31 de janeiro de 2022

Plásticos libertam mais toxinas na água do que se pensava

O plástico contém milhares de produtos químicos. Até agora, não sabíamos se eles se infiltravam, em grande quantidade, no meio ambiente.

Centenas, talvez milhares, de produtos químicos de plásticos podem ser lixiviados na água em condições naturais. Essa água pode conter substâncias que sabemos serem tóxicas em condições de laboratório, diz Martin Wagner, professor associado do Departamento de Biologia da NTNU.

Wagner faz parte de um grupo de pesquisa que investigou como produtos plásticos comuns libertam produtos químicos na água em condições naturais.

O plástico com o qual nos cercamos contém até 20.000 compostos químicos diferentes. Muitos desses produtos químicos são tóxicos em condições de laboratório, mas até agora sabíamos muito pouco sobre o quão prejudicial esse plástico é para nós.

Esses produtos químicos não representariam um perigo para nós se permanecessem presos ao plástico e não fossem libertados no meio ambiente. Mas podemos não ser tão afortunados.

“Examinamos 24 produtos plásticos comuns ao longo de dez dias para ver se eles lixiviavam substâncias químicas na água em condições naturais. Em seguida, examinamos a água quanto a produtos químicos e toxicidade”, diz Wagner.

Todos os produtos lixiviaram produtos químicos na água. Várias das substâncias têm efeitos, potencialmente, tóxicos.

O estresse oxidativo foi associado a 22 dos 24 produtos plásticos que lixiviaram substâncias na água. Isso pode danificar as células e causar inflamação e doenças crónicas.

Treze dos produtos lixiviaram antiandrógenos, que podem afetar a fertilidade dos homens. Um dos produtos de plástico libertou estrogénios que podem afetar a fertilidade em mulheres e homens.

Um único produto plástico pode lixiviar até 8.700 substâncias diferentes na água. No entanto, a quantidade de produtos químicos lixiviados na água variou muito para diferentes tipos de plásticos. Um produto pode libertar de 1 a 88 por cento dos diversos produtos químicos que contém.

O grupo de pesquisa conseguiu identificar com certeza apenas uma pequena proporção – cerca de oito por cento – das substâncias que lixiviaram nas várias amostras de água. Isso significa que ainda sabemos muito pouco sobre os efeitos do restante dos produtos químicos.

“A nossa pesquisa mostra que os produtos de plástico libertam muito mais produtos químicos do que, anteriormente, tínhamos conhecimento”, diz Wagner. “Este estudo mostra-nos que tanto os humanos, como outros animais, estão muito mais expostos a várias substâncias do plástico do que sabíamos anteriormente”.

O artigo original pode ser encontrado aqui.


Graneleiro abandonado, com água aberta na costa holandesa

O Julietta D está agora à deriva, desgovernado, por entre as turbinas do parque eólico Hollandse Kust Zuid, atualmente em construção. De acordo com um relatório, pode ter atingido as fundações de uma plataforma onde a eletricidade gerada pelas turbinas eólicas será concentrada para ser enviada para o continente.

Está em andamento uma grande operação de resgate para evitar que o graneleiro abandonado chegue à costa holandesa. O navio, de bandeira maltesa, havia colidido antes com o navio petroleiro/químico Pechora Star no ancoradouro de IJmuiden, na Holanda. Todos os 18 membros da tripulação foram evacuados. O Perchora Star está estável e não perdeu qualquer carga, disse a guarda costeira.

O incidente ocorreu no seguimento da “Storm Corrie”, que produziu ventos de até 75 m.p.h. no Mar do Norte.

Várias embarcações salva-vidas e helicópteros da guarda costeira participaram na resposta ao incidente. A Guarda Costeira belga também prestou assistência.

Uma atualização da guarda costeira holandesa disse que o Julietta D atingiu a base de uma das plataformas, resultando em danos desconhecidos.

Uma atualização da guarda costeira disse que o armador havia providenciado um reboque para o Julietta D. Um helicóptero SAR deve deixar uma tripulação a bordo para ajudar na conexão de reboque.

Vídeo divulgado pela guarda costeira mostra o graneleiro sob forte balanço durante o resgate da tripulação:

 

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29 de janeiro de 2022

Maior navio de cruzeiro do mundo conclui entrega e inicia viagem

A Royal Caribbean International recebeu o seu quinto navio de cruzeiro da Classe Oasis, Wonder of the Seas, do estaleiro francês Chantiers de l'Atlantique, em Saint-Nazaire, França.

Com 236.857 GT, o novo navio de cruzeiro tirou o título de maior do mundo ao seu irmão Symphony of the Seas, de 228.081 GT, em serviço desde 2018.

O Wonder of the Seas de 362.1 metros de comprimento e 64 metros de boca, tem 18 decks, dos quais 16 para convidados, com acomodações para até 6.988 passageiros em 2.867 cabines, além de 2.300 tripulantes. O seu calado é de 30 pés.

O Wonder of the Seas é alimentado por seis conjuntos marítimo-diesel, cada um composto por três motores common rail Wärtsilä 16V46D de 16 cilindros e três motores Wärtsilä 12V46D de 12 cilindros. Para a propulsão, a embarcação usa três propulsores diesel-elétricos azipod ABB de 20.000 quilowatts montados sob a popa. O navio também está equipado com quatro propulsores de proa, cada um deles com 5.500 quilowatts de potência.

O primeiro aço foi cortado para o Wonder of the Seas em abril de 2019, estando o navio, originalmente, programado para ser entregue em 2021 antes que a pandemia de coronavírus criasse atrasos no cronograma de construção.

O navio irá fazer a sua estreia oficial em Fort Lauderdale, Flórida, em 4 de março, para começar a navegar em cruzeiros de sete noites para o Caribe antes de seguir para Barcelona, ​​Espanha e Roma para oferecer aventuras de verão no Mediterrâneo.

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