26 de fevereiro de 2021

Explosão atinge navio no Golfo de Omã

Autoridades do Reino Unido afirmam que as investigações sobre o incidente estão em andamento, embora possam avançar que a tripulação está bem e segura.

A empresa de segurança Dryad Global informou ser o navio Helios Ray 7.721-ceu (construído em 2015), de propriedade da Ray Car Carriers, da Ilha de Man.

A explosão ocorreu às 2040 GMT na noite de quinta-feira, 44 milhas náuticas (81 km) a noroeste de Mascate, Omã.

A Marinha dos EUA disse que estava a monitorizar a situação, enquanto o International Maritime Security Construct, apoiado pelos EUA, disse que a investigação estava em andamento e que seus navios estavam a monitorizar a situação.

A United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO) emitiu um alerta na sexta-feira dizendo, apenas, que um navio havia sofrido uma explosão. Não foi dado qualquer detalhe sobre ua possível causa.

O navio estava a caminho de Singapura vindo de Dammam, na Arábia Saudita. O P&I do navio é o West of England.

Agora, segundo a Dryad, estará a caminho do porto de origem ou, talvez, Dubai. A empresa acrescentou que, embora os detalhes permaneçam obscuros, existe a possibilidade de que o evento foi resultado de "atividade assimétrica de militares iranianos".

"Tal atividade seria compatível com as tensões atuais e a intenção iraniana de exercer uma diplomacia vigorosa por meios militares dentro de sua área de interesse imediata", disse a Dryad.

A Ray Carriers é tida como propriedade de Israel. As tensões entre Israel e o Irão permanecem tensas, especialmente à luz do aumento dos sinais de reaproximação entre o Irão e o governo Biden, acrescentou a Dryad.

O ministério de transporte de Israel disse que não tinha conhecimento do incidente. O Irão não comentou.

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Navio de gado rejeitado retorna a Espanha após meses no mar

Um carregamento de gado espanhol, que ficou à deriva durante meses devido a preocupações com a doença da língua azul bovina, atracou em Espanha na quinta-feira, de acordo com o governo da região. No entanto, o destino dos animais ainda permanece duvidoso.

Recordemos que o “Karim Allah” deixou o porto mediterrâneo de Cartagena no dia 17 de dezembro, levando a bordo cerca de 895 cabeças de gado, com destino à venda na Turquia. Um segundo navio, o “ElBeik”, zarpou no dia seguinte de Tarragona com uma carga de quase 1.800 bovinos.

Embora o gado tivesse certificado sanitário válido, as autoridades turcas rejeitaram os dois navios e suspenderam as importações de animais vivos da Espanha, depois que um surto da doença da língua azul transmitida por inseto ter sido detetado na província espanhola de Huesca.

Em face da situação, o “Karim Allah” tentou encontrar outro comprador na Líbia, mas foi rejeitado pelas autoridades locais e passou semanas a navegar pelo leste do Mediterrâneo, lutando por abastecimentos.

“Tentamos conseguir mais ração na Tunísia, no entanto eles expulsaram-nos. Mais tarde, conseguimos na Sicília, embora os animais tivessem passado vários dias apenas com água ”, ... disse à Reuters, Miguel Masramon, advogado que representa a Talia Shipping Line, a empresa armadora.

Conforme noticiado pela Reuters, o navio finalmente atracou na doca Escombreras de Cartagena. O Ministério da Agricultura disse que embarcaram especialistas para testar os animais.

Concluindo, se o gado for considerado, sanitariamente, capaz, poderá ser revendido vivo, para exportação. Mas se tiverem de ser abatidos no desembarque por ordem do governo, não poderão ser vendidos para comida e o carregamento terá que ser cancelado. Nesse caso, “o custo poderá ultrapassar um milhão de euros”, disse Masramon à Reuters.

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A poluição por navios impede sustentabilidade dos oceanos

De acordo com um novo estudo, apesar do esforço da comunidade global em tornar os oceanos mais limpos, os navios são autênticos "elefantes na loja de loiça", poluindo sem que ninguém fale, ao libertar, de modo contínuo, quantidades substanciais de metais tóxicos no mar.

O estudo, liderado pelo Dr. Gordon Watson da Universidade de Portsmouth e publicado na Environment International, coincide com o lançamento da “Década da Ciência do Oceano” da ONU que pretende dar foco a mares saudáveis ​​e a uma “economia azul sustentável”.

“É irónico que, enquanto o mundo se foca na remoção da poluição por plástico, haja, simultaneamente, navios altamente poluentes bem debaixo dos nossos narizes”, disse o Dr. Gordon Watson, coordenador do estudo, da Universidade de Portsmouth.

Além de pretender influenciar os proprietários de embarcações a utilizar tintas e ânodos antivegetativos menos tóxicos, o Dr. Watson e colegas pedem legislação urgente para garantir que o transporte marítimo seja o centro das políticas oceânicas sustentáveis.

Os pesquisadores estudaram dados da década de 1980 sobre a quantidade de metais tóxicos em sedimentos da região do Canal da Mancha em mais de 300 locais costeiros e offshore. Embora eles tenham encontrado uma redução constante nos níveis gerais de contaminação por metais no fundo do mar na década de 1980, a investigação entre 2010-13 mostrou um aumento, parcialmente, ligado a metais específicos envolvidos nas atividades de navegação.

Ou seja, os pesquisadores descobriram que todos os navios, do veleiro ao navio de cruzeiro, libertam quantidades substanciais de metais, como cobre, zinco e níquel, que se acumulam nos sedimentos do oceano. Especificamente:

  •     O cobre é usado em tintas antivegetativas para garantir que o casco permanece livre de organismos marinhos que reduzem a velocidade dos navios, tornando o transporte mais caro.
  •     O zinco é originado dos blocos de metal ("ânodos de sacrifício") que, geralmente, são fixados abaixo da linha de água, para proteger o casco da corrosão.
  •     O níquel é, frequentemente, encontrado em altas concentrações na descarga de águas residuais de depuradores de gases de escape, com o objetivo de reduzir as emissões dos navios.

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