28 de fevereiro de 2018

O primeiro VLOC “verde” carregado com minério do Brasil para a China

O primeiro navio mineraleiro VLOC (Very Large Ore Carrier) de segunda geração fez o seu primeiro carregamento no Porto de Tubarão, em Vitória, Estado do Espírito Santo. O Yuan He Hai, com capacidade para 400 mil toneladas, é o primeiro VLOC, de uma frota de 32, a entrar em operação e que irá atender o transporte transoceânico de minério de ferro, em especial na rota Brasil-China. Os novos VLOCs, mais eficientes e sustentáveis, foram construídos a partir de iniciativa da Vale, mantendo o transporte marítimo de cargas da empresa como um dos mais eficientes do mundo em emissões de gases de efeito estufa.
Os novos navios emitem menos CO2 (entre 15% e 20%) que os Valemaxes de primeira geração, que estão em operação desde 2011. Os Valemaxes, projecto pioneiro da Vale, que já emitiam 35% a menos de CO2 em comparação aos capesizes, até então os navios padrão para transporte de minério, com capacidades de transporte de 180 mil toneladas. O Yuan He Hai atracou no porto do Tubarão no último domingo, dia 25, e demorou um dia e meio a ser carregado, antes de seguir viagem para a Ásia.
Os demais 31 navios de 400 mil toneladas serão entregues aos armadores até o final de 2019. Além desses, a Vale negocia contratos que resultarão na construção de novos navios de 325 mil toneladas, os chamados Guaíbamax. Estes novos navios já virão equipados com um sistema de limpeza de gases de escape, o que permitirá eliminar em até 99% a emissão de enxofre na atmosfera.
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Japão suspeita de nova violação das sanções à Coreia do Norte


O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão divulgou evidências de nova transferência suspeita de navio para navio envolvendo um petroleiro de produtos norte-coreano. As transferências de petróleo no alto mar para navios da Coreia do Norte estão proibidas no âmbito das sanções económicas do Conselho de Segurança da U.N. devido ao programa nuclear de Pyongyang.
À meia-noite do sábado, uma aeronave patrulha japonesa P-3C encontrou o petroleiro de produtos norte-coreano Chon Ma San ao lado do petroleiro Xin Yuan 18, com bandeira das Maldivas. Os navios estavam localizados numa área conhecida por nela se terem vindo a verificar várias actividades suspeitas de violação das sanções, a cerca de 135 nm de Xangai.
No dia anterior à alegada transferência, o Tesouro dos EUA havia incluído o Chon Ma San na lista negra por suspeitas de violação das sanções do Conselho de Segurança da U.N. Fotos tiradas pela aeronave de patrulha japonesa mostram que a sua tripulação pintou as suas marcas de identificação para esconder a sua identidade (topo).

Mol assina um acordo com a Rússia para desenvolver a Rota do Mar do Norte

A companhia japonesa de transporte Mitsui O.S.K. Lines (MOL) encetou conversações para poder aproveitar os ganhos no aumento de transporte de mercadorias através da Rota do Mar do Norte. Para o efeito, a empresa assinou um Memorando de Entendimento com a Agência de Investimento e Exportação do Extremo Oriente (FEIA)
Para o efeito, a empresa assinou um Memorando de Entendimento com FEIA sob os auspícios do Ministério da Federação Russa para o Desenvolvimento do Extremo Oriente para cooperar no desenvolvimento da Rota do Mar do Norte e do Extremo Russo Leste.
A Rota do Mar do Norte, que é uma alternativa muito mais curta que a do Canal de Suez, está a ganhar importância devido à redução do gelo no Árctico e à concepção de novos navios comerciais que podem quebrar gelo, o que permite que o transporte de abundantes recursos de energia natural do Árctico seja comercialmente viável.
“O Extremo Oriental russo está localizado na entrada da Rota do Mar do Norte, pelo que podemos antecipar êxito na realização do transporte comercial deste território através da Rota do Mar do Norte, sendo este o elemento chave por trás da assinatura deste Memorando de Entendimento entre a MOL e FEIA”, disse a MOL.
A MOL participa no projecto Yamal LNG, o primeiro projecto de energia em grande escala que exporta cargas através da Rota do Mar do Norte, sendo que o primeiro navio-tanque de LNG da MOL, preparado para o gelo e destinado ao projecto (Vladimir Rusanov), está previsto entrar ao serviço no final de Março, depois de testes marítimos em águas do Árctico. O navio Vladimir Rusanov faz parte de um lote de navios encomendados pela MOL e pela COSCO, em 2014, aos estaleiros da DSME.
Os navios, previstos ser entregues em 2018 e 2019, terão capacidade ide quebrar gelo, permitindo-lhes navegar em mares com gelo até 2,1 m de espessura, e transportarão GNL da instalação Yamal LNG em Sabetta, na Península Yamal da Rússia, para os mercados mundiais de GNL.
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Operador e capitão de navio-tanque considerados culpados de crimes de despejo de águas sujas e lixo no mar

O operador e o capitão do petroleiro de produtos construído em 2003, Sea Faith, foram condenados, em 26 de Fevereiro, pela escrituração de registos falsos e incompletos de descarga de águas sujas e de lixo no mar.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Sea World Management & Trading e Edmon Fajardo declararam-se culpados de duas violações graves da Lei para a Prevenção da Poluição de Navios por não ter mantido com precisão o livro de registo de óleos e o Livro de Registo de lixo do petroleiro, enquanto operava na costa do Texas.
De acordo com os termos do acordo judicial, a empresa pagará uma multa no total de USD 2,25 milhões e entrará num período de operação condicional de 3 anos durante o qual todos os navios operados pela empresa nos portos dos EUA serão obrigados a implementar um rigoroso Plano de Conformidade Ambiental. Fajardo foi sentenciado a seis meses de prisão seguidos de dois anos de liberdade condicional e a uma multa de US $ 2.000.
Tanto a empresa como o capitão admitiram, em Tribunal, que tanto resíduos de carga como água de esgoto do espaço de máquinas foram ilegalmente despejados, directamente, para o oceano, quando o navio estava em trânsito para Corpus. Também admitiram que essas descargas não foram registadas no Livro de Registro de Óleos do navio, conforme estatutário.
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Falecimento de Piloto da Barra de Lisboa

É com profundo pesar que informo o falecimento do colega, piloto da barra de Lisboa, Miguel Conceição, ocorrido em serviço, esta madrugada, quando desembarcava de um navio de saída, a sul de Cascais.
O acidente ocorreu cerca da 01:00, na baía de Cascais, quando o colega desembarcava do porta-contentores “Singapore Express” para a lancha dos pilotos e caiu à água, tendo vindo a falecer, apesar dos esforços e das tentativas de resgate efectuadas, prejudicadas pelas condições meteorológicas e pelo estado do mar.
O Ministério do Mar e a Administração do Porto de Lisboa anunciaram que foi aberta uma investigação técnica ao acidente.
Apresento, desde já, as mais sentidas condolências à família enlutada, a todos os colegas Pilotos da Barra de Lisboa, à Apibarra e à Administração do Porto de Lisboa. 
Comunicação da APL



27 de fevereiro de 2018

A ExxonMobil e Oil Search encerraram operações na Papua Nova Guiné após terramoto

O terramoto de magnitude 7,5 foi registado a uma profundidade de 35 km, com epicentro a cerca de 90 km ao sul de Porgera, na província de Enga, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês). Após o tremor, aconteceram várias réplicas de até 6 de magnitude.
O tremor de terra, que abalou a região nas primeiras horas de segunda-feira, também danificou a infra-estrutura de mineração e energia e levou a ExxonMobil Corp a fechar sua instalação de gás natural liquefeito (GNL), o maior contribuinte para as exportações do país. A ExxonMobil disse que as comunicações com as comunidades próximas permanecem interrompidas, impedindo os esforços para avaliar os danos nas estruturas que alimentam a instalação PNG LNG.
Também a Oil Search Ltd declarou que precisará de uma semana para rever todas as suas instalações e infra-estrutura pelo que se manterá encerrada por, pelo menos, sete dias.
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USCG monitoriza o graneleiro que sofreu explosão na casa de máquinas

O pessoal da Guarda Costeira está monitorizar o graneleiro de 200m, com 21 tripulantes a bordo, depois de uma explosão no motor principal, 120 milhas a oeste da entrada do rio Columbia, na quinta-feira.
O graneleiro FEDERAL IRIS sofreu uma pequena explosão na sala de máquinas no início da manhã, UTC 22 de Fevereiro, a cerca de 240 nm do estuário do rio Columbia, quando navegava da China para Longview, Oregon. O navio ficou à deriva, tendo o rebocador DENISE FOSS (IMO 9748576) sido enviado para rebocar o navio de granel avariado para porto. Foi estabelecido reboque ao 0230 UTC 24 de Fevereiro. O navio é gerido pela canadiana FEDNAV Canadá.
Nenhum membro da tripulação ficou ferido, mas o dano causou o inoperabilidade do sistema de propulsão principal. Antes do incidente, o navio estava limitado devido a uma redução da capacidade de propulsão e por avaria no sistema de tratamento de água de lastro. Está agendado uma intervenção da Guarda Costeira à chegada do navio para garantir a conformidade regulamentar.
"A Guarda Costeira mantém a segurança do porto, evitando danos à propriedade ou ao meio marinho", disse o capitão Tom Griffitts, comandante da Marine Safety Unit Portland. "A nossa principal preocupação agora é a segurança do navio e da tripulação a bordo. Inspectores da nossa unidade garantirão que o navio possa operar com segurança antes de continuar a operar em águas dos EUA ".
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8.000 novos contentores com as cores da Hamburg Süd (vídeo)

Mais de 8.000 novos contentores com a inconfundível cor vermelha e letras brancas da Hamburg Süd foram entregues pela fábrica de contentores da Maersk Container Industry (MCI), na cidade chinesa de Dongguan. Os contentores são de 40 pés padrão, high cube, construídos já este ano, revestidos com uma tinta ecológica especial à base de água.
As novas unidades, agora entregues, correspondem a um lote de contentores incluídos numa encomenda maior efectuada pela Maersk Line. Os novos contentores, que ambas as marcas fornecerão aos clientes, de forma global, formarão a maior e mais avançada frota de “caixas” na indústria de transporte marítimo de linha que atende clientes de ambas as operadoras – incluindo uma pool de mais de 350.000 unidades de refrigerados.
Segundo responsável da A.P. Möller-Maersk Line, “Este lote de contentores vermelhos é um sinal do nosso apreço pela força da marca Hamburg Süd e a demonstração clara de que continuaremos a investir nela, fortalecendo as nossas propostas de valor em separado.”
Fonte c/ vídeo

A Guarda Costeira Argentina disparou sobre navio de pesca chinês

A Guarda Costeira Argentina informou que na última semana perseguiu um navio de pesca chinês, tendo aberto fogo sobre nele, quando o navio vagueava, ilegalmente, na ZEE da Argentina.
O navio chinês Jing Yuan 626 continuou a sua fuga apoiado por outros quatro navios da mesma bandeira e procurou impedir a captura, realizando manobras que resultaram em risco de colisão com a embarcação da Guarda Costeira Argentina, pondo em risco a integridade do navio e tripulação da guarda costeira.
O capitão do Guarda Costeira, Eduardo Scarzello, numa operação coordenada pela Prefeitura Naval Argentina e seguindo as directrizes do Ministro da Segurança, Patricia Bullrich, iniciou a perseguição do barco de pesca.
Apesar dos disparos de intimidação do navio da Guarda Costeira PNA Mantilla, o navio de pesca conseguiu-se evadir. Os tiros foram disparados acima da linha de água e, depois de oito horas de perseguição, a Guarda Costeira desistiu da tentativa.
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A Carnival encomenta terceiro navio a GNL para a sua marca AIDA

A Carnival Corporation & plc assinou um contrato de construção naval para um terceiro navio de cruzeiro de próxima geração para a sua marca AIDA Cruises, com sede na Alemanha.
Programado para entrega em 2023, o novo navio de 180 mil toneladas, construído pela construtora alemã Meyer Werft GmbH no seu estaleiro de Papenburg, apresentará o projecto “green cruising“ da Carnival. O navio será totalmente alimentado por gás natural liquefeito (GNL), tanto no mar como em porto.
Com o anúncio de hoje, a AIDA Cruises passará a ser proprietário de um total de três navios movidos a GNL.
O primeiro da série, o AIDAnova, tem entrega programada para Dezembro, sendo o primeiro navio a ter o GNL como combustível e o primeiro navio de cruzeiro no mundo a ser totalmente alimentado por GNL. O segundo navio da série será baptizado na primavera de 2021.
Os três navios a GNL para a AIDA Cruises fazem parte da actual estratégia de aperfeiçoamento da frota por parte da Carnival, com a encomenda de 20 novos navios programados para entrega entre 2018 e 2023.
O AIDAnova é o 10º navio para a AIDA Cruises que têm sido construídos no estaleiro alemão, em Papenburg, pondo em evidência uma parceria de longo data entre a AIDA Cruises e o construtor Meyer Werft. O AIDAnova e os dois navios gémeos seguintes apresentam a mais recente tecnologia focada na sustentabilidade e eficiência energética, segundo Tim Meyer, director-geral da Meyer Werft.
No total, a Carnival Corporation tem encomendas aos construtores alemães e finlandeses Meyer Werft e Meyer Turku para a construção de nove navios de cruzeiro a GNL em quatro das suas nove marcas internacionais de cruzeiros, com datas de entrega entre 2018 e 2023.
Estes incluem três navios para a AIDA Cruises, dois para a Costa Cruzeiros, dois para P & O Cruises UK e dois para Carnival Cruise Line com datas de entrega estimadas entre 2018 e 2023.
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V Conferência de Engenharia e Arquitectura Naval

A V Conferência de Engenharia e Arquitectura Naval decorrerá nos dias 1 e 2 de Março de 2018, no Salão Nobre do Campus Alameda do Instituto Superior Técnico.
Entre as 14h e as 18h, será possível assistir a apresentações dos representantes de empresas e organizações da indústria naval. Serão abordados vários temas que marcam a actualidade desta indústria, assim como aspectos relacionados com a engenharia naval. Para assegurares o teu lugar nas palestras inscreve-te até ao dia 26 de Fevereiro (inscrição facultativa, mas recomendada).
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26 de fevereiro de 2018

30 mil litros de combustível derramados por navio da Marinha do Canadá

Equipas militares navais estão a vigiar um derrame de 30 mil litros de combustível de um navio da Marinha Canadiana nas águas entre a Ilha de Vancouver e o Continente.
O NCSM Calgary estava a navegar perto dos corredores de tráfego do Estreito de Geórgia quando o combustível o navio foi derramado. O Maritime Forces Pacific lançou uma investigação para determinar a causa do derrame, que envolveu o combustível naval conhecido por F76.
O “F76 é um destilado para combustível marítimo. É de natureza leve e extremamente parecido com o querosene. Este tipo de combustível evapora-se, rapidamente, no ambiente marinho", disse a porta-voz da Marinha. “A marinha tem barreiras de protecção de prontidão para a remoção e limpeza, mas é provável que a maior parte do combustível já se tenha evaporado”, acrescentou.
A Guarda Costeira Canadiana e a Environment Canada também estão a apoiar a marinha nos trabalhos.
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EUA decretam endurecimento das sanções à Coreia do Norte

A administração Trump anunciou na 6ª feira sanções contra 27 companhias marítimas e 28 navios que negociam/negociaram com a Coreia do Norte, num esforço para aumentar a pressão sobre o regime para encerrar o seu programa nuclear.
A alteração permite restringir o acesso do país asiático a combustível e dinheiro, demonstrando que os EUA não comungam do recente desanuviamento na península coreana. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, enviou a sua irmã às Olimpíadas de Inverno no seu vizinho do Sul e convidou o presidente da República da Coreia para conversações.
Os navios sancionados estão envolvidos num complexo esforço de contrabando de combustível para o Norte, sendo bombeado em oceano aberto, evadindo as sanções da ONU contra Pyongyang. As entidades sancionadas estão baseadas em seis países, incluindo a China. Não está claro, no entanto, a forma como os EUA irão, exactamente, aplicar as sanções, o que poderia sugerir a interceptação de navios no mar ou promover um bloqueio. A Coreia do Norte, provavelmente, verá essas acções como acto de guerra.
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Analistas acreditam que a ambição de crescimento da Hyundai é pura ilusão

A ambição de controlar cinco por cento da frota global apenas em quatro anos, a partir de agora, é uma ilusão, diz a Drewry numa nova análise da transportadora de contentores Hyundai Merchant Marine. Isso também seria desastroso para o setor, observa a empresa.
A Hyundai Merchant anunciou recentemente que em breve irá fazer um pedido para 14 meganavios de contentores de 22.000 TEU e regressar às rotas da Ásia-Europa. No entanto, o operador ainda está longe de estar livre da crise do transporte marítimo contentorizado, tendo, apresentado prejuízo de mil milhões de USD no ano passado. Nesta perspectiva é, altamente, improvável que a HMM possa conquistar parte do mercado aos maiores rivais, incluindo a CMA CGM e a MSC, mantendo a encomenda de novos navios, segundo a Drewry.
A HMM, actualmente, controla 1,5% da frota global e parece curto que com apenas 1,2 milhão considerando a actual frota e a lista de encomendas, venha a conseguir alcançar esse desiderato. De acordo com Drewry, a HMM precisaria de outros 830,000 TEU (ou seja, 38 meganavios de 22 mil TEU cada). Segundo escrevem os analistas da Drewry, a transportadora precisa de restabelecer a confiança perdida e, depois, providenciar os meios necessários para financiar esse crescimento. Convém lembrar que a Hyundai Merchant já depende do financiamento do recém-criado fundo da Coreia do Sul, Korea Maritime Corporation, criado para apoiar o sector de transporte e construção naval do país, na sequência do colapso da empresa Hanjin Shipping.
Frota de porta-contentores HMM, a 22 de Fevereiro de 2018

Nº de Navios
‘000 TEU’s
Média de Idade
Frota Própria
25
197
9,1 anos
Frota Afretada
38
171
9,5 anos
Total
63
368
9,3 anos

Fonte: Drewry Maritime Research
Por outro lado, o crescimento pretendido pela HMM seria desastroso para o sector e, até mesmo, para a própria HMM. Segundo a Drewry este aumento de oferta levaria a um retrocesso no valor das taxas de frete, o que aprofundaria as perdas da HMM e uma vez mais aumentaria os receios de colapso, cenário incompatível com o objectivo primário da HMM de restaurar a confiança na sua marca.
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24 de fevereiro de 2018

Conferência na Sociedade de Geografia de Lisboa - Convite

No âmbito do 3.º ciclo de conferências do Seminário do Mar dedicado a “20 Anos de Políticas Públicas”, irá realizar-se na SGL (auditório Adriano Moreira), em 12 de Março de 2018 (2.ª feira), pelas 17h00, a conferência “Política Comum das Pescas - a caminho do fim da sobrepesca?”, proferida pelo Mestre Gonçalo Ferreira de Carvalho.
Convite da Sociedade de Geografia de Lisboa

EUA querem impedir a Wilhelmsen de comprar a concorrente Drew Marine

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) disse, na sexta-feira, que levaria a tribunal o projecto da empresa norueguesa Wilhelmsen Maritime Services de comprar a rival (e, também, mais pequena) americana Drew Marine Group.
A FTC disse que o acordo proposto de US $ 400 milhões reduziria a concorrência no mercado de produtos químicos de tratamento de água marinha, usados ​​em sistemas de água de arrefecimento de água de caldeiras e refrigeração de motores de navios.
Segundo a FTC, a Wilhelmsen, se concretizasse o acordo com a Drew Marine, ficaria com 60% do mercado de produtos químicos de tratamento de água do mar, enquanto o concorrente mais próximo teria 5%.
Entretanto, a porta-voz da Wilhelmsen, Benedicte Teigen Gude, disse à Reuters: "Nós não concordamos com a avaliação da FTC e continuaremos a trabalhar com vista a um resultado positivo". Disse, ainda, que as autoridades da concorrência do Reino Unido tinham aprovado o negócio e que as de Singapura estariam perto de fazer o mesmo.
A Wilhelmsen, com sede na Noruega, é o maior fornecedor mundial de produtos químicos e serviços de tratamento de água para frotas globais e a Drew, com sede em Nova Jersey, é o segundo maior. A FTC alega que as empresas são concorrentes muito próximas em várias dimensões competitivas importantes para os clientes, incluindo o alcance do produto, qualidade e consistência, capacidade de serviço técnico e capacidade de distribuição global.
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Petroleiros atacados a tiro nas costas de África

Petroleiro químico atacado por piratas na costa da Somália
Um petroleiro químico com bandeira de Singapura foi atacado por piratas armados na costa da Somália na sexta-feira, tendo o mesmo sido repelido depois que segurança armada do navio respondeu ao fogo, de acordo com autoridades navais oficiais.
O ataque, que as autoridades dizem estar, provavelmente, relacionado com pirataria, foi o primeiro deste tipo a acontecer na região do Corno de África desde o início do ano.
A Força Naval da União Europeia na Somália (EU NAVFOR) confirmou hoje que o MT Leopard Sun foi atacado por dois skiffs com homens armados na 5ª feira pela 0030 horas locais, a aproximadamente 160 milhas náuticas da costa da Somália.
De acordo com o relatório sobre o incidente, os skiffs se aproximaram do petroleiro fazendo vários disparos contra o navio, tendo a equipa de segurança armada privada do navio ripostado com tiros de advertência. O ataque durou, aproximadamente, 20 minutos.
O petroleiro químico de 50.000 toneladas métricas estava em rota de Sohar, Sultanato de Omã para Cape Town, África do Sul, quando ocorreu o incidente.
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Piratas disparam contra um navio-tanque no Golfo da Guiné
Seis piratas armados com espingardas AK-47 num barco de alta velocidade tentaram, repetidamente, embarcar num navio-tanque de petróleo bruto, perto de Brass, na Nigéria, em 19 de Fevereiro.
Os piratas fizeram sete tentativas de encaixar uma escada de alumínio no varandim do convés do petroleiro, que não resultaram devido às manobras evasivas do navio. Antes de fugirem e se afastarem, dispararam contra o petroleiro, segundo comunicado do Centro de Relatos de Pirataria da IMB.
O comandante também accionou o alarme, activou SSAS, transmitiu mensagem de socorro e aumentou a velocidade, enquanto a tripulação assegurava que todas as portas de acesso ao casario estavam seguras.
O incidente ocorreu às primeiras horas da manhã, quando o petroleiro navegava no Golfo da Guiné, a cerca de 25 milhas náuticas da costa da Nigéria. Dados do IMB mostram que um barco da Marinha da Nigéria manteve contacto com o petroleiro e chegou ao local pouco tempo depois. O petroleiro e a sua tripulação encontram-se seguros.
Este ataque sucede a dois outros num curto espaço de tempo, com desfechos diferentes. No dia 24 de Janeiro, pelas 09:00 UTC, a 48 milhas ao sul de Brass, Nigéria, piratas armados perseguiram e atacaram um petroleiro de produtos em andamento. A presença de pessoal naval armado a bordo do navio obrigou a que os piratas abortassem o ataque.
Já no dia 1 de Fevereiro, o petroleiro "Marine Express" que transportava 13.500 toneladas de gasolina foi perseguido e abordado, tendo os 22 tripulantes, de nacionalidade indiana, sido feitos reféns. Os marinheiros foram libertados no dia 5, aparentemente, depois de ter sido pago um resgate (não confirmado pelas autoridades que investigam o incidente).
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23 de fevereiro de 2018

A Comissão Europeia multou as transportadoras marítimas de automóveis num total de € 546 milhões

O trio japonês do transporte automóvel – K 'Line, NYK e MOL – emitiu declarações separadas sobre a decisão de quarta-feira da Comissão Europeia em multá-las por práticas de cartelização e violação do direito da concorrência da UE.
Além das empresas japonesas, o transportador norueguês / sueco WWL-EUKOR e o transportador marítimo chileno CSAV também foram considerados culpados deste tipo de infracção.
As empresas foram multadas num total de 395 milhões de euros (USD 486,6 milhões).
Comentando a sentença, a K Line afirmou que a decisão irá provocar uma perda extraordinária de 39,1 milhões de euros (5,1 mil milhões de JPY) no exercício do 1º Trimestre de 2018.
Por outro lado, a NYK, multada em 141,82 milhões de euros (JPY 18,8 bilhões), explicou que já havia orçamentado US $ 19,6 mil milhões como provisões para multas no seu relatório de contas apresentado em 31 de Dezembro de 2017.
Finalmente, a Mitsui O.S. Lines (MOL), também considerada culpada, conseguiu esquivar-se a uma multa de 203 milhões de euros em troca de informações sobre o cartel, durante a investigação.
O trio acrescentou que iriam trabalhar para recuperar a confiança do público e trabalhar na prevenção de tais comportamentos no futuro.
Esta condenação vem no seguimento da investigação, por parte das autoridades EU, que descobriu que, durante quase 6 anos, de Outubro de 2006 a Setembro de 2012, as cinco operadoras formaram um cartel no mercado de transporte marítimo de carros novos, camiões e outros veículos de grande porte, em várias rotas entre a Europa e outros continentes.
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80% dos navios enviados para sucata no ano passado acabaram nas praias do subcontinente indiano

De acordo com novos dados fornecidos pela ONG Ship Breakaking Platform, que procura chamar a atenção para o problema e a prevenir os abusos dos direitos humanos no mercado de desmantelamento de navios, 835 grandes navios comerciais de longo curso foram vendidos para estaleiros de sucata em 2017. Os números mostram que a Índia recebeu a maioria desses navios nos seus estaleiros, sendo a Grécia o maior culpado deste dumping antiético.
Os dados revelaram que 543 navios foram desmantelados – à mão – nas praias de maré do Bangladesh, Índia e Paquistão. Este número equivale a 80,3% de toda a tonelagem desmantelada globalmente.
Ingvild Jenssen, fundador e director da ONG Ship Breakaking Platform, disse que, na realidade, os estaleiros com infra-estrutura adequada para este trabalho pesado e perigoso de reciclagem e que podem garantir condições de trabalho seguras e contenção de poluentes, não estão a ser usados ​​pelos armadores. Segundo ele; “é particularmente vergonhoso que tantas empresas marítimas europeias destruam os seus navios nas praias”.
A destruição de navios leva os trabalhadores – muitas vezes migrantes e, alguns deles, crianças – a perderem a vida ou a sofrer ferimentos gravíssimos causados ​​por incêndios, queda de chapas de aço e outras condições gerais de trabalho inseguras. Existem também doenças ocupacionais devido à exposição a fumos e materiais tóxicos.
O desenvolvimento deste tipo de indústria em zonas não apropriadas, também tem impactos ambientais nos ecossistemas costeiros e nas comunidades locais, que habitando próximo, enfrentam exposição a derrames tóxicos de vários poluentes que escorrem para o meio ambiente devido ao desmantelamento de embarcações nas praias.
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Os dez principais operadores controlam quase 90% do mercado contentorizado de longo curso


Mais de 87% da capacidade global da das 67 linhas de navegação que operam porta-contentores, ou seja, menos de 7% das linhas, de acordo com os dados apresentados pela MDS Transmodal.
No topo da lista a linha dinamarquesa Maersk Line com uma participação estimada em mais de 21% do mercado global (excluindo mercados intra-regionais).
A Maersk Line é seguida pelo seu parceiro da Aliança 2M, a Mediterranean Shipping Company (MSC) e pela CMA CGM, em terceiro lugar. Os restantes incluem a alemã Hapag-Lloyd, COSCO, Evergreen, OOCL, MOL, Yang Ming e NYK Line.
Ao longo dos últimos quatro anos, as 10 principais linhas de transporte marítimo viram o aumento do seu market share combinado de 68 para 83%, de acordo com a consultoria baseada no Reino Unido.
Durante o referido período, essas 10 linhas principais viram o seu domínio de mercado aumentar em cerca de 55 milhões para 86,7 milhões de TEU. O aumento foi conseguido, principalmente, através da consolidação com o recurso a fusões e aquisições verificadas nos últimos anos, um processo que está longe de terminar.
Com menos linhas dominantes no mercado, as menores enfrentam uma pressão cada vez maior.
Nas três principais rotas leste / oeste, o mercado é dominado pelas três alianças - Ocean Alliance, 2M e a THE Alliance – embora em diferentes percentagens. Nas rotas Ásia-Europa, as linhas que não fazem parte das alianças representam apenas %1 da capacidade total desdobrada, enquanto que, nas rotas transpacificas e transatlânticas, elas representam 11% e 17%, respectivamente, segundo dados da MDS.

Enquanto isso, segundo a BIMCO, 40 meganavios de contentores (ULCV) estão previstos se juntar à frota durante o ano de 2018.
Serão 53 os navios a partir de 13.500 TEU programados para entrega té o final do ano, embora, o número possa ser um pouco inferior, já que alguns proprietários podem optar por atrasar as entregas dos seus navios. Já, durante 2017, 55 navios do mesmo tamanho estavam agendados para entrega, mas apenas 43 foram entregues.
Em 2017, os proprietários e investidores apostaram no mercado de segunda mão. O ano foi, de facto, muito movimentado, já que 297 navios trocaram de mão, avaliados em US $ 4.178 milhões, segundo dados da VesselsValue. Os navios Panamax foram os mais visados, mais por razão do preço do que por qualquer outra coisa, com 93 navios a trocarem de dono.
Os preços de compra eram, praticamente, iguais aos valores de demolição de muitos dos navios, o que significava que havia pouco risco de perdas com a compra. Desde meados de 2017, os preços de demolição e os valores de segunda mão têm vindo a aumentar.
Um navio Panamax, construído em 2009, de 4,275 TEU, foi avaliado em USD 13,7 milhões em Julho de 2016, US $ 5,6 milhões em Janeiro de 2017 e USD 10,9 milhões em Janeiro de 2018. Ao mesmo tempo, o valore de demolição para o mesmo navio foi de US $ 4,6 milhões, USD 5,6 milhões e US $ 8,1 milhões, respectivamente. O que significa que, nos negócios realizados em Janeiro de 2017, os preços de avaliação dos activos eram iguais aos valores de demolição.
Segundo a BIMCO, este ano a procura do lado de carga deverá rondar os 4,0-4,5%, enquanto o crescimento da frota deverá ficar-se pelos 3,9%, o que, mesmo assim, não aliviará a pressão sobre os armadores.
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Estaleiro coreano entrega o maior graneleiro do mundo com propulsão a GNL

O estaleiro coreano Hyundai Mipo Dockyard (HMD) tem para entrega, até o final do mês, um graneleiro de 50.000 DWT, alimentado a GNL.
O navio, ainda sem nome, está em fase final de construção para os proprietários japoneses Ilshin Shipping e está equipado com um motor de duplo combustível capaz de usar GNL e óleo combustível.
O navio está equipado com um tanque de combustível de LNG, construído com um alto teor de manganês, aproximadamente 20%, que lhe permite resistir às temperaturas muito baixas de -162 ° C a que o combustível tem de ser mantido.
O navio, sendo o maior e único graneleiro a GNL concluído até o momento, foi desenvolvido através de uma parceria entre a sociedade de classificação do Reino Unido Lloyd's Register (LR) e pela empresa-mãe do estaleiro coreano, a Hyundai Heavy Industries (HHI).
No início deste ano, em comunicação conjunta, a HHI e a LR anunciaram um projecto de desenvolvimento conjunto de petroleiros de 180.000 DWT movidos a gás natural. De acordo com essa declaração, o projecto está em processo de pré-aprovação.
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PortGraphic: Sines no Top15 Europeu em 2017


Saiu, esta semana, o estudo sobre o volume de carga manuseado pelos portos contentorizados europeus. O estudo apresenta uma tabela que mostra os 15 principais portos de contentores da União Europeia em 2017 com base no volume de contentores expresso em TEU. Também inclui os valores do crescimento dos contentores em relação a 2016 e ao ano de 2007, no início da crise. Todos os portos listados operam mais de 1,5 milhão de TEU por ano.
O aumento do vaivém no tráfego de contentores em 2016 foi de 2,1% (-1,6% em 2015)
Enquanto em 2015 os 15 principais portos ainda viram um pequeno declínio de tráfego de 1,6% (média) em relação a 2014, desta vez, temos um modesto crescimento de 2,1%. Barcelona, Sines, Piraeus, Algeciras e Antuérpia registaram os maiores crescimentos, enquanto Felixstowe, Le Havre e Bremerhaven foram os únicos que experimentaram quebra de tráfego em relação a 2016.
Em média, o aumento do tráfego de contentores experimentado pelos 15 maiores portos europeus, entre 2007 e 2016, foi de 14,4%
Os 15 principais portos, em conjunto, tiveram um aumento bastante expressivo de 14,4% no tráfego de contentores em relação ao ano anterior à crise de 2007. Em quase uma década, quatro dos 15 portos ainda registaram, em 2016, volumes inferiores aos de 2007. Gioia Tauro e Barcelona são casos especiais, que combinam, em simultâneo, um forte crescimento durante o ano de 2016, embora esse desempenho tenha sido, mesmo assim, inferior aos números conseguidos em 2007.
2007-2016: neste período, os portos do sul da Europa ao apostarem no mercado de transbordo apresentaram um crescimento mais forte

As estrelas deste crescimento, durante o período 2007-2016, moram no sul da Europa: no topo vem Sines (com um volume multiplicado por 9) e Piraeus (com mais 168%). Marxaxlokk, Valência e Algeciras surgem a seguir. Tratam-se, principalmente, de portos que dependem fortemente dos volumes de transhipment. Quando falamos de portos com uma orientação de gateway / hinterland, vêm à cabeça da lista os portos de Antuérpia e Génova.
Piraeus e Sines são os notáveis recém-chegados à lista de Top15
Poucas são as alterações ocorridas na lista dos portos europeus Top15. Piraeus não estava entre os 15 melhores em 2007. Nesse ano, Constantza classificou-se em 15º (1,41 milhões TEU) e Zeebrugge estava era o nº 11 (com 2,02 milhões de TEU). Sines juntou-se aos 15 primeiros apenas em 2016, preenchendo o lugar previamente ocupado por Zeebrugge (1,56 milhões de TEU em 2015).
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20 de fevereiro de 2018

Temporal no Atlântico Norte produz ondulação de 19 metros próximo de rotas marítimas importantes


Um núcleo muito cavado de baixa pressão no Atlântico Norte está a causar ondulação significativa de uns incríveis 19 metros (62 pés), de acordo com o National Weather Service.
Esta tempestade tornou-se muito perigosa com ventos de força de furacão e ondas extremas sobre as principais vias marítimas entre a Europa e os Estados Unidos.
O NOAA NWS Ocean Prediction Center está a monitorizar a situação desde o fim-de-semana, que se intensificou rapidamente durante a noite no sábado, desenvolvendo ventos de furacão com mais de 64 nós no domingo de manhã.
Esta tempestade representa um perigo extremo para os navios no mar, ao se deslocar para leste a uma latitude bastante baixa, já que cobre algumas das principais rotas de navegação que ligam os portos do Norte da Europa e do Mediterrâneo aos portos da costa leste e do golfo.

14 de fevereiro de 2018

A Waterfront Shipping anuncia novos quatro petroleiros com propulsão a metanol


O especialista em transporte de metanol Waterfront Shipping anunciou planos para construir quatro novos petroleiros oceânicos capazes de funcionar com metanol, combustível considerado limpo.
Os petroleiros a metanol, de 49.000 toneladas métricas, foram encomendados através de um projecto conjunto da indústria que envolve, além da Waterfront Shipping, a Marinvest, a IINO Kaisha, a Mitsui & Co. e o NYK Group. As novas construções juntar-se-ão a uma frota já existente de sete petroleiros a metanol de 50.000 toneladas que foram fretados pela Waterfront desde a sua entrega em 2016.
Os quatro novos navios serão entregues em 2019 e, de igual forma aos seus predecessores, serão construídos com os motores de combustível duplo dual MAN B & W ME-LGI que podem funcionar com metanol, óleo combustível, óleo diesel marítimo ou gasóleo. Serão construídos na Coreia, na Hyundai Mipo Dockyard, onde vários dos navios da primeira geração foram construídos.
O metanol de combustão limpa é cada vez mais considerado como combustível alternativo viável para a indústria de navegação, pois é capaz de cumprir todos os regulamentos de emissão actuais e futuros estabelecidos pela Organização Marítima Internacional (OMI). O combustível fez a sua estreia comercial em 2015 a bordo do ferry Stena Germanica da Stena Lines.
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Além do aumento do combustível, as transportadoras enfrentam um pico nas taxas de fretamento


Os transportadores marítimos têm vindo a enfrentar maiores custos com o combustível nos últimos meses e agora poderão ser surpreendidos por um aumento nas taxas de fretamento de navios.
As linhas de transporte de contentores estão obrigadas a pagar taxas de fretamento diárias mais elevadas pelos navios afretados, uma vez que a disponibilidade de tonelagem caiu.
Falando durante a apresentação de resultados do quarto trimestre de 2014 do Grupo Maersk, na semana passada, o director de operações da Maersk Line, Soren Toft, admitiu que os armadores finalmente começaram a recuperar a liderança nas negociações de contratos de fretamento.
“Estamos vendo alguma pressão sobre as taxas de frete temporário, principalmente porque a frota ociosa diminuiu bastante”, disse ele.
Na verdade, de acordo com o levantamento mais recente da Alphaliner, a capacidade ociosa diminuiu para 191.441 TEU, representando apenas 0,9% da frota global.
“A frota ociosa diminuiu acentuadamente na última quinzena, já que os transportadores apressaram-se a aumentar a capacidade para aproveitarem a alta maior procura que sucede sempre em vésperas das férias pré-lunares do ano novo no Extremo Oriente”, esclareceu a Alphaliner.


Explosão no estaleiro de Cochin na Índia mata cinco e fere vários outros

Cinco pessoas morreram numa explosão num estaleiro no sul do estado indiano de Kerala, informaram as autoridades. A explosão ocorreu na manhã de terça-feira a bordo de um navio de perfuração pertencente ao maior explorador de petróleo da Índia, Oil and Natural Gas Corporation (ONGC), que se encontrava no porto de Cochin para reparação.
A polícia disse à BBC que todos os outros trabalhadores que se encontravam a bordo foram resgatados e que a situação estava "sob controlo", não havendo mais vítimas. O estaleiro governamental é usado para reparar alguns dos maiores navios do país.
A polícia disse que três dos resgatados estão feridos devido a queimaduras, acrescentando que as mortes foram causadas por inalação de fumo.
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9 de fevereiro de 2018

CMA CGM desenvolve saco para transporte de líquidos em contentor refrigerado (c/ vídeo

A CMA CGM desenvolveu um saco, denominado REEFLEX, que permite que um produto líquido possa ser transportado em contentor refrigerado, preservando as suas propriedades durante o transporte e a entrega.
A segunda maior empresa do mundo desenvolveu o REEFLEX em parceria com a Teconja, empresa especialista alemã em sumos e líquidos Liqua, para além de líder em soluções de embalagens para o transporte de líquidos.
A instalação de um saco agora proposto (REEFLEX) demora 3 minutos, acompanhado de um sistema de bombeamento externo que enche e esvazia o saco em 35 minutos.
O novo produto permite aos exportadores e importadores manter as propriedades nutricionais e químicas de um produto, armazenando-o em ambiente esterilizado que suporta temperaturas controladas entre os -35 ° C e os + 20 ° C.
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Os importadores de carvão receosos das novas regras de transporte da Indonésia

Os compradores de carvão indonésio estão reduzir as encomendas do combustível depois que o governo emitiu novas regras de transporte de óleo de palma e carvão que limitam as exportações ao transporte em navios indonésios, disse uma associação da indústria esta quinta-feira.
Jakarta emitiu as novas regras em Outubro, exigindo que exportadores de carvão e óleo de palma usassem navios indonésios e companhias de seguros indonésias, para aumentar o peso da indústria marítima do país no seu mercado de exportação.
No entanto, as directrizes sobre a implementação dessas regras e possíveis isenções não foram, ainda, divulgadas, suscitando a preocupação entre os carregadores na Indonésia, o maior exportador de carvão térmico do mundo e produtor de óleo de palma.
O regulamento irá entrar em vigor no final de Abril.
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A pirataria marítima e assalto armado a navios na Ásia diminuíram em Janeiro

A situação de pirataria e roubo à mão armada contra navios na Ásia melhorou em Janeiro de 2018, com um total de sete incidentes relatados, comparados aos 16 incidentes relatados em Dezembro de 2017, de acordo com o relatório mensal do ReCAAP ISC.
Dos sete incidentes, um foi de pirataria e seis de assalto à mão armada contra navios. Não houve qualquer relato de sequestro de tripulação para resgate.
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Sec. Geral da IMO reforçou que limite de enxofre entra em vigor em 2020

Não há retorno à implementação do limite global de 0,50 por cento do teor de enxofre do óleo combustível dos navios, que entrará em vigor em 1º de Janeiro de 2020, de acordo com o Secretário-Geral da OMI, Kitack Lim.
A declaração foi feita antes da quinta sessão do Subcomité de Prevenção e Resposta à Poluição (PPR) que se realizou de 5 a 9 de Fevereiro na sede da OMI em Londres.
O PPR trata de todos os assuntos que vão desde a Convenção MARPOL e respectivos anexos, o controlo e gestão de organismos aquáticos prejudiciais e sedimentos transportados na água de lastro dos navios, biofouling, sistema anti incrustação, prevenção, resposta e cooperação em situação de poluição por petróleo e substâncias perigosas e nocivas e a reciclagem ecológica de navios.
Segundo afirmou o Seretário-Geral Lim, está assegurada a implementação consistente do requisito do limite de 0,50% de enxofre no óleo combustível marítimo e que esse é um item chave na agenda da reunião. A reunião também analisará a forma de medir as emissões de carbono do transporte marítimo.
Segue a comunicação integral do Secretário-Geral Lim na apresentação da sessão.

8 de fevereiro de 2018

Navio russo com 127 passageiros está, há vários dias, preso no gelo

O navio de cruzeiro Igor Farkhutdinov com bandeira russa, que transporta 127 passageiros e 42 contentores, ficou preso em gelo grosso na costa do Japão, no início desta semana.
O navio dirigia-se da ilha de Shikotan, administrada pela Federação Russa, para o porto de Korsakov, na ilha de Sakhalin, a 5 de Fevereiro.
No entanto, ao sair do Estreito de Kunashirsky, perto da cidade japonesa de Mombetsu, o navio encontrou gelo denso, com até 1,5 metros de espessura, disse o governo de Sakhalin.
Actualmente, o navio, que de acordo com as autoridades é um navio de classe gelo e tem um capitão experiente, está a tenta navegar através das águas geladas. Segundo a informação disponibilizada pela mesma autoridade, o navio não se encontra em perigo imediato.
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O Nautical Institute publica o Shiphandling Logbook

A manobra é provavelmente a capacidade (perícia) mais importante para os marinheiros e uma das mais difíceis de praticar. O Nautical Institute reconhecendo a importância de ganhar experiência em tempo de mar e desenvolver as capacidades necessárias à manobra de navios desenvolveu este Shiphandling Logbook, que foi ontem lançado.
Este livro de bordo visa fornecer aos utilizadores uma ferramenta essencial para os ajudar a gerir o desenvolvimento das suas aptidões de manobra de navios e aproveitar as oportunidades para treinar. Os navegadores serão capazes de registar e reflectir sobre as suas experiências, fornecer evidências do que foi aprendido, identificar lacunas e ser encorajados a aproveitar as oportunidades para aprender mais.
Este livro de registo genérico e fácil de usar inclui uma lista completa de manobras e conhecimento exigido pela STCW. The Shiphandling Logbook é uma ferramenta essencial para todos os marinheiros que desejam desenvolver as suas capacidades, independentemente do navio e do tráfego que pratiquem.
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Único quebra-gelo pesado Americano sofreu entrada de água e falha do motor durante a missão anual à Antárctida

O US Coast Guard Cutter Polar Star completou a sua missão de abastecimento à National Science Foundation (NSF) depois de cortar um canal de reabastecimento através de 15 quilómetros de gelo antárctico no Mar de Ross e escoltar embarcações de abastecimento para até o continente.
Segundo o comandante da Polar Star, apesar de terem encontrado menos gelo este ano, tiveram vários contratempos de ordem técnica para conseguir realizar a missão com êxito. O quebra-gelos pesado norte-americano (único no activo), a 16 de Janeiro, experimentou entrada de água pelo bucim do veio da hélice, causando inundação da casa da máquina. A tripulação respondeu rapidamente, selando o bucim com reparação de emergência, para poder parar a entrada de água gelada no navio. A tripulação conseguiu, posteriormente, realizar uma reparação mais definitiva. Não houve registo de acidentes pessoais em resultado deste incidente.
Posteriormente, a  11 de Janeiro, a sua velocidade pelo oceano gelado foi reduzida por uma das três principais turbinas a gás do navio ter avariado. A tripulação conseguiu solucionar o problema da turbina com recurso ao antigo sistema eléctrico utilizado no navio na década de 1970.
Entretanto, o vice-almirante Fred Midgette, comandante da US Coast Guard Pacific Area, afirmou que se o Polar Star sofresse uma falha mecânica catastrófica, os EUA não seriam capazes de assumir prolongadas missões de quebra-gelo como a Operação Deep Freeze, já que o país não tem outro navio capaz de resgatar a tripulação se este navio ficasse preso no gelo.
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