A crise trouxe à borda
d’água novos “garimpeiros”. Pena é
que a iliteracia de um povo, em relação ao mar, leve a que, em muito poucos
anos, esteja morta a “galinha dos ovos de
ouro”. E as autoridades assistem a isto impávidas e serenas. Ou melhor,
viram as costas e não olham. Quem não vê… Aos profissionais sérios que vivem da
pesca não se perdoa: ele é prazos, ele é contribuições e licenças, ele é o
peixe que entrou na arte mas que a licença não inclui, ele é… etc. etc. Não
digo que as pessoas não tenham o direito de acesso a comida e ao usufruto do
que é público. Mas isto é depredação pura, com a agravante de destruir o ecossistema
e acabar “com tudo o que mexe” em
meia-dúzia de anos. Ou menos…
E não são só as embalagens de plástico. Despejar, em águas tidais
e rasas, milhares de quilos de sal refinado altera a salinidade das margens, impedindo
qualquer tipo de criação e zonas abrigadas de postura. Para além de matar ou
envenenar um sem fim de outra vida animal presente e que serve de alimento a
outro tanto.
A reportagem diz tudo: no que se ouve, no que se vê e
no que quem, como eu “nasceu e viveu na
água”, consegue ler nas entrelinhas. “Feios,
porcos e maus!”Reportagem RTP
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