Uma federação coreana de sindicatos de marítimos (FKSU) questionou se a frota da
Polaris Shipping está apta para o tráfego e sugeriu que os petroleiros convertidos
em mineraleiros são perigosos.
Na sequência do desaparecimento da semana passada – e presumindo-se
o afundamento do VLOC Stellar Daisy – a Federação dos Sindicatos Coreanos de
Marítimos (FKSU) emitiu uma declaração zurzindo o proprietário, Polaris, bem
como instando o governo coreano a tomar medidas para garantir que o desastre
não volta a acontecer.
As equipes de busca e resgate continuam a procurar no
Atlântico Sul, ao largo do Uruguai, numa tentativa vã de encontrar o
desaparecido bulker convertido e os
seus 22 tripulantes desaparecidos. Apenas dois filipinos tripulantes foram encontrados
até à data.
Eles relataram que o navio, detido na China em Fevereiro por
deficiências de estanquidade, sofreu entrada de água e rapidamente adornou, obrigando
a uma rápida evacuação.
A indústria de transporte marítimo da Coreia do Sul ainda
está a resolver o naufrágio do Sewol, um ferry que virou em 2014 com a perda de
304 vidas. O navio foi notícia esta semana por ter sido recuperado e levado
para uma doca seca.
A FKSU declarou de forma contundente: “É um facto inegável
que tanto o Sewol como o Stellar Daisy têm várias coisas em comum. Ambos os
navios foram reconvertidos e classificados pela Korean Register of Shipping.”
A federação de sindicatos acrescentou, ainda, que dos 32 graneleiros
da Polaris, 19 são reconversões de petroleiros. “Não podemos deixar de pensar
que é possível que acidentes semelhantes voltem a acontecer, no futuro”, dizia
a declaração.
Já a meio da semana houve a informação (6 de Abril) que
outro navio de minério de 1993 e re convertido pertencente à Polaris teve de arribar
`Cidade do Cabo, na Áfica do Sul, após ter surgido uma rachadura no navio.
A FKSU exigiu que o governo coreano tome medidas, dizendo: ”O
governo sul-coreano não assegurou que os navios fossem adequadamente geridos e
os armadores continuam a não considerar a segurança e as vidas dos marítimos, continuando
a explorar lacunas da lei na construção de navios ".
Entretanto, a Intercargo juntou-se à OMI na exigência
de uma investigação completa sobre o desastre do Stellar Daisy.Fonte
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