28 de julho de 2023

Antigo navio romano de 2.000 anos encontrado na costa de Itália

O antigo navio foi encontrado perto do porto de Civitavecchia, cerca de 80 quilómetros a noroeste de Roma. O naufrágio data do século I ou II aC e foi encontrado carregado com centenas de ânforas – um tipo de jarro romano de terracota.

A cerâmica foi encontrada praticamente intacta, disse o Departamento de Proteção Cultural dos Carabinieri (polícia italiana) em comunicado.

O navio, que se julga ter mais de 20 metros de comprimento, foi descoberto num leito arenoso a 160 metros (525 pés) abaixo do nível do mar.

"A descoberta excepcional é um exemplo importante do naufrágio de um navio romano que enfrentou os perigos do mar na tentativa de chegar à costa e testemunha antigas rotas comerciais marítimas", disseram os Carabinieri.

O Departamento de Proteção Cultural da polícia – encarregado de proteger o património cultural inestimável de Itália – disse que a relíquia foi encontrada e filmada a partir de um robô operado remotamente, embora não tivessem indicado se os especialistas tentarão, agora, recuperá-lo, ou à sua preciosa carga, do fundo do mar.

Não se sabe para que teriam servido as jarras romanas a bordo, embora, normalmente, as ânforas servissem para o transporte de mercadorias, como azeite, vinho ou molho de peixe. Esses artefatos são amplamente encontrados em todo o antigo mundo mediterrâneo oriental.

A descoberta de navios naufragados não é incomum – julga-se que existam milhares espalhados pelo Mediterrâneo. Em 2018, um navio mercante grego, que data de mais de 2.400 anos, foi encontrado deitado de lado na costa búlgara – tendo sido considerado oficialmente como o naufrágio intacto mais antigo do mundo.

Também em 2018, dezenas de outros naufrágios foram encontrados no mar Egeu, datando das eras grega, romana e bizantina.

26 de julho de 2023

Um morto em grande incêndio em porta-automóveis no Mar do Norte

Pelo menos um membro da tripulação morreu e vários outros ficaram feridos durante a noite depois que um incêndio atingiu um navio cargueiro na costa holandesa, acreditando-se ser um carro elétrico a causa direta do acidente.

O primeiro alerta sucedeu por volta da meia-noite no Fremantle Highway, com bandeira do Panamá, que navegava de Bremerhaven, na Alemanha, para Port Said, no Egito, com 23 tripulantes a bordo.

O navio está supostamente carregado com 2.857 veículos, incluindo 25 veículos elétricos.

O navio em chamas está localizado a cerca de 17 milhas da costa de Ameland, na Holanda.

Todos os 23 tripulantes foram evacuados por helicóptero e bote salva-vidas e levados para terra. Infelizmente, um morreu e vários estão feridos.

A guarda costeira holandesa está a liderar a resposta e tem o seu navio de salvamento Guardian no local, juntamente com vários outros recursos marítimos e aéreos. O Guardian e um segundo rebocador, o Nordic, têm lançado água para arrefecer o casco do navio e dominar o fogo. Esperava-se que o Nordic seja substituído por outro rebocador, o Fairplay 30.

Até esta tarde (de quarta-feira, horário local) o fogo continuava a lavrar e havia se espalhado por todo o navio. As chamas podiam ser vistas sobre o convés superior.

Um rebocador pertencente a Rederij Noordgat estabeleceu uma conexão para segurar o navio em chamas, mas é incapaz de rebocá-lo. A Guarda Costeira relata que uma equipa de salvamento chegou a bordo do Guardian e está a trabalhar para estabelecer uma conexão de reboque.

O incêndio é o mais recente envolvendo transportadores de veículos roll-on/roll-off e é um sucedâneo do incêndio do Felicity Ace em 2022, que resultou no naufrágio da embarcação no Atlântico Norte quase duas semanas após o início do incêndio. Esse navio também transportava veículos elétricos, complicando os esforços de combate a incêndio e dando ênfase aos perigos do transporte de EVs e baterias de íon-lítio por navio.

O Fremantle Highway tem quase 200 metros de comprimento e entrou em serviço em 2013. Dados da Equassis mostram que ele pertence a entidades japonesas relacionadas à Shoei Kisen Kaisha (Luster Maritime/Higaki Sangyo). O navio é administrado pela Wallem Shipmanagement.

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25 de julho de 2023

Contentores perdidos no mar em 2022

O World Shipping Council (WSC) publicou o seu relatório anual sobre contentores perdidos no mar, que mostra, de forma clara, desenvolvimentos positivos de segurança na indústria de transporte marítimo de contentores.

Perdas de contentores:

Em 2022, 661 contentores foram perdidos no mar. Isso representa menos de um milésimo de 1% (0,00026%) dos 250 milhões de contentores, carregados e vazios, embarcados anualmente, com cargas transportadas avaliadas em mais 7 triliões de US$.

Durante 2022, a maioria das transportadoras membros da WSC não registou perdas de contentores ou superiores a 9, com apenas duas transportadoras a relatarem perdas acima de 100 unidades durante o ano. Revendo os resultados do período total de quinze anos (2008-2022) pesquisados, a WSC estima que houve, em média, um total de 1.566 contentores perdidos no mar a cada ano. A média de perdas nos últimos três anos foi de 2.301 contentores por ano (2020-2022).

Comparando resultados

Também pode ser útil comparar os resultados atuais com a tendência das médias de três anos relatadas em cada uma das atualizações anteriores. No primeiro período (2008-2010), as perdas totais foram em média 675 por ano e depois quadruplicaram para uma média de 2.683 por ano no período seguinte (2011-2013). Isso ficou a dever-se, em grande parte, ao naufrágio do MOL Comfort (2013) que resultou na perda de 4.293 contentores e ainda impactado pelo encalhe e perda do M/V Rena (2011), resultando em aproximadamente 900 contentores perdidos.

O período seguinte (2014-2016) viu um navio afundar, o SS El Faro (2015). Mesmo assim, a perda anual média de três anos no período foi de 1.390, cerca de metade do período anterior. A tendência de queda continuou em 2017-2019, quando a perda anual média de 3 anos caiu quase pela metade novamente para 779. Também não houve perdas individuais tão significativas quanto as observadas nos períodos anteriores.

A perda média anual para o período de dois anos 2020-2021 aumentou para 3.113 em relação aos 779 do período anterior, impulsionada por grandes incidentes. Em 2020, o ONE Opus perdeu mais de 1.800 contentores devido ao mau tempo. O Maersk Essen também passou por um temporal severo em 2021, que resultou na perda de cerca de 750 contentores.

Em números:

·       No ano de 2022 houve um total de 661 contentores perdidos no mar em, de 250 milhões transportados.

·       Esse valor representa as menores perdas em % desde o início da pesquisa em 2008.

·       A melhoria dos números é uma notícia positiva, embora se não deva embandeirar em arco, mas continuar os esforços tendentes a reduzir o número de contentores perdidos no mar.

·       A segurança é um trabalho que nunca pára, e cada contentor perdido no mar será sempre demais.

O Projeto Marin TopTier Joint Industry já apresentou resultados concretos sobre as causas de perdas de contentores ao mar, juntamente com recomendações e material de treino sobre como evitar e gerir diferentes tipos de rolagem paramétrica perigosa, e sobre as melhores práticas da indústria, padrões de segurança atualizados, orientações e recomendações à medida que o projeto entra no seu terceiro e último ano de duração.

Desde 2011, o World Shipping Council (WSC) realiza uma pesquisa entre os seus membros para estimar com precisão o número de contentores perdidos no mar a cada ano. As empresas membros da WSC operam mais de 90% da capacidade global de contentores; assim, um levantamento de suas perdas fornece uma base válida para uma estimativa significativa do número total de unidades perdidas no mar. Esta atualização de 2023 adiciona informações do ano de 2022.

Para mais informações, pode descarregar e ler o relatório completo AQUI