31 de março de 2017

Detectada fuga de gás em instalação no Mar do Norte

A produção foi parcialmente encerrada numa instalação no Mar do Norte, a 120 milhas a leste de Aberdeen, após uma fuga de gás ter sido detectada.
A Dana Petroleum disse que não há risco de segurança devido à libertação, que foi detectada na semana passada em encanamentos no fundo do mar, por debaixo do navio de produção, armazenamento e descarga (FPSO) da Triton. A empresa informou que a fuga foi de proporções mínimas até que o problema ter sido resolvido.
A situação está a ser avaliada antes das reparações definitivas serem realizadas.
Um porta-voz disse: "A Dana pode confirmar que a produção está parcialmente encerrada no Triton FPSO, após a identificação de uma fuga de gás na infra-estrutura submarina de elevação de gás, que foi isolada e protegida. O FPSO continua a operar, embora com redução de produção, com a sua tripulação normal a bordo. Todas as autoridades reguladoras foram informadas e estão a ser desenvolvidos os preparativos para uma reparação definitiva”.
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Trabalhadores offshore expostos a radiação

Segundo noticiou a BBC Scotland seis trabalhadores offshore estiveram expostos a radiação.
O incidente aconteceu na plataforma Thistle da EnQuests, em Shetland, em Dezembro passado. Steve Innes, de Sunderland, disse à BBC que ele e outros cinco colegas da firma Wood Group descobriram que haviam estado expostos a radiação alfa.
A EnQuest entretanto informou que havia tomado "medidas adicionais de precaução", enquanto o empreiteiro Wood Group afirmou estar comprometida com a segurança dos funcionários.
Steve Innes disse ter sentido dificuldades em arranjar trabalho a partir do momento em que denunciou preocupações pelo sucedido e que ele e os colegas têm receio de vir a contrair cancro. Segundo ele, "nós todos estávamos a trabalhar sem o EPI adequado (equipamento de protecção individual), porque a EnQuest tinha assumido que estava tudo bem e dentro dos limites. Fomos expostos a material radioactivo durante horas”.
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A SÁBADO preparou uma edição especial sobre o mar

Está nas bancas a revista especial Sábado/The New York Times dedicada aos oceanos, numa edição bilingue.

Com vários artigos de grande interesse actual e científico, pretende-se dar a conhecer melhor os objectivos da Fundação Oceano Azul (FOA), patrocinada pela Sociedade Francisco Manuel dos Santos, que arranca com um grupo de prestigiados consultores nacionais e internacionais, e que pretende ajudar a reequilibrar o ecossistema marinho, educar os cidadãos para a sustentabilidade e reconciliar Portugal com o mar. A Fundação terá a sua sede no Oceanário de Lisboa.

Os ministros da UE aprovam a "Declaração de Valletta" para o transporte marítimo

Os ministros dos transportes dos Estados-Membros da União Europeia reunidos em Valletta, sob o patrocínio da Presidência maltesa do Conselho da União Europeia, adoptaram a Declaração de Valletta sobre a política de transportes marítimos da UE.
A Declaração de Valletta, intitulada "Prioridades para a política de transportes marítimos da UE até 2020", destina-se a fornecer informações e orientações políticas para o seguimento da Estratégia Marítima após 2018, identificando os principais desafios e objectivos das políticas marítimas da UE para além 2018, com um prazo previsto para até 2020 e para além deste.
O Ministro dos Transportes e da Infra-Estrutura, Joe Mizzi, referindo-se também à Declaração de Valletta sobre Segurança Rodoviária adoptada anteriormente, disse que estas declarações, sobre os dois modos de transporte, definem uma direcção política futura coerente e clara.
“A Presidência reuniu as partes interessadas e os decisores políticos com o objectivo de estabelecer as futuras políticas sustentáveis ​​que possam responder às necessidades dos nossos cidadãos”, afirmou.
Aceder ao texto completo da” Valletta Declaration”


Não haverá recuperação significativa no mercado de transporte de carga geral antes de 2018

As taxas de frete no sector de navegação multipropósito parecem ter chegado ao ponto mais baixo em dez anos, com sinais de recuperação do mercado muito frágeis, que poderão ser mais evidentes e sustentados nos próximos anos, segundo a Drewry no seu mais recente “Multipurpose Shipping Market Annual Review & Forecast 2017”.
Prevê-se que a procura por transporte de cargas secas aumente em cerca de 3% em 2018 mas, dentro desse valor, a quota de mercado disponível para os navios multipropósito é mais interessante. A Drewry estima que a quota de mercado de navios multipropósito (MPV) no tráfego de granel foi de cerca de 17%, enquanto a sua participação nos tráfegos de carga geral atingiu os 20%.
Embora a procura por MPV’s tenha caído ligeiramente em relação a 2015, espera-se que venha a crescer a uma taxa média anual de 3,4% até 2021.
No outro lado da equação, espera-se que a entrega de navios novos se contraia, no mesmo período, embora apenas 0,1%.
Nos últimos cinco anos, a percentagem de navios de projecto que estão a entrar na frota mundial aumentou a uma média de 58%. No entanto, em 2016, cerca de 93% deles tinham capacidade de elevação, o que é um aviso de declínio de navios MPV simples (convencionais). Assim sendo, será expectável uma redução de 4% de navios deste tipo na frota mundial, deixando perceber uma possível retoma nas taxas de frete.
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Escalas de navios de cruzeiros em Lisboa aumentam 40% até Fevereiro

O porto de Lisboa recebeu nos dois primeiros meses deste ano 14 escalas de navios de cruzeiro, um número que representa um aumento de 40% face ao mesmo período de 2016.
De acordo com dados da Administração do Porto de Lisboa (APL), em Janeiro e Fevereiro, o número de passageiros que chegou à capital em navios de cruzeiro apresentou também um crescimento, em termos homólogos, de 26%, totalizando 18.974, mais quase 4 mil do que um ano antes.
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30 de março de 2017

Singapura aprova fusão das transportadoras japonesas

A Comissão de Concorrência de Singapura aprovou a proposta de joint-venture entre as japonesas Nippon Yusen Kabushiki Kaisha (NYK), Mitsui O.S.K. Lines (MOL) e Kawasaki Kisen Kaisha (K-Line).
 As empresas planeiam partilhar o seu mercado de transporte marítimo de contentores e as suas operações e serviços de terminais portuários contentorizados fora do Japão. O único serviço sobreposto que afectaria Singapura é o fornecimento de serviços de transporte marítimo de contentores.
A Comissão analisou os serviços de transporte marítimo para as rotas comerciais intra-Ásia, bem como para os tráfegos que envolvem a região da Ásia Oriental (que inclui Singapura), tanto de origem, como de destino, com as várias outras regiões do mundo, em especial a Europa e a América do Norte.
A joint-venture japonesa, baptizada de "3J", que será detida em 38% pela NYK Line e em partes iguais de 31% pela MOL e K-Line, deverá começar as suas operações em Abril de 2018. As empresas esperam uma redução de custos anuais em cerca de 1.050 milhões de USD, com uma frota combinada de 1,4 milhões de TEUs.
Prevê-se que a fusão inclua 10 terminais fora do Japão, localizados, principalmente, nos EUA.
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A mítica empresa alemã Hansa obrigada a reduzir a frota pela metade

Fontes europeias declararam que a empresa marítima em dificuldades financeiras Hansa Treuhand está a ser forçada a cortar metade da sua frota.
Um dos bancos mais atingidos pelo crédito mal parado do shipping, o KG Bank , será dos mais irredutíveis sindicatos bancários na postura dura que os bancos alemães têm vindo a adoptar  este ano para tentar disciplinar o desordenado estado da frota mercante do país.
“Dos 50 navios que eles controlam, eles devem reduzir para 25”, disse um banqueiro, acrescentando que seis das unidades do KG estavam em risco de colapso.
A frota da Hansa Treuhand é formada, maioritariamente, por porta-contentores e por quatro petroleiros.
No seu apogeu, a companhia tinha 77 navios em seu nome. Ebel, o fundador do grupo, declarou-se pessoalmente insolvente no início deste ano. Em Setembro do ano passado, a Hansa Treuhand tinha anunciado que iria proceder a uma reestruturação, admitindo que qualquer inversão da crise nos mercados de navegação estava longe de acontecer.
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Perdas maciças da Yang Ming põem em causa a sua recapitalização

Com a publicação das suas contas do exercício de 2016 a situação da transportadora marítima pública de Taiwan, a Yang Ming Marine Transport, fica claro que a empresa enfrenta um futuro muito difícil. Tendo duplicado as suas perdas líquidas em 2016 (14.910 milhões de USD), aumenta a especulação sobre o futuro da oitava maior companhia de linha do mundo – a Yang Ming não é rentável desde 2013.
O futuro de Yang Ming – 33% da propriedade do estado – tem sido alvo de especulação constante nos últimos meses, havendo rumores de que não escapará à maciça onda de consolidação que atravessa a indústria.
Funcionários de topo da empresa negam, no entanto, qualquer perspectiva de fusão, afirmando que estará para breve um plano de recapitalização para a transportadora.
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A fusão da UASC na Hapag-Lloyd conhece dificuldades

O processo de fusão da Hapag-Lloyd e da United Arab Shipping Company (UASC) foi suspenso para que a linha de navegação alemã e alguns bancos consigam garantias de que o principal accionista da UASC, o fundo soberano de Qatar, permanece comprometido com o negócio a longo prazo.
O presidente-executivo da Hapag Lloyd, Rolf Habben Jansen, disse, em entrevista recente, que havia subestimado a complexidade do acordo, compreendido entre os 7.600 e os 8.700 milhões de USD, que criaria uma das maiores companhias marítimas do mundo.
A Reuters informou que duas entidades financeiras tinham comentado que uma das principais preocupações da Hapag Lloyd e de alguns dos bancos que compõem o sindicato têm por base o receio de que o fundo Qatar poderia, no futuro, diminuir (leia-se: vender) a sua participação no grupo. Segundo essas fontes, a preocupação é que as empresas rivais possam vir a adquirir essa participação no grupo.
Pelo que se vai percebendo, o acordo só seguirá por diante se, tanto a Hapag Lloyd como os bancos consigam o compromisso de que não haveria uma venda de acções pela Qatar Investment Authority (QIA), um dos maiores fundos de riqueza soberana do mundo. O Qatar detém 51% da UASC, a Arábia Saudita tem 35% e o restante capital é detido pelos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Kuwait e Iraque.
A Hapag-Lloyd, que teria acesso a navios maiores na principal rota comercial da Ásia para a Europa através da fusão, disse que vai adiar a data de conclusão das negociações para 31 de maio, embora afirmando que o acordo não está em risco.
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A Coreia do Sul reabre investigação sobre o afundamento do Sewol

O Ministério dos Oceanos e Pescas da Coreia do Sul anunciou hoje que encontrou ossos no convés do navio heavy-lift  que transporta os destroços do Sewol de regresso ao porto. Os restos foram encontrados junto de sapatos e outros pertences, inicialmente reconhecidos como de origem humana. No entanto, mais tarde, um funcionário do ministério disse que afinal teriam origem animal e que os investigadores tinham erradamente assumido outra coisa.
Foram 304 as pessoas que morreram em consequência do desastre marítimo, a maioria delas adolescentes, estudantes do ensino médio, sendo que o afundamento permanece um assunto sensível, tanto na política coreana como no dia-a-dia da população. O destroço foi içado inteiro para a superfície devido à pressão política das famílias dos desaparecidos, que querem as autoridades a examinarem o casco para a descoberta de novas evidências criminais e para serem procurados no seu interior os corpos de nove passageiros desaparecidos.
Os familiares dos desaparecidos reagiram muito mal, na terça-feira, quando ouviram que possíveis restos de seus entes queridos poderiam ter escapado através de buracos no casco, tendo exigido ao governo a busca imediata no fundo por o que possa ter caído durante o içamento.
Em resposta à exigência pública, a Assembleia Nacional da Coreia nomeou um comité especial de oito membros para reabrir uma investigação sobre o naufrágio do Sewol. O painel tem um mandato de 10 meses para examinar os factos e responsabilizar os responsáveis.
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26 de março de 2017

À procura de aventura? Tente mergulhar até o Titanic

Foi há mais de 100 anos atrás que o RMS Titanic afundou após colidir com um icebergue. Agora, pelo “preço certo”, turistas aventureiros podem ter a oportunidade de ver o naufrágio em primeira mão, a bordo de um submersível tripulado.
A viagem de uma vida está a ser proposta por uma empresa chamada Blue Marble Private, que organiza uma viagem de 8 dias, com visita ao naufrágio, a partir do início do próximo ano. Para tornar a viagem possível, a empresa diz ter contratado com a OceanGate, Inc., um fabricante de submersíveis tripulados, levar nove aventureiros de cada vez, desde a costa da Terra Nova, no Canadá, numa missão de descoberta das profundidades do oceano até ao local onde jaz o Titanic.
O submersível, construído em liga de titânio e fibra de carbono, vai ser tripulado por especialistas e está especialmente projectado para alcançar profundidades de até 4.000 metros, permitindo-lhe deslizar sobre o convés do navio naufragado, de onde poderá vislumbrar a famosa e monumental escadaria do salão principal.
Se tudo correr bem, a Blue Marble diz que irá programar mais mergulhos para o ano de 2019.
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APL amplia cobertura contra riscos da carga em trânsito

Como fornecedora de soluções de transporte único, a APL vem, agora, estender a Garantia de Carga aos carregadores que querem protecção contra riscos de perda ou danos à sua carga quando esta se encontra em trânsito. Associando-se a uma das maiores companhias de seguros marítimos do mundo, a APL oferece opções de garantia de cobertura que variam da "Total Cover", para protecção máxima, à "Main Cover", que cobre os eventos mais importantes, passando pela "Customized Cover", para soluções à medida.
Ao contrário de outros planos de cobertura que levam em conta o histórico de sinistros dos clientes, o que se pode traduzir em custos de seguro mais elevados, a APL Cargo Assurance oferece tarifas competitivas, garantidas em pareceria com uma companhia de seguros parceira. Em simultâneo, oferece um processo eficiente e simples para facilitar em caso de pedido de indemnização, com liquidação no prazo de 30 dias para reclamações directas.
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25 de março de 2017

A falência da Ezra cria efeito dominó

O pedido de protecção de credores que a Ezra Holdings entregou nos EUA a semana passada está a criar ondas de choque à distância. A empresa parceira de Singapura Loyz Energy emitiu uma nota a informando que ela e a Ezra compartilham um grande accionista comum (Lionel Lee) sob a forma de reciprocidade sucessiva. Através de um veículo de investimento, Lee controla 9,9% das acções da Loyz. Além disso, US $ 22,6 milhões dos empréstimos bancários da Loyz são garantidos por meio de uma garantia corporativa deste veículo de Lee.
Apesar disso, Loyz disse que tinha tomado medidas junto dos seus credores e salientou que não prevê qualquer dificuldade no cumprimento das suas obrigações de pagamento.
No comunicado, a Loyz enfatizou que não tem negócios ou negócios financeiros com a Ezra, apenas estando interessada em se precaver de propagação de contágio através da Bolsa de Singapura, até porque as duas empresas têm actividades distintas. A Loyz é uma empresa independente de exploração e produção de energia, a montante, enquanto a Ezra é um empreiteiro offshore.
Por outro lado, surge uma outra má notícia para Lee e para a Ezra: a autoridade de supervisão financeira da Noruega impôs uma multa à EMAS Offshore, uma comparticipada da Ezra, de perto de US$ 20.000. por não ter apresentado o relatório anual de 2016 dento do prazo.
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Lançado sistema inovador de protecção perimetral para navios

DFENCE é um novo e inovador sistema de protecção de perímetro de navio, projectado para impedir o acesso ilícito pelo bordo lateral dos navios, plataformas de petróleo e outras instalações marítimas.
Desenvolvido por especialistas reconhecidos internacionalmente em protecção marítima e pirataria, o sistema DFENCE (da Gray Page) combina de forma exclusiva propriedades anti escalada com outras características práticas de utilidade a bordo.
O sistema de protecção perimetral incorpora três módulos externos, cada um com um perfil diferente, o que o torna excepcionalmente difícil de escalar.
As superfícies irregulares das juntas, das pás e dos módulos de protecção da chapa foram especificamente projectadas para repelir, desviar e desestabilizar escadas, postes e outros equipamentos de escalada.
Para além da alta protecção a navios e plataformas, a instalação apresenta um efeito visual dissuasor, mostrando-se como um obstáculo fisicamente perturbador e impossível de ultrapassar.
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Hapag-Lloyd cautelosa sobre a recuperação do mercado

A Hapag-Lloyd apresentou o seu relatório anual de 2016 destacando ganhos substanciais pela aquisição da CSAV e do seu programa de corte de custos como a boa notícia do ano.
A empresa encerrou o exercício financeiro de 2016 com um lucro (EBITDA) de 607,4 milhões de euros (656,3 milhões de dólares), inferior aos 831,0 milhões de euros do ano anterior. O resultado líquido do Grupo apresentou uma perda de 93,1 milhões de euros (100,6 milhões de dólares), em comparação com o lucro do ano anterior de 113,9 milhões de euros.
“Tivemos um ambiente de mercado muito complicado nos primeiros seis meses de 2016, mas fomos capazes de melhorar a receita e os resultados, significativamente, no segundo semestre do ano. Apesar de termos tido um desempenho relativamente bom na indústria em 2016, o resultado final não é satisfatório”, disse Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd.
“Esperamos alguma melhoria no mercado em 2017, mas nosso sucesso dependerá, em grande parte, da nossa capacidade de conseguir taxas de frete mais sustentáveis. A longo prazo, a não existência de encomendas de novas construções e com índices de desmantelamento contínuo elevados, aponta-se para um melhor equilíbrio entre a oferta de capacidade e a procura.
 Em 2016, o volume de transporte da Hapag-Lloyd aumentou 2,7%, comparado com o ano anterior, para 7,6 milhões de TEUs. A taxa de frete média foi de US $ 1.036 / TEU, 15,4% menor do que no ano anterior (US $ 1.225 / TEU). A receita caiu de 8,842 mil milhões de euros no ano anterior para 7,734 mil milhões de euros em 2016, principalmente devido ao recuo significativo das taxas de frete.
Em 2016, a Hapag-Lloyd conseguiu reduzir as suas despesas de transporte em 12,3%. No entanto, esta redução não compensou totalmente a diminuição da taxa de frete média. As notáveis melhorias ​​na redução das despesas de transporte foram devidas ao menor preço médio do combustível em 2016, deUS $ 210 / ton (ano anterior: $ 312 / ton), bem como uma redução de 6,3% (comparado a 2015) no consumo de combustível, devido à utilização de navios maiores e mais energeticamente mais eficientes.
Apesar do aumento do volume de transporte, a Hapag-Lloyd reduziu em 8,3% (em comparação com 2015) os custos dos serviços comprados (por exemplo, custos de transporte de contentores (cliente/parque/porto), custos de fretamento e leasing e custos portuários, de canal e terminais). Isto deveu-se principalmente aos efeitos de sinergia obtidos através da fusão com a CSAV e ao programa de redução de custos OCTAVE, além das reduções de custos impulsionadas pelo mercado (por exemplo, combustível) que não serão necessariamente sustentáveis ​​para o ano 2017.
 Com base nas previsões para o crescimento do comércio global (o FMI prevê 3,8%) e capacidades globais de navios porta-contentores, a Hapag-Lloyd prevê um aumento moderado da taxa média de frete e do volume de transporte em 2017 (excluindo UASC).
Os preparativos para conclusão da fusão com a UASC estão em sua fase final. A partir de 2019, a fusão deverá resultar em sinergias anuais de US $ 435 milhões.
A Hapag-Lloyd espera um melhor EBITDA e EBIT nos próximos anos. “As principais áreas de enfoque para nós em 2017 serão o lançamento da nossa nova aliança a 1 de Abril e a rápida e perfeita integração da UASC na Hapag-Lloyd”, disse Habben Jansen.
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Os destroços do Sewol foram carregados com êxito em navio heavy-lift

Às primeiras horas da manhã de sábado, o Ministério de Assuntos Marítimos e Pescas da Coreia do Sul confirmou que as equipas de salvamento tinham carregado com sucesso os restos do ferry Sewol no convés do navio semi-submersível Dockwise White Marlin. A longa operação de salvamento está quase completa, restando transportá-lo para o porto de Mokpo para poder proceder à sua inspecção e peritagem.
O salvamento foi adiado porque uma rampa de popa estava dependurada, pelo lado de bombordo, o que não permitia o carregamento do naufrágio no convés do semi-submersível. Pela necessidade de terminar a operação antes do surgimento de esperadas correntes de maré perigosas no local, este fim de semana, os mergulhadores de salvamento optaram por cortar a rampa para que o trabalho poderia continuar.
Yoon Hak-bae, porta-voz do ministério, disse que o navio deve chegar a Mokpo até o dia 4 de abril – duas semanas antes do terceiro aniversário do naufrágio da embarcação. Uma vez que chegados os destroços, serão transferidos para uma doca seca com recurso a vários veículos transportadores modulares – veículos com rodas utilizados para operações de elevação e transporte de cargas pesadas.
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24 de março de 2017

Uma questão de confiança no mercado

Por um lado, o sector dos contentores – ou, pelo menos, alguns dos seus principais intervenientes – continuam a apelar a uma maior consolidação, por outro, os carregadores e as autoridades da concorrência vêm exigir investigações sobre o possível conluio de fixação de preços por parte das linhas.
A emissão, esta semana, de intimações a vários operadores de contentores, incluindo as Maersk, MSC, Hapag Lloyd, OOCL e Evergreen pelo Departamento de Justiça dos EUA para testemunhar em investigação anti truste não representa, na realidade, uma grande surpresa.
Historicamente, as companhias marítimas têm colaborado na fixação de preços e no controlo de custos, seja através de conferências ou mais recentemente de alianças. Nenhuma das duas soluções tem sido muito bem recebido pelos interesses da carga e, nos últimos tempos, as autoridades costumam decidir a favor dos carregadores em vez das linhas. Em Julho do ano passado, os reguladores da concorrência da UE aceitaram uma proposta da Maersk e de 13 concorrentes para alterarem as suas práticas de preços, a fim de evitar que fossem aplicadas sanções.
As linhas de transporte marítimo enfrentam custos aproximadamente semelhantes na operação de navios e nos portos, pelo que o facto de os fretes deverem apresentar níveis semelhantes, em todo o sector, não deveria ser surpresa. E, claro, terá de haver o elemento lucro, além da cobertura dos seus gastos mas, quando as linhas de navegação alegam “pobreza” devem estar cientes de que a sua contínua encomenda de novos navios, que adiciona capacidade, acaba por jogar a favor dos investigadores. Se os navios não são rentáveis, então por que encomendam mais? Esta será a questão (de milhões de dólares) a que vão ter de responder.
A consolidação pode cortar custos às linhas, mas ela é conseguida à custa da concorrência e, se a prática seguir o seu curso natural, o resultado será restarem apenas uma ou duas linhas em operação. Isso provavelmente não será aceitável para os reguladores da concorrência e poderia até mesmo resultar em a regulação mais rigorosa das linhas, ficando sujeitas ou, até mesmo, a serem obrigadas a restringir as suas operações, para permitir a entrada de concorrentes no mercado.
Ficamos à espera para ver como vai terminar a investigação dos EUA. No entanto, se as autoridades considerarem a actual situação como estando a ser estruturada a favor das companhias marítimas e agirem no sentido de acabar com as alianças (como já alguns acreditam que possa acontecer), então a recente série de anos fracos para os operadores vai, não só, continuar mas, até, piorar.
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Os estaleiros coreanos olham para o mercado de guindastes de contentores (STS)

A Autoridade Portuária de Busan está a considerar encomendar novas gruas de pórtico aos estaleiros sul-coreanos.
O porto está, actualmente, em processo de construção de sete cais para contentores em Busan Newport que projecta estarem prontos por 2021. Três outros cais estão a ser construídos por companhias privadas. O porto estima que a construção de 10 novas gruas para guarnecer as novas construções poderiam custar cerca de US $ 900 milhões.
Os estaleiros sul-coreanos perderam o interesse no mercado de guindastes há uma década, perante a concorrência chinesa, francamente mais barata. No entanto, o diferencial de preços esvaneceu-se em mais de 30%, rondando os 5% actualmente, pelo que alguns estaleiros já manifestaram interesse no mercado, tendo por base as encomendas esperadas por parte do porto de Busan e o envelhecimento da infra-estrutura noutros portos locais.

A Autoridade Portuária de Busan pretende atingir os 20 milhões de TEUs em 2017. O volume de carga de contentores no Porto de Busan subiu 2,7 %, sobre os 19,46 milhões de TEUs no ano passado. O porto diz que continuará a envidar todos os esforços para reforçar as actividades de marketing por parte das alianças, aumentando o volume de cargas e de novos serviços, promovendo incentivos de eficiência e procurando atrair contentores de países com potencial de crescimento, incluindo o Sueste Asiático (Vietname), a América do Sul e o Médio Oriente.
Como se sabe, os construtores sul-coreanos estão sob forte pressão financeira desde a crise económica global de 2008, que fez com que novas encomendas e à concorrência mais dura dos rivais chineses. No entanto, os construtores sul-coreanos ganharam mais de metade das novas encomendas colocadas em todo o mundo em Janeiro, relegando a China para o segundo lugar.

Novo resgate de 2.600 milhões de US$ para a DSME

Os bancos estatais sul-coreanos estão a preparar um novo plano de resgate de US $ 2,6 mil milhões para ajudar a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co Ltd, que tem vindo a acumular enormes perdas de projectos offshore e corre o risco de ficar em liquidez e de não saldar dívidas a curto prazo.
A Daewoo, a Hyundai Heavy Industries e a Samsung Heavy Industries são os principais construtores da Coreia do Sul – uma força económica massiva e uma fonte de orgulho nacional. No entanto, caíram no vermelho em 2015, no meio de uma desaceleração das trocas comerciais de matérias-primas e dos volumes comerciais transaccionados, levando a cortes de custos e vendas de activos.
Dos três, a situação da Daewoo é a mais difícil. A DSME encontra-se a sair de um escândalo de sonegação de prejuízos nos relatórios contabilísticos – que já levou à prisão dos principais corpos gerentes – passou por uma queda brutal de encomendas em 2016 e enfrenta, agora, atrasos adicionais no pagamento de uma sonda ordenada pela Sonangol EP, de Angola, o que veio reduzir a liquidez da Daewoo a níveis críticos.
O banco central da Coreia do Sul já disse que o plano de resgate era “inevitável” ao considerar as consequências económicas de deixar a empresa fechar.

Em caso de falência, cerca de 50.000 pessoas perderiam os seus empregos, o mesmo sucedendo a cerca de 1.300 de subcontratados por empreiteiros. Além disso, os bancos credores da Daewoo seriam responsáveis ​​por garantias de reembolso em massa de taxas de construção pré-pagas e teriam de reservar provisões de empréstimos não produtivos de até 10,9 mil milhões de US$. A economia sul-coreana poderia sofrer um abalo de 35.000 milhões de US$ se a Daewoo entrar em falência este ano, acrescentaram especialistas.

Seoul multou auditora da DSME por "fechar os olhos" às fraudes contabilísticas

O regulador financeiro da Coreia do Sul suspendeu a empresa de contabilidade Deloitte Anjin por 12 meses como punição por “permitir e sistematicamente fechar os olhos” para a gigantesca fraude contabilística de milhares de milhões de dólares na gigante construtora naval Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME).
A Deloitte Anjin também terá de pagar US $ 1,64 milhão por falsificar um documento relacionado com as acções. Acessoriamente, foi também proibida de realizar auditorias financeiras à DSME durante os próximos cinco anos.

A autoridade em Seoul foi forçada a intervir mais uma vez na DSME, esta semana, com novo pacote de resgate para cobrir as dificuldades de tesouraria da construtora naval, atingida fortemente pela queda significativa de novas encomendas, bem como pelo efeito do enorme buraco criado pela fraude contabilística que provocou a prisão de um número significativo de ex-gestores seniores do estaleiro (ver nesta página: “Novo resgate de 2.600 milhões de US$ para a DSME”).

Piratas filipinos levam dois tripulantes de navio RoRo

A organização terrorista filipina Abu Sayyaf está, de novo, ligada a dois ataques no sul do país. Pensa-se que os separatistas muçulmanos estarão por detrás de um ataque a um navio ro-ro e a um rebocador na quinta-feira, ao largo da ilha de Basilan. Dois tripulantes do navio rebocado foram sequestrados. O rebocador rebocava o ro-ro de Cebu para a cidade General Santos quando o ataque ocorreu.
Entretanto, dois marinheiros malaios mantidos em cativeiro durante oito meses pelos militantes muçulmanos foram resgatados na quinta-feira no sul das Filipinas. Tayudin Anjut, de 45 anos, e Abdurahim Bin Sumas, de 62 anos, estavam entre os cinco tripulantes de rebocadores malaios sequestrados em Julho no estado de Sabah, na Malásia, perto do sul das Filipinas.
Pelo menos 28 reféns, muitos deles marítimos estrangeiros, permanecem nas mãos de diferentes facções do grupo de Abu Sayyaf.
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Colômbia apreende drogas escondidas a bordo de porta-contentores alemão

Cerca de 453 quilos de drogas foram encontrados a bordo de um porta-contentores no Porto de Santa Marta, na Colômbia, informou a Procuradoria-Geral do país em comunicado.
O cloridrato de cocaína, estimado em cerca de 27 milhões de dólares, foi descoberto em 18 pacotes escondidos a bordo do Hammonia Emden e destinados à Europa.
O porta-contentores de 2006 pertence à companhia marítima alemã Hammonia Reederei.
Segundo a Procuradoria-Geral da Colômbia, a cocaína pode pertencer ao clã de Gulfo, um grupo paramilitar do narcotráfico.
A operação foi conduzida pela Marinha Nacional da Colômbia e pela polícia anti-narcóticos do país.
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23 de março de 2017

(vídeo) Destroço do naufrágio do Sewol suspenso à superfície

Na quarta-feira, as equipas da Shanghai Salvage suspenderam, com sucesso, o ferry submerso à superfície. A recuperação do naufrágio foi sendo sucessivamente adiada nos últimos nove meses devido a problemas técnicos e condições meteorológicas desfavoráveis, mas a etapa mais difícil deste longo esforço de salvamento está, agora, concluída.
O arranjo de içamento foi altamente complexo. Duas barcaças de elevação foram colocadas e equipadas de forma a poderem puxar 66 cabos de elevação, cada um ligado a um ponto específico do casco do caso do Sewol. Agora que o naufrágio está à superfície, será transferido para um navio semi-submersível e levado para o porto de Mokpo. As autoridades pensam encontrar no navio os restos mortais de nove pessoas ainda desaparecidas, sendo que, posteriormente, o casco poderá ser removido para a costa e preparado para a sua utilização como memorial permanente.
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O casco do DL Marigold's está a ser limpo em mar aberto

O graneleiro DL Marigold que tinha sido expulso das águas da Nova Zelândia e daa Fiji no início deste mês por ter sido declarado como uma ameaça de espécies invasoras está, agora, a ser limpo por uma equipa de mergulhadores da Nova Zelândia, em águas internacionais ao largo das Fiji.
“Os locais offshore não são os ideais”, segundo afirmou o Dr. Rob Hilliard, consultor de bioincrustação e director da Intermarine Consulting. “Presumivelmente, foi considerada a melhor opção para este caso pelos operadores da DL Marigold, devido às suas restrições de carga e à distância para portos alternativos onde a sua incrustação representasse uma ameaça de biossegurança mais baixa e aceitável”.
“A limpeza de casco em alto mar para fins de biossegurança é caro e propenso a atrasos”, disse Hilliard. A mobilização de pessoal especializado e o progresso das operações podem ser atrasados por uma série de questões de logística, segurança e eficiência, que incluem:
·         Assegurar uma plataforma de mergulho apta para fins especiais e operações por controlo remoto em águas profundas;
·         Disponibilidade temporal para preparar e carregar os injectores de limpeza e tratamento, incluindo peças de reposição suficientes para trabalhos remotos;
·         O combustível adicional dependente das condições de tempo para alcançar e permanecer no local;
·         Gestão de operações ao lado de um navio não-fundeado (incluindo navios DP, até porque os hélices representam riscos inaceitáveis ​​para os mergulhadores e as suas ligações)
·         Alteração das condições meteorológicas, entanto um abrigo efectivo, com  ventos alterando a todo o momento, ondulação e correntes a interagirem continuamente com o comportamento da deriva do navio (wind vaning, roll, yaw)
As autoridades da Nova Zelândia ordenaram que o DL Marigold, registado no Panamá, zarpasse depois que seus mergulhadores descobriram uma densa mancha de carcas e vermes tubulares no casco do navio.
Foi a primeira vez que um navio internacional foi condenado a deixar um porto da Nova Zelândia por causa de bioincrustação. A partir de maio do ano que vem, novas regras exigirão que todos os navios que cheguem à Nova Zelândia tenham um casco limpo. Durante o período intercalar, o Ministério da Nação para Indústrias Primárias pode tomar medidas em casos de grave bioincrustação.
Enquanto isso, a Nova Zelândia lançou um panfleto explicativo para agentes e operadores de navios, delineando a sua política provisória antes que os novos regulamentos entrem em vigor. O panfleto está disponível no artigo original.
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GNR resgata 22 migrantes na Grécia

Militares da Unidade de Controlo Costeiro (UCC), que se encontram destacados na missão da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (FRONTEX) na ilha de Samos - Grécia, resgataram ontem, dia 20 de Março, 22 migrantes, dos quais seis crianças, cinco mulheres e onze homens, dois de nacionalidade afegã e os restantes de nacionalidade síria, no mar Egeu.
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A empresa de salvamento Ardent reflutua o navio de carga sueco

As equipas de salvamento da Ardent endireitaram e reflutuaram o graneleiro auto-estivador Sternö, que se afundou parcialmente na entrada superior das eclusas de Lilla Edet no rio Gota, Suécia, a 23 de Fevereiro.
O navio acabou por ficar encalhado na estrutura do molhe com um adorno por bombordo de 54 graus. O navio estava carregado com 1.400 toneladas de grão. As equipas da Ardent foram mobilizadas no final de Fevereiro, e concluíram a operação de salvamento, tendo entregado o navio em 22 de Março.
“Houve enormes contrariedades contra as quais tivemos de lutar. O clima gelado e o tráfego n um canal muito activo foram condicionantes importantes“, disse Johan Foks, comandante chefe da Ardent Salvage. “Nós mobilizamos embarcações e equipamentos de salvamento, estabelecemos três postes de amarração do lado oposto do rio para separar o navio do molhe”.
“Com esta operação, conseguimos corrigir o adorno em 11 graus e aliviamos carga para a operação de reflutuação”, disse Rob Rutten, arquitecto naval da Ardent. “Uma vez iniciado o bombeamento da água para fora da sala de máquinas, o navio voltou a flutuar e foi estabilizado com um adorno de 4 graus. Manobramos o navio através das eclusas e amarrámo-lo ao cais para a descarga da carga remanescente a bordo. O navio ficou com um adorno de 2 graus após a conclusão dos trabalhos”.
A 22 de Março, os rebocadores Svitzer Bob e Svitzer Bonden rebocaram o navio de Lila Edet para Gothenberg, na Suécia.
Noutra operação distinta, a 9 de Março, outra equipa Ardent pôs a reflutuar o navio de carga Skagern num local a apenas quatro milhas náuticas a montante do Sternö.
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22 de março de 2017

O P&I TT Club combate perigos evitáveis da carga

O TT Club, um fornecedor de serviços de seguros e serviços de gestão de riscos, está a promover uma campanha de conformidade recente, destacando os perigos da não adopção do Código CTU.
Peregrine Storrs-Fox, Diretor de Gestão de Risco do TT Club, falou sobre as sérias consequências resultantes de material mal embalado, carregado de forma desordenada e mal manipulada, seja ela de natureza regulamentada como perigosa ou absolutamente normal.
Estas situações dão origem a acidentes que incluem, entre outros, reboques rodoviários virados, descarrilamentos de comboios, falhas de guindaste, incêndios nos navios e, até, colapsos no empilhamento de contentores.
Storrs-Fox disse: “Fazemos enormes esforços em parceria com muitos outros para resolver, em parte, essas questões, no que veio a resultar, no ano passado, numa emenda à convenção de segurança marítima SOLAS e que obriga à pesagem de cada contentor carregado.
“Apesar de existirem 166 nações signatárias desta convenção, as evidências até agora demonstram que, até agora, esta exigência legal teve pouco impacto no problema da declaração errónea do peso bruto dos contentores cheios.
O Código CTU é uma publicação conjunta da Organização Marítima Internacional (OMI), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão das Nações Unidas para a Europa (UNECE) e fornece um código de prática global, embora não obrigatório, para o manuseio e embalagem dos contentores marítimos (e outras unidades de transporte de carga) transportados por mar e terra.
No entanto, a Comissão Europeia não dispõe de legislação que cubra o que é, predominantemente, uma questão multimodal internacional.
Houve, também, falta de envolvimento dos governos nacionais com o padrão de inspecção de contentores recomendado pela OMI.
Embora o foco dessas inspecções seja, principalmente, sobre os movimentos declarados de mercadorias perigosas, um número muito limitado de agências governamentais fornecem relatórios sobre o que descobrem.
O TT Club considerou os relatórios “perturbadores”, uma vez que, na última década, quase um terço das unidades são, sistematicamente, mal embaladas.
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A bandeira das Ilhas Marshall supera a da Libéria

No início deste século Bill Gallagher e Clay Maitland, através da sua empresa Registos Internacionais, Inc (IRI), desbravaram caminho a partir do registo da Libéria, procurando por um outro território não hostil aos EUA, a partir do qual pudessem basear uma nova bandeira marítima. Escolheram as Ilhas Marshall, um país do Pacífico Central com apenas 54.000 cidadãos espalhados por 29 atóis de corais. A bandeira, o registo de RMI, foi crescendo, então, a partir da construção de uma rede global de escritórios, por todo o mundo, onde os proprietários eram seduzidos.
Em Março deste ano, o IRI pode-se gabar de ter um registo de bandeira maior que o da Libéria, colocando-a em segundo lugar do ranking mundial, imediatamente atrás do Panamá.
A bandeira regista, actualmente, 223,26 milhões de tpl (tdw), pouco mais de 2 milões à frente da rival Libéria. O Panamá segue na frente com 340,14 milhões de tpl.
“Desde os armadores tradicionais de longa data (particularmente, a nossa posição como a bandeira número um para os proprietários gregos), a uma nova vagaa de empresas de leasing chinês, o RMI Registry é o registro de escolha para os proprietários à procura de um parceiro inovador e de qualidade”, acrescentou Gallagher.
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FBI "ataca" reunião do Box Club

Os investigadores da autoridade da concorrência dos EUA “visitaram”, na semana passada a reunião bianual do Box Club em San Francisco, entregando intimações aos CEOs das principais linhas de contentores e aproveitaram uma rara janela para exercer seu poder sobre companhias não-baseadas nos EUA.
A Maersk Line confirmou, na segunda-feira, que recebeu uma intimação do Departamento de Justiça (DOJ) na quarta-feira “no decurso de uma investigação sobre a indústria global de transporte marítimo de contentores”. A empresa global disse, ainda, que a intimação não contém alegações contra a empresa.
"Uma intimação não significa que uma empresa se envolveu em comportamento ilegal nem prejulga o resultado da própria investigação", disse Maersk. "Como sempre, Maersk vai cooperar plenamente com as autoridades em suas investigações, e irá responder como apropriado para a intimação."
As fontes confirmam que foram vários os CEOs de outras linhas de contentores também citados. Não está claro se a investigação do DOJ se centrou em torno da reunião bianual do International Council of Containership Operators, vulgarmente conhecido como "Box Club", ou sobre qualquer outra coisa. O DOJ recusou comentar.
A Mediterranean Shipping Co. também confirmou: “Confirmamos que várias companhias de transporte de contentores, incluindo a MSC Mediterranean Shipping Company, receberam, na semana passada, intimações do Departamento de Justiça dos EUA. “Devido à natureza contínua da investigação, não podemos fazer mais comentários nesta fase”, acrescentaram.
O Box Club inclui os CEOs de todas as principais linhas de contentores e permite que apenas os líderes de cada empresa participem nas suas reuniões, duas vezes por ano. Não é feito qualquer anúncio das suas ordens de trabalho, do local da reunião ou do que foi discutido.
Os advogados antitruste dos Estados Unidos participam das reuniões, mesmo quando realizadas fora dos Estados Unidos, para garantirem que as discussões não se transformem em situações legalmente precárias como, por exemplo, os preços. Normalmente, o grupo convida economistas ou analistas da indústria para abordar temas da actualidade com interesse.
O exemplo mais recente de uma grande acusação anti concorrencial, por parte do Departamento de Justiça sobre as transportadoras, sobreveio num caso baseado em Baltimore, no qual as transportadoras Ro-Ro Wallenius Wilhelmsen Logistics, K Line, NYK Line Japan e CSAV se declararam culpadas por conluio de preços e foram multadas. Foi pago um total de mais de US $ 230 milhões, e foram vários os ex-executivos dos transportadores que se declararam culpados e receberam penas de prisão. Algumas dessas transportadoras também foram penalizadas pelos reguladores da União Europeia, Japão, Austrália e África do Sul.
A réplica dos transportadores é de que as taxas flutuam desordenadamente e que a oferta e a procura determinam os níveis das taxas. O excesso de capacidade nos últimos anos levou as taxas até baixos históricos, provocando biliões de dólares de perdas em 2016 e à significativa consolidação da indústria a que se assistiu desde 2016 até agora.
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Dois desaparecidos depois de petroleiro abalroar navio de pesca ao largo de Barcelona

Uma grande operação de busca e salvamento está em curso no Mediterrâneo Espanhol por dois tripulantes desaparecidas depois que um petroleiro russo colidiu com um navio de pesca na costa de Barcelona, esta segunda-feira.
As autoridades espanholas informaram que o tanque russo MID Volga 2 tinha acabado de sair do porto de Barcelona quando colidiu com o barco de pesca El Fairell, a cerca de 3 milhas náuticas do porto, na tarde de segunda-feira, fazendo com que o barco de pesca se afundasse.
Outros dois tripulantes do El Fairell foram resgatados e levados para um hospital em terra.
Na terça-feira, as equipas de busca e salvamento trouxeram um ROV para pesquisarem o destroço do El Fairell, que está localizado a uma profundidade de cerca de 170 metros.
Até agora, a busca envolveu várias unidades SAR, tanto aéreas como marítimas, incluindo o navio de resgate de emergência Clara Campoamor, do qual o ROV será lançado.
O El Fairell media 25 metros de comprimento era de cerca de 35 toneladas brutas. O navio voltou a atracar em Barcelona.
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Nauticampo e Lisboa MotoShow esperam recorde de visitas

Os salões Lisboa MotoShow e a Nauticampo - organizados em conjunto pela ACAP e a Fundação AIP - esperam receber mais de 60.000 visitantes, de 5 a 9 de Abril.
Esta será a 48ª edição da Nauticampo - considerado o maior evento de Actividades Náuticas, Lazer ao Ar Livre, Desporto e Aventura em Portugal e um dos mais antigos da Europa.
O número de empresas expositoras e de visitantes tem crescido nas últimas edições, o que fez com que, este ano, os salões se tenham expandido para três pavilhões da FIL, ocupando uma área de mais de 35.000 metros quadrados.
Além da mostra de produtos, a Nauticampo, é também um espaço de interactividade, experimentação e debate de ideias das várias actividades e modalidades presentes. A Nauticampo, um dos mais antigos e prestigiados certames da FIL, aparece renovada, com um significativo crescimento no segmento dos barcos à vela. A consolidação de outros sectores como o caravanismo, são sinónimo do entusiasmo que de novo reina em torno deste certame.
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Homenagem ao Comandante Marques da Silva

Decorreu hoje no Auditório da DGRM, no campus da ENIDH, o Seminário “Nos mares da memória – estórias de uma faina maior” apresentado pela Fundação Gil Eannes e pela Escola Náutica Infante D. Henrique. Decorreu, ainda, uma singela e mais do que merecida homenagem ao Homem do Mar e Professor, o Comandante Marques da Silva. Foi projectado em forma de vídeo o trabalho de Rui Bela sobre a Frota Branca e a Pesca do Bacalhau nos Bancos da Terra Nova.

21 de março de 2017

O Shipowners P&I Club chama a atenção para a prevenção da malária pelos marítimos

No âmbito do seu "Programa de Informação sobre a Saúde dos Marítimos", a Rede Internacional de Assistência e Assistência aos Marítimos publicou um relatório sobre a prevenção da malária, uma vez que a doença causa pelo menos 1 milhão de mortes por ano, a maioria dos quais em países pobres.
O Shipowners P & I Club afirmou que a malária constitui também um problema do transporte marítimo pelas seguintes razões:
  •       Desconhecimento do facto de ser doença grave e potencialmente fatal;
  •           Informação insuficiente sobre o quadro clínico da malária;
  •           Não existência ou uso insuficiente de medidas anti mosquito e da medicação clássica de prevenção;
  •           Aumento da resistência de novas estirpes de malária à medicação; e
  •           A inconstância da frequência de ocorrerem surtos da malária nas áreas mais perigosas, o que leva a um erro de cálculo do risco real.

Fonte: http://www.safety4sea.com/shipowners-club-malaria-prevention-for-seafarers/
Para mais informações, consultar o relatório oficial

O que te fez sorrir no Dia Internacional da Felicidade 2017?

O Dia Internacional da Felicidade foi comemorado ontem, dia 20 de Março. Este dia visa promover a felicidade das pessoas e mostrar como esse sentimento é fundamental para o bem-estar das nações. Foi em 2013 que se comemorou pela primeira vez.
Os psicólogos salientam a importância da felicidade na vida das pessoas e a necessidade destas se conhecerem a si mesmas e às outras para conseguirem alcançar o bem-estar desejado.
A “Sail On Board International” decidiu comemorar o dia sugerindo o embarque na Tall Ships Race. De que estás à espera para ser feliz?
Sail On Board International

Fiscalização mais apertada nos mares dos Açores

Fiscalização nos mares dos Açores está mais apertada. A presença de um navio de patrulha oceânica tem permitido chegar mais longe a vistoria às embarcações. (Reportagem TVI)
Ver reportagem TVI