e que, mesmo assim, o gás extraído ainda será competitivo em relação a outros produzidos noutras instalações.
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27 de janeiro de 2017

As transportadoras marítimas devem criar recifes artificiais?

O Programa de Recifes Artificiais do Departamento de Parques e Vida Silvestre do Texas lançou um vídeo que mostra o afundamento de um navio de carga de 115 metros, chamado Kraken, para criar um novo recife artificial. Afundamentos destes são comuns, embora coloquem uma questão pertinente: as transportadoras devem fazer mais para ajudar na criação destes ambientes?
A Maersk Line anunciou planos, no final de 2016, de mandar para a sucata oito navios panamax em estaleiros na China e na Índia. A companhia dinamarquesa de transporte de contentores foi criticada ao longo de 2016 pelos seus métodos de demolição de navios, em especial pelo anúncio do seu regresso às instalações de desmantelamento em Alang, na Índia, para onde a empresa pretende enviar mais navios num futuro próximo.
As transportadoras e outras organizações que operam grandes frotas de navios poderiam beneficiar da criação de recifes artificiais. Pode ser uma excelente forma de melhorar a relação da indústria com aqueles que se preocupam com os impactos ambientais da sua actividade.
Fonte: Port Technology International.
Reportagem e vídeo

Lista de reciclagem de navios da UE levanta problemas

Foi levantada uma série de questões no quarto Congresso de Reciclagem de Navios, realizado em Londres, entre 25 e 26 de Janeiro, sobre a lista europeia de instalações aprovadas de reciclagem de navios, recentemente publicada.
Enquanto a Associação dos Armadores Dinamarqueses continua a argumentar que a actual lista (que nesta fase apenas inclui 18 estaleiros Europeus), deve ser utilizada como um incentivo para melhorar as condições a nível global, outros exigem legislação adicional e que se aumente a obrigatoriedade da utilização das instalações da UE.
A lista da UE quantifica a diferença entre a capacidade real e a capacidade teórica de reciclagem de cada estaleiro, o que acaba por tornar extremamente difícil o cálculo da verdadeira capacidade de reciclagem da UE.
De acordo com a Danish Shipowners 'Association, a capacidade teórica é muito diferente da capacidade real, o que significa que a actual lista apenas cobre entre 12% e 40% da capacidade de reciclagem que a Comissão fixou como objectivo.
O Regulamento da UE sobre Reciclagem de Navios entra em vigor o mais tardar em 31 de Dezembro de 2018 ou, antes, quando a lista de instalações de reciclagem aprovadas pela UE atingir o limite de 2,5 milhões de TLD.
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A ZIM vai fornecer serviços de logística na Índia

A ZIM Integrated Shipping Services e a Avvashya-CCI assinaram um acordo de cooperação com o objectivo de fornecer aos clientes serviços logísticos abrangentes na Índia.
O acordo inclui serviços de carga porta-a-porta ágeis e profissionais, bem como soluções complementares, incluindo estações de enchimento e instalações de depósito de contentores, soluções exclusivas para equipamentos pesados, projectos especiais e engenharia, com acesso a instalações de armazenamento, armazenagem e distribuição, tudo suportado por infra-estrutura de alta qualidade e equipamento de “estado da arte”, para poderem oferecer uma solução completa de logística total.
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A Eletson Gas e a Evergas formam a aliança LPG

Os transportadores marítimos de gás de petróleo liquefeito, o grego Eletson Gas e o dinamarquês Evergas, decidiram formar uma aliança para a operação dos seus navios semi-ref/etileno.
O novo consórcio terá o nome comercial de E3 Pool, começará a operar a 30 de Janeiro e vai controlar a actual frota de 15 transportadores de gás. Outros quatro navios, programados para serem entregues à Eletson nos próximos doze meses, também se juntarão à nova aliança.
“Uma frota maior proporcionará maior flexibilidade e mais opções para os fretadores, reduzirá as despesas de operação por meio da optimização das viagens e, assim, reduzirá as emissões de gases de efeito estufa em consequência directa do menor consumo de combustível “, disse Evergas.
“O mercado petroquímico tem uma série de rotas comerciais estabelecidas que exigem massa crítica para um serviço correcto. A cooperação com a Evergas no contexto da E3 Pool vai nos permitir ter capacidade de oferta e oferecer o elevado nível de serviço de operação que os nossos clientes exigem”, disse Vassilis E. Kertsikoff, presidente da Eletson Gas.
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A HMM garantiu US $ 515 milhões de subsídios governamentais

A companhia sul-coreana Hyundai Merchant Marine (HMM) está pronta para se tornar a primeira beneficiária de um esquema de resgate do governo coreano de acordo com a Pulse.
A soma de US $ 515 milhões será paga à HMM como parte do novo fundo Korea Shipping, lançado pelas entidades governamentais na terça-feira (23 de Janeiro), com a intenção de sanear e reconstruir a indústria marítima e de construção naval após o colapso da Hanjin Shipping.
Este investimento é uma estratégia do governo sul-coreano para colocar a Hyundai no espaço deixado vago pelo desaparecimento da falida Hanjin. Especula-se que o fundo irá permitir o acesso a transacções e operações de venda e posterior locação financeira mais baratos e acessíveis para a HMM.

Em comunicações anteriores, a HMM tinha anunciado, recentemente, a sua intenção de comprar uma participação de 20% na Total Terminals International (TTI), que opera terminais nos Portos de Long Beach e de Seattle, nos EUA.

M/V Ramform Atlas estabelece novo padrão para a indústria de rastreamento sísmico

Segundo os responsáveis, como não existem dados anteriormente rastreados, acreditam ter estabelecido um novo recorde.
O Atlas Ramform desenrolou 113 400 metros de linha sísmica em apenas 2 dias 23 horas e 46 minutos. Isto equivale a mais de 37 800 metros de arame por dia. Foi conseguido, de forma segura e eficiente, graças à capacidade de desdobramento da classe Titan, que pode enrolar muitas linhas em simultâneo.
Esta capacidade de enrolamento super eficiente permitiu ao navio minimizar o tempo de inactividade durante uma paragem de manutenção e voltar, rapidamente, à produção. Embora o desenho (maior estabilidade) e as características de segurança da classe Titan lhe permitam desfrutar de uma janela de tempo mais ampla do que os navios tradicionais, um enrolamento mais rápido permite vantagem adicional.
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26 de janeiro de 2017

Barco de pesca afunda ao largo da Póvoa do Varzim

Uma embarcação de pesca local naufragou na madrugada desta quarta-feira, 25 de Janeiro, pelas 05:00, a cerca de uma milha de terra, na zona da Aguçadoura, Póvoa de Varzim.
A bordo estavam dois pescadores que foram resgatados por uma embarcação que se encontrava nas proximidades e que os transportou para o porto da Póvoa de Varzim. Os pescadores, que estavam com hipotermia, foram encaminhados para o hospital.
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Seul adverte para mais dificuldades no sector naval

Seul adverte para mais dificuldades e para a necessidade de mais $ 5.570 milhões em subsídios às empresas marítimas
O governo sul-coreano adoptou uma abordagem do género "cenoura na ponta de um pau" com a comunidade marítima local ontem, sugerindo que haverá muito mais empresas a entrar em reestruturação este ano, ao mesmo tempo que estima em US $ 5.570 milhões a ajuda estatal necessária para as linhas e estaleiros mais afectados do país.
O governo convocou uma reunião especial quarta-feira para analisar a reestruturação dos sectores da navegação e construção naval, bem como dos sectores siderúrgico e petroquímico.
Os participantes na reunião admitiram que os estaleiros do país enfrentavam em novo ano muito difícil, enquanto as linhas vão ter de lutar com a contínua sobrecapacidade do tráfego.
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Durante este ano, as entregas de navios de contentores podem superar em duas vezes a capacidade desmantelada

As entregas de porta-contentores deverão ultrapassar, em dobro, o desmantelamento, de acordo com os analistas da Alphaliner, no seu último relatório semanal.
Cerca de 78% dos 1,69 milhões de TEUs de nova capacidade de transporte de contentores que se pretende adicionar à frota são respeitantes a navios acima dos 10 000 TEUs. O valor global de entrega está projectado para ser duas vezes mais elevado que os 0.75m  de TEUs previstos desmantelar pela Alphaliner neste ano de 2017.
Os consultores afirmam que as entregas vão prolongar o excesso de capacidade e atrasarão, ainda mais, a recuperação no mercado de transporte de contentores. A Alphaliner também prevê que a quantidade de tonelagem ociosa venha a crescer, por razão disto, este ano.
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Viking Grace será o primeiro navio de cruzeiro com sistema de propulsão eólica

A empresa finlandesa de propulsão eólica Norsepower Oy anunciou a assinatura de um acordo com a linha marítima finlandesa Viking Line para instalar velas de rotor a bordo do ferry de cruzeiro movido a GNL, MS Viking Grace.
O navio de 57.565 GT opera, actualmente, entre a Finlândia e a Suécia, sendo já um dos ferries de cruzeiro mais ecológicos do mundo.
Com a adição da tecnologia de vela de rotor Norsepower, o navio vai reduzir ainda mais as suas emissões por queima de combustível e respectivos custos com combustível. De facto, a Norsepower estima que a tecnologia pode reduzir as emissões de carbono em cerca de 900 toneladas anuais, o equivalente a cortar 300 toneladas de GNL por ano.
A Norsepower Rotor Sail Solution é uma versão modernizada do rotor Flettner, um cilindro rotativo que usa o efeito Magnus para aproveitar a energia eólica para impulsionar o navio. A solução é totalmente automatizada, detectando o momento em que o vento é suficiente forte e possa permitir a economia de combustível. A tecnologia já está em uso comercial a bordo do M / V Estraden da Bore, uma navio Ro-Ro de 9,700 DWT, que conseguiu uma redução de 6,1% no consumo de combustível através do uso de velas de rotor.
Uma vez concluído, o Viking Grace será o primeiro navio híbrido a operar com uma combinação de GNL e energia eólica.
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Chegou aos Estados Unidos a primeira importação de Cuba em cinco décadas

A primeira carga comercial legalmente importada de Cuba para os Estados Unidos, em mais de cinco décadas, chegou a Port Everglades, Flórida, na terça-feira.
A carga, apenas dois contentores de carvão "artesanal" produzido em Cuba, chegou a bordo do navio da Crowley Maritime M / V K-Storm. É o primeiro carregamento comercial legal de Cuba para um importador privado nos Estados Unidos desde que o embargo comercial dos EUA-Cuba foi imposto em 1962.
O embarque é legal sob decretos executivos do ex-presidente Obama, que procurava normalizar o relacionamento dos Estados Unidos com Cuba e aliviar o comércio, as viagens e as restrições financeiras impostas pelo embargo.
O governo Trump ainda não tomou qualquer decisão formal sobre a política EUA-Cuba, mas o presidente Trump prometeu acabar com os decretos executivos de Obama, se a sua governação não conseguir “um acordo melhor”.
O produto será vendido a US $ 420 por tonelada, o preço mais alto alcançado pela CubaExport em mais de 10 anos de negociação do produto, que normalmente é vendido no mercado internacional por valores entre os US $ 340 e US $ 380.
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Delegação comercial cubana visita EUA

Uma delegação comercial cubana chegou esta semana aos Estados Unidos para visitar quatro estados e seis portos, ao mesmo tempo que a administração Trump pondera o que fazer em relação à frágil abertura iniciada pelo seu antecessor.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou acabar com a abertura para a normalização das relações entre Washington e Havana, uma das iniciativas de política externa do ex-presidente Barack Obama, caso não consiga “um melhor acordo”.
As autoridades portuárias ao longo da Costa do Sul dos EUA são fortes defensores do aumento do comércio e de ligações marítimas com Cuba, com alguns a manifestaram interesse em usar Mariel, localizado na costa noroeste da ilha do Caribe, como um centro de transbordo.
Segundo elas, a cooperação reforçada entre os terminais portuários norte-americanos e o Porto do Mariel, seria altamente benéfica para as indústrias exportadoras dos EUA, para além de que os portos dos EUA com acesso a Mariel poderiam potenciar a criação de empregos por todo o país.
Delegações dos portos de Houston, Nova Orleães, Norfolk, Virgínia, Port Everglades, Palm Beach e Tampa, na Flórida, já visitaram o porto de Mariel, acompanhados por altos executivos locais e estaduais.
Em Dezembro de 2014, Obama concordou com o presidente cubano Raúl Castro em trabalhar para normalizar as relações, tentando reverter mais de 50 anos de esforços dos EUA para forçar a Cuba a mudar o regime comunista. Desde então, os dois países restauraram as relações diplomáticas e assinaram vários acordos de cooperação.
Obama, um democrata, usou ordens executivas para contornar o antigo embargo comercial dos EUA contra Cuba e aliviar algumas restrições, como viagens e negócios. O embargo só pode ser levantado pelo Congresso dos EUA, que é controlado pelos republicanos.
Trump, que pode reverter as ordens executivas de Obama, ameaçou acabar com a abertura se Cuba não fizer mais concessões, tanto políticas como outras, embora o novo homem fortr dos EUA não tenha especificado quais.
A delegação cubana, que inclui altos executivos do novo terminal de contentores e da zona especial de desenvolvimento do Mariel e funcionários envolvidos com navios de cruzeiro e investimentos e comércio, deverá assinar acordos de cooperação não vinculativos com alguns dos portos, na sua visita a Washington em 31 de Janeiro. Estiveram em Nova Orleães na quarta-feira, depois de visitar o Texas no início da semana, e viajaram, entretanto, para Port Everglades para uma reunião com executivos das linhas de cruzeiros.
No entanto, surgiu, agora, uma voz dissonante: Rick Scott, governador da Flórida. Scott ameaça retirar os fundos do Estado a dois portos do sul da Flórida, antes da visita de autoridades portuárias e marítimas cubanas, quando surgiram rumores de que o porto de Tampa Bay planeava firmar um acordo durante a visita da delegação cubana. Scott afirmou ir cortar o financiamento do Estado a qualquer porto envolvido em negócios com Cuba.
Convém lembrar que Cuba evitou criticar Trump desde que este assumiu o cargo na sexta-feira e a imprensa estatal minimizou os protestos de sábado contra o novo Presidente em Washington e por todo o mundo.
Os hotéis e restaurantes de Havana estão cheios de viajantes norte-americanos e os navios de cruzeiro cruzam a Baía de Havana quase diariamente.
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25 de janeiro de 2017

Poluição a 150 km da costa nacional

Força Aérea diz ser combustível. Autoridade Marítima desconhece.
Foi detectada pela Agência Europeia de Segurança Marítima, na segunda-feira, a 150 quilómetros da costa noroeste portuguesa, uma mancha de poluição. A Força Aérea Portuguesa "verificou a área e comprovou" tratar-se de uma mancha de poluição, "causada por derrame de combustível". No entanto, a Autoridade Marítima Nacional não confirmou.
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Faleceu o oceanógrafo e biólogo marinho Mário Ruivo

O biólogo e especialista em oceanografia Mário Ruivo morreu hoje em Lisboa, aos 89 anos, confirmaram à agência Lusa fontes oficiais do Ministério do Ambiente e do Conselho Nacional do Ambiente.
Mário Ruivo era oceanógrafo e dedicou-se à investigação e ao ensino. Teve um papel fundamental na Expo 98. Foi pioneiro na defesa dos oceanos e no lançamento das temáticas ambientais em Portugal, tendo desempenhado cargos dirigentes nas Nações Unidas e na UNESCO. Foi, ainda, um dos pioneiros da construção da Lei do Mar das Nações Unidas, a UNCLOS.
O Mar Português fica mais pobre!
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