23 de junho de 2023

“À mercê dos Elementos”, contou o produtor e escritor dos Simpsons

Mike Reiss, produtor e roteirista de 'Os Simpsons', fez três viagens com a OceanGate e conta a sua experiência a bordo do submarino que desapareceu.

O americano, em entrevista ao jornal The New York Times, contou que, na altura, o submarino da OceanGate foi desviado por correntes marinhas subaquáticas, pelo que foi parar a 500 metros do ponto inicialmente planeado. Contudo, a equipa presente no submersível conseguiu corrigir o desvio. “Simplesmente desce-se como uma pedra, por duas horas e meia", disse Reiss. Alegou, ainda, que a cada viagem, surgiu, pelo menos, um problema de comunicação.

Outros convidados e jornalistas que arriscaram as suas vidas para fazer a viagem contaram falhas de rádio, luzes tremelicando e à mercê de correntes marítimas profundas, afirmando que as falhas de comunicação eram comuns, segundo relata o The Sun.

A embarcação é controlada pelo que os passageiros comparam ao “controle da Xbox” – que é, na verdade, um controlo remoto portátil feito pela empresa de informática Logitch.

Os passageiros descreveram como o piloto se parecia com um jogador de computador enquanto usava o teclado portátil para mover o submarino para frente, para trás, para cima e para baixo. Reiss acrescentou que é “notável como toda a operação é básica e simples”.

Renata Rojas, uma banqueira que visitou os destroços em julho passado, descreveu o que aconteceu quando o sonar falhou durante sua viagem: “tem de encontrar uma forma de se comunicar e navegar no fundo do oceano quando, por vezes, se fica sem comunicações. Algumas das luzes podem piscar… A bateria pode estar fraca e é preciso ir para a superfície.”

O correspondente da CBS TV David Pogue, que também viajou no Titan, contou que todos os mergulhadores tinham de assinar um termo de responsabilidade antes de embarcar nas missões.

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19 de junho de 2023

Submarino turístico desaparece durante excursão ao Titanic

Um submarino turístico que levava pessoas para verem os destroços do Titanic desapareceu no Oceano Atlântico, noticiou esta segunda-feira a BBC. As autoridades norte-americanas iniciaram uma operação de busca e resgate na costa do Canadá. Não se sabe quantas pessoas seguiam a bordo da embarcação.

Foi iniciada uma missão de busca e resgate, num momento em que ainda não se sabe quantas pessoas seguiam a bordo da embarcação, disse a Guarda Costeira de Boston, nos Estados Unidos.

As buscas estão a acontecer na costa de Newfoundland, no Canadá. O Titanic está a 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico e a 600 quilómetros de distância da costa de Newfoundland.

A BBC e a CBS estão a avançar que a OceanGate Expedition, uma das empresas que faz visitas turísticas ao Titanic, tinha uma das expedições “em curso”. Contactada pela imprensa, a empresa não se mostrou disponível para prestar esclarecimentos.

Pequenos submarinos ocasionalmente levam turistas para ver os destroços do Titanic. Mas nesta ocasião, não resulta claro, para já, se o submarino levava ou não passageiros no momento em que desapareceu.

Uma viagem de vários dias até ao naufrágio custa centenas de milhares de dólares e o mergulho incluindo descida e subida, leva cerca de oito horas.

O está a 3.800 metros no fundo do Atlântico e a cerca de 600 quilómetros da costa de Newfoundland, no Canadá.

O famoso navio naufragado, o maior navio transatlântico da época, atingiu um iceberg durante a viagem inaugural de Southampton para Nova Iorque em 1912. Dos 2.200 passageiros e tripulantes a bordo, mais de 1.500 morreram. O naufrágio tem sido amplamente explorado desde 1985.

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14 de junho de 2023

Transporte marítimo não pode ser sinónimo de morte!

Mais de 100 mortos após naufrágio de barco na Nigéria

Perto de 100 pessoas morreram num naufrágio no norte da Nigéria, quando regressavam de um casamento. De acordo com o The Guardian, que cita as autoridades locais, a embarcação virou-se durante a manhã de segunda-feira no rio Níger, no estado de Kwara, perto do Níger.

Segundo o porta-voz da polícia nigeriana, as buscas por sobreviventes foram intensificadas, confirmando "que o barco se virou e cerca de 100 pessoas morreram”.

Foi ainda confirmado que há crianças entre as vítimas. A embarcação transportava os convidados de um casamento na vila Egboti, no Níger, de volta a casa. Ainda não é claro se há sobreviventes.

As autoridades nigerianas justificam o elevado número de mortes com o facto de o incidente ter ocorrido perto das 03:00 (hora local) e só ter sido dado o alerta várias horas depois.

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Pelo menos 78 refugiados morrem em naufrágio na costa da Grécia

Pelo menos 78 pessoas morreram e dezenas de outras estão desaparecidas no mais mortal naufrágio de migrantes na costa da Grécia, este ano. Os números não são conclusivos, pelo que se teme que o número dos que estariam no barco que desapareceu ascenda às quatro centenas e que, supostamente, partira da Líbia para Itália.

As vítimas, quase todos homens, do Afeganistão e do Paquistão, morreram afogados quando o barco em que viajavam virou no sul do Peloponeso. A embarcação, que supostamente transportava várias centenas de pessoas, partiu do leste da Líbia para a Itália. Não ficou claro se era uma traineira de pesca ou se era um navio de carga.

“Houve um aumento dramático na contagem de mortos, que sobe a cada hora que passa”, disse uma autoridade. “Especula-se que estariam a bordo até 600 pessoas, mas isso não foi confirmado. O navio está debaixo de água. Afundou.”

Cerca de 104 passageiros foram resgatados até agora, quarta-feira, disse ele.

A emissora pública da Grécia, ERT, relatou cenas sem precedentes em Kalamata, a cidade do Peloponeso para onde os mortos e feridos estavam a ser levados.

Navios da guarda costeira, uma fragata da marinha, aviões de transporte militar, um helicóptero da força aérea e uma série de embarcações particulares participaram da busca por sobreviventes. Os esforços de resgate foram inicialmente dificultados por ventos fortes.

Autoridades gregas e funcionários da agência de fronteira da UE, Frontex, foram alertados sobre o navio acidentado na noite de terça-feira. Um helicóptero pilotado por agentes da Frontex, que intensificaram as patrulhas no país da linha de frente, avistou o barco pela primeira vez em águas internacionais a cerca de 80 quilómetros a sudoeste da cidade de Pylos, no sul da Grécia.

Os contrabandistas estão a assumir riscos cada vez maiores para fugir das patrulhas. Eles estão a operar cada vez mais em rotas marítimas internacionais com o objetivo de deixar a sua carga humana na Itália, em vez da Grécia fortemente protegida.

Dados da ONU sugerem que cerca de 72.000 refugiados e migrantes chegaram até agora, este ano, à Itália, Espanha, Grécia, Malta e Chipre, países que fazem fronteira com o Mediterrâneo. A Grécia tem sido uma das principais rotas para pessoas que fogem da guerra, perseguição e pobreza no Oriente Médio, Ásia e África.

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