25 de fevereiro de 2022

Crise Rússia/Ucrânia interdita Mar Negro, Bósforo e Mar de Asov

Na manhã de 24 de fevereiro, as forças russas começaram a entrar na Ucrânia, o que inclui o bloqueio do acesso ao Mar de Azov. Todas as operações comerciais nos portos ucranianos foram suspensas por ordem dos militares ucranianos.

Qualquer navio, atualmente, em portos ucranianos deve procurar sair, imediatamente, se considerado seguro fazê-lo. Os navios devem garantir que têm transmissão AIS ativa e declarar, inequivocamente, as suas intenções em VHF. Quaisquer navios instados por navios militares russos devem cumprir, integralmente, as instruções.

Neste momento, a Dryad Global aconselha todos os operadores comerciais a evitar qualquer trânsito ou operação dentro da ZEE da Ucrânia ou da Rússia, no Mar Negro. As operações comerciais dentro da ZEE da Turquia, Bulgária e Romênia permanecem inalteradas neste momento.

À medida que a situação se desenvolve, mantém-se um elevado grau de incerteza quanto à liberdade de navegação em todo o Mar Negro. Como tal, o principal risco para todas as embarcações e operações comerciais que operam além da principal área de risco continua a ser a incerteza comercial, e não o risco à segurança da tripulação. Os navios e operadores comerciais devem evitar todas as operações e trânsito dentro da ZEE da Rússia e da Ucrânia neste momento. Deve ser evitada qualquer tentativa de aceder ao Mar de Azov.

Não se acredita que a Rússia tenha qualquer intenção de atingir navios estrangeiros ou civis através de ação militar. Embora uma invasão do território ucraniano esteja em curso, é improvável que isso leve a uma troca de fogo entre forças dentro do domínio marítimo. Apesar disso, todos os navios e operadores comerciais são aconselhados a evitar a ZEE da Rússia e da Ucrânia no Mar Negro e no Mar de Azov.

Em 15 de fevereiro de 2022, o Comité Conjunto de Guerra adicionara as águas ucranianas e russas no Mar Negro e no Mar de Azov às áreas listadas de guerra em apólices de casco, pirataria, terrorismo e perigos relacionados.

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Entretanto, as taxas de seguro para operação no Mar Negro sobem à medida que a OTAN falha em proteger o transporte comercial.

Quando a Rússia atacou a Ucrânia, a Marinha dos EUA mais próxima ou o principal aliado da OTAN estava no Mediterrâneo. Agora, as taxas de seguro disparam à medida que navios pacíficos vão sendo atacados, pois a Rússia viola os princípios de “liberdade de navegação” no Mar Negro.

As seguradoras aumentaram o custo de fornecer cobertura para navios mercantes através do Mar Negro, aumentando as taxas para o transporte de mercadorias pela região a navios que ainda pretendam navegar após a invasão russa da Ucrânia.

Os armadores pagam uma cobertura anual de seguro contra riscos de guerra, bem como um prémio adicional de “violação” ao entrar em áreas de alto risco. Esses prémios separados são calculados de acordo com o valor do navio, ou casco, por um período de sete dias.

As seguradoras de navios cotaram a taxa de prémio adicional por sete dias em qualquer lugar entre 1% a 2% e até 5% dos custos de seguro, bem acima de uma estimativa inicial de 0,025% na segunda-feira, antes do início da invasão da Rússia, de acordo com taxas indicativas de fontes de seguros marítimos.

Isso significará custos adicionais de centenas de milhares de dólares para uma viagem de navio, dependendo do destino.

“Dada a ofensiva russa por terra, mar e ar, não será surpreendente se algumas seguradoras se mostrarem relutantes (em fornecer cobertura)”, disse uma fonte de seguros.

Um navio-tanque químico com bandeira da Moldávia foi atingido por um míssil na sexta-feira perto do porto de Odessa, na Ucrânia, ferindo, gravemente, dois tripulantes.

Na quinta-feira, um navio de propriedade turca foi atingido por uma bomba em Odessa, sem vítimas, tendo o navio navegado em segurança para águas romenas.

A Ucrânia apelou à Turquia para impedir que navios de guerra russos passem pelos estreitos de Dardanelos e Bósforo, que levam ao Mar Negro, depois de Moscovo ter lançado, na quinta-feira, um ataque total à Ucrânia.

As taxas de frete, entretanto, aumentaram, depois que as companhias de navegação, incluindo as principais linhas de contentores do mundo, MSC e Maersk, e muitos proprietários de petroleiros, suspenderam as viagens pela região.

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Ataque de ransomware paralisa terminal de contentores JNPT

Um ataque de ransomware sem precedentes (ataque usado por hackers para bloquear o serviçi informático, para, depois, exigir resgates milionários) atingiu o sistema de informações de gestão (MIS) do Jawaharlal Nehru Port Container Terminal (JNPCT) da Índia. O JNPCT é uma das cinco principais instalações marítimas em Nhava Sheva, principal porta de entrada de contentores na Índia.

O ataque de ransomware foi detetado, inicialmente, ontem e, segundo fontes, a autoridade do porto tem se esforçado para restaurar os sistemas operacionais cruciais.

A situação obrigou o JNPCT a desviar navios para outros terminais no porto localizado próximo a Mumbai. O JNPCT, o terminal mais antigo do porto público, é administrado e supervisionado pelo proprietário do porto, enquanto os restantes são, supostamente, licenciados para algumas concessionárias privadas, como a APM Terminals e a DP World, especialmente, seguindo um padrão construir-operar-transferir.

Uma fonte da indústria naval mencionou que o sistema não está operacional e o JNPCT não tem certeza de quando poderá ser restaurado com sucesso. Vai demorar pelo menos 3-4 dias.

O JNPCT foi colocado para privatização pela autoridade portuária como parte do National Monetization Pipeline (NMP) do governo indiano. Como resultado, a utilização da capacidade caiu de mais de 100% no EF17 para menos de 50%.

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