28 de fevereiro de 2020

Tempestade de areia nas ilhas atlânticas (vídeo)


Ao longo do caminho, a areia e a poeira atravessaram os arquipélagos da Madeira e Ilhas Canárias, causando o caos.
Como se pode ver pelas imagens do satélite GOES-16, a poeira saariana distribuiu-se em espiral na circulação de um grande sistema ciclónico no nordeste do Oceano Atlântico em 24 de fevereiro de 2020.
Tudo começou no sábado passado, quando uma densa nuvem de poeira e areia foi transportada pelo vento quente do deserto do Saara para o Atlântico.
O céu sobre as Ilhas Atlânticas logo mudou de azul para bronzeado – e, depois, as condições deterioraram-se quando uma segunda nuvem de poeira passou pelas ilhas. A visibilidade caiu para apenas dezenas de metros em alguns lugares. Isso, combinado com ventos fortes que atingiram 75 mph, forçou os aeroportos a fechar e quase 800 voos cancelados ou redireccionados. As autoridades, tanto de Espanha como as portuguesas, aconselharam a que as pessoas se mantivessem em casa e com as janelas fechadas.
Conhecido localmente como "La Calima", o fenómeno é, geralmente, causado por alta pressão quente sobre o Saara e um sistema ciclónico de baixa pressão sobre o noroeste do Atlântico. Exactamente o que se passou desta vez.
O vídeo mostra a tempestade rodopiante e carregada de poeiras.
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Novo “caso Hanjin” em perspectiva?


A classificação Altman Z colectiva das 14 empresas de transporte de contentores que publicam os seus dados financeiros deteriorou-se, acentuadamente, nos últimos 12 meses, findos em 30 de setembro de 2019, caindo de 1,35, no ano de 2018, para 1,16 no período estudado, o poderá significar uma probabilidade crescente de falência.
A fórmula de classificação Z para prever falências foi publicada pela primeira vez em 1968 por Edward Altman, que era, na época, professor assistente de finanças da Universidade de Nova York. A fórmula pode ser usada para prever a probabilidade de uma empresa entrar em falência dentro de dois anos.
“Reduções na taxa de rotatividade de activos e no património de mercado versus índices de dívida reduziram a pontuação Z em relação ao ano anterior. A pontuação – a mais baixa nos 10 anos em que foram estudados – é um indicador preocupante para as transportadoras e carregadores, cujas lembranças do colapso da Hanjin Shipping em 2016 ainda estão bem frescas ", afirmou a AlixPartners em seu relatório de perspectivas para 2020, publicado ontem.
O colapso da Hanjin Shipping da Coréia do Sul foi a maior falência da história dos navios, provocando o caos da cadeia de abastecimentos em todo o mundo.
“Se a IMO 2020 já tornava este ano uma grande disrupção para toda a indústria marítima”, disse Marc Lampieri, director administrativo da prática de transporte e infraestrutura da AlixPartners, "somemos a isso o coronavírus, a recente deterioração de algumas medidas financeiras importantes e quaisquer outras interrupções imprevistas que possam surgir no futuro próximo, e está claro que a preparação para o pior pode ser a melhor maneira de ser evitado o pior".
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Manchas escuras em redor do VLOC encalhado (vídeos)


O navio começou a adornar e a semiafundar por causa de dois rombos no seu costado, dobre a parte de vante. Em virtude desse facto, o capitão do Stellar Banner decidiu encalhar o navio num banco de areia, a cerca de 100 km de distância da costa do Maranhão, no norte do Brasil. A Polaris, o armador sul-coreano, veio afirmar numa primeira comunicação que o navio teria uma fissura no costado, sendo, posteriormente, passada a informação de que o navio teria tocado o fundo, durante a saída do porto de carregamento e que, em virtude disso mesmo, haveria entrada de água por dois rombos, para tanques de lastro e tanques “secos”, não atingindo os porões.
O facto é que, agora, vão surgindo manchas negras em torno do navio, o que poderá indiciar que o navio está a perder parte das suas três mil toneladas de combustível pesado que tinha a bordo.
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26 de fevereiro de 2020

Aço produzido na China acumula-se


O sentimento de impotência e o temor de desvalorização está a espalhar-se entre as concessionárias de aço chinesas, segundo a consultoria Mysteel, à medida que os estoques de aço do país atingem níveis recordes.
Em 22 de fevereiro, os inventários dos cinco principais produtos siderúrgicos do país, incluindo barras nervuradas, fio-máquina e bobinas laminadas a quente, haviam aumentado para 20,38 milhões de toneladas, em acúmulo de 10 semanas.
De acordo com um relatório do Beijing News na terça-feira, os inventários domésticos de aço continuarão a subir, atingindo o seu pico anual no final de fevereiro ou no início de março.
A produção de aço da China atingiu 1,99 milhão de toneladas durante os primeiros 10 dias de fevereiro, um aumento de 16,7% em relação ao ano anterior – o nível mais alto desde o final de outubro do ano passado, segundo dados da Associação de Ferro e Aço da China.
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Capitão de petroleiro morto em ataque pirata na Venezuela


Na segunda-feira, ladrões armados subiram a bordo do navio-tanque San Ramón, ancorado na Isla Borracha, Venezuela, e mataram o capitão do navio que lhes fez frente. A vítima foi identificada pela mídia venezuelana como o capitão Jaime Herrera Orozco, de 58 anos, cidadão colombiano.
Seis homens armados e mascarados embarcaram no San Ramón na segunda-feira de manhã, com a intenção de roubar o navio. O capitão Orozco tentou resistir e foi baleado e morto. Os ladrões roubaram objectos de valor do navio e depois fugiram em um barco.
Um outro membro da tripulação do navio está desaparecido depois de se atirar à água na tentativa de escapar aos atacantes. Um oficial da guarda costeira venezuelana terá sido ferido no incidente.
No momento do ataque, o San Ramón estava ancorado perto do porto venezuelano de Barcelona, ​​aguardando uma decisão das autoridades venezuelanas sobre alegações de contrabando de combustível.
Navio-tanque San Ramon (ex- Seaboard I), IMO 7824572, dwt 2038, construído em 1979, registo Comores, operado por MARITIME SERVICES BUREAU SA.
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