Suspeita-se que piratas somalis tenham sequestrado outro
navio numa das principais rotas comerciais do mundo, disseram autoridades no que
poderá ter sido o mais recente de uma série de ataques após vários anos de sossego.
O Departamento de Operações Comerciais Marítimas do Reino
Unido disse no seu site que recebeu informações
sobre um navio atacado e onde, possivelmente, embarcaram na costa do Iémen,
devastado pela guerra, não tendo dado mais detalhes.
Os piratas somalis sequestraram, nas últimas semanas, pelo
menos dois navios com tripulantes estrangeiros nas águas ao largo da Somália e
do Iémen, trazendo o retorno da ameaça após meia década sem actividade.
Uma fonte do ministério dos portos no estado semiautónomo de
Puntland, no nordeste da Somália, disse que piratas armados sequestraram um
navio que navegava sob a bandeira de Tuvalu e que o levaram para a costa norte
da Somália. A fonte falou sob condição de anonimato.
Graeme Gibbon Brooks, CEO da empresa britânica Dryad
Maritime, disse que os oficiais de segurança acreditam ser um navio graneleiro.
Um pirata somali, Bile Hussein, disse estar ciente de que os
piratas conseguiram subir a bordo do navio, perto da ilha Socotra, do Iémen,
apesar da resistência da tripulação.
A comandante Jacqui Sherriff, porta-voz da missão ant-pirataria
da União Europeia junto à Somália, disse que a missão está em contacto com
outras autoridades para investigar e, se o ataque for confirmado, “nossos
pensamentos vão para a tripulação”. A 5ª Frota da Marinha dos Estados Unidos,
que supervisiona os esforços regionais contra a pirataria no Bahrein, não
respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O ex-director da agência anti-pirataria em Puntland,
Abdirizak Mohamed Ahmed, disse ter recebido informações sobre o sequestro de um
navio, mas que não pode dar mais detalhes.
No início deste mês, oficiais disseram que os piratas
somalis haviam apreendido um pequeno barco e os seus 11 tripulantes indianos, quando
o mesmo passava pelo estreito canal entre a ilha de Socotra e a costa da
Somália.
Em Março, piratas somalis sequestraram um petroleiro de
bandeira Comoros, marcando o primeiro sequestro de um navio comercial desde
2012. Mais tarde libertaram-no e à sua tripulação do Sri Lanka sem condições.
Entretanto, os piratas aprisionaram um arrasto de pesca, que
as autoridades somalis avisaram que poderá a ser usado como barco mãe.
A pirataria ao largo da costa da Somália já foi uma
séria ameaça à indústria global de navegação. Nos últimos anos, depois de um enorme
esforço internacional na patrulha das águas junto do país, as acções criminais diminuíram
e, praticamente, desapareceram. Em Dezembro, a OTAN deu por terminada a sua
missão anti-pirataria nas águas da Somália.Fonte
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