Enquanto as esperanças de serem encontrados os 22 membros de
tripulação desaparecidos se desvanecem, surge uma especulação crescente a
respeito do que causou o navio capesize
carregado de minério afundar no Oceano Atlântico Sul em 31 de Março.
O navio é propriedade da sul-coreana Polaris Shipping, especializada
na operação de navios de minério a partir de contratos de afretamento de longa
duração consecutivos.
O Stellar Daisy, de 266.141 tpl, partira do Brasil a 26 de
março, carregado com minério de ferro com destino a Qingdao, China, mas às
23h30 de 31 de Março (Hora de Seul) entrou em dificuldades.
Os dois membros da tripulação que sobreviveram disseram que tinha
havido ingresso de muita água do mar no navio, que adornou rapidamente para bombordo.
Um dos marítimos disse acreditar que o navio tinha sofrido danos no casco.
As condições de tempo foram descritas como boas, sendo que o
Stellar Daisy não navegaria em águas agitadas – com ondulação inferior a 4,5
metros e o vento não seria forte.
Dos marítimos desaparecidos, oito são sul-coreanos e 14 são
filipinos.
Os dados da Sea-Web da IHS Markit mostram que a Stellar
Daisy foi reconvertido a partir de um petroleiro de crude, de casco simples, construído em 1993, que a Polaris comprou à
Dynacom Tankers em agosto de 2007, quando o mercado de granéis secos
experimentou um boom histórico e o
navio estava a ser descontinuado em favor de petroleiro de casco duplo.
Oficiais da Marinha Uruguaia informaram que os tripulantes
resgatados haviam dito que o Stellar Daisy se tinha partido em dois, quando
conseguiram escapar do navio.
O registo de bandeira (Marshall Islands) abriu uma
investigação ao acidente.
O navio tinha feito a docagem seca e os surveys especiais dentro dos prazos
prescritos e submetido à última inspecção anual em Agosto de 2016, não tendo
sido encontrados problemas.Artigo original
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