13 de abril de 2017

Verificações aduaneiras pós-Brexit consideradas 'Catástrofe' pelos transportadores no Reino Unido

A introdução de controlos aduaneiros físicos depois do Brexit seria uma catástrofe para os portos e navios britânicos e provavelmente reduziria o volume comercial, disse na quarta-feira o chefe do sector da indústria britânica.
A primeira-ministra, Theresa May, disse que quer um acordo aduaneiro com a União Europeia que permita que o comércio sofra “a mais baixa fricção possível", mas poucos acreditam que os bens se possam continuar a movimentar de forma tão perfeita quanto integrado no bloco.
“O cenário de pesadelo seria ter fronteiras alfandegárias físicas... seria absolutamente uma catástrofe para os portos e para o nosso sector”, disse Guy Platten, director-executivo da Câmara de Transporte do Reino Unido, à imprensa.
Guy Platten acrescentou, “De repente ficamos com filas intermináveis de camiões, cancelamentos de viagens... toda a cadeia de abastecimento seria completamente afectada, sabendo-se que 95% do comércio internacional da Grã-Bretanha é movido via navio e que a indústria suporta 250 mil postos de trabalho. Dover, na costa sudeste da Inglaterra, é o porto de ferry mais movimentado da Europa, por onde passam, actualmente, cerca de 500 camiões não comunitários e cerca de 8 mil da UE por dia, acrescentou. Se os camiões da UE enfrentarem os mesmos controlos aduaneiros que os camiões não comunitários, todo o processo será desacelerado, afectando especialmente bens como alimentos frescos.”
A Câmara de Transporte do Reino Unido, que representa 170 empresas, incluindo empresas europeias como a sueca Stena Line, a dinamarquesa DFDS e a francesa Brittany Ferries, diz que o volume de camiões que passaram por Dover aumentou 150% entre 1992 e 2015. Os controlos aduaneiros na UE foram removidos a partir de 1993.
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