A ameaça da pirataria somali aumentou mais uma vez, com uma
nova série de ataques e sequestros no Oceano Índico ocidental após uma pausa de
cinco anos. Mas, agora que nova vaga de ataques começou, a anterior ainda não
está totalmente resolvida: a media indiana informou que mais de 100 piratas, que
tinham sido presos ao largo do Corno de África em 2011, ainda têm processos
pendentes no sistema judicial indiano.
Na terça-feira, 15 cidadãos somalis declararam-se culpados
de acusações de pirataria num tribunal de Mumbai. Em declarações feitas através
de um intérprete, os piratas pediram ao tribunal a sua deportação para a
Somália ou uma pena reduzida, já que se encontram em prisão há seis anos.
Os homens foram capturados em Janeiro de 2011, quando a
Marinha da Índia perseguiu e afundou o barco de pesca tailandês Prantalay 14.
Os piratas haviam sequestrado e transformado o arrastão como navio-mãe, usando
o navio (e a sua tripulação) para apoiar a sua actividade criminosa durante 10 meses.
As forças indianas prenderam um segundo navio-mãe, o Prantalay 11, na mesma
área alguns dias depois. A localização onde foram capturados – as Ilhas
Lakshadweep, a cerca de 1.400 milhas náuticas do Corno de África – foi a
demonstração cabal da capacidade da pirataria somali no seu auge.
Bon Jhon Ali, um dos piratas confessos, que aprendeu hindu
durante o seu tempo na prisão, afirmou que a tripulação original era de 25 homens
e que dez tinham morrido antes da captura por o navio se ter incendiado aquando
da troca de tiros que atingiram os tambores de combustível no convés, tendo alguns
dos piratas afogado quando foram forçados a abandonar o navio.
A queixa principal de Ali sobre seu tempo na prisão prende-se
com a qualidade da comida. “Estamos acostumados a comer peixe, o que não nos é
dado na prisão. Não conseguimos digerir os alimentos da prisão, não gostamos”,
disse ele (conforme relatado pelo Free Press Journal e pelo Indian Express).
Relatos policiais sugerem que quatro tripulantes do
Prantalay 14 morreram de desnutrição e falta de tratamento médico durante o seu
tempo em cativeiro.Fonte
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