30 de novembro de 2017

Para quando acabar com o desmanche de navios sem reciclagem de materiais perigosos?

Embora os impactos negativos da destruição de navios nas praias do sul da Ásia sejam bem conhecidos, a actual legislação é muito fraca, ou não aplicável, na regulação de tais práticas. Pode ter surgido uma fórmula que poderá acabar com isso.
Em Agosto, a Comissão Europeia divulgou o seu último relatório sobre a viabilidade de um incentivo financeiro para a reciclagem sustentável de navios, um instrumento que, se implementado, poderia mudar o equilíbrio a favor de práticas mais limpas e seguras aprovadas no âmbito da legislação europeia (UE), em vez da opção muito mais popular de desmanchar navios nas praias do Sul da Ásia, com sérios riscos para os trabalhadores e o meio ambiente.
Embora os perigos associados ao “encalhe” nas praias tenham vindo a ser amplamente documentados, esta prática continua inalterada e as regulamentações internacionais ainda não as consegue reprimir ou evitar.
Não é esperado que a Convenção Internacional de Hong Kong para o Reciclagem Segura e Ambientalmente Adequada de Navios (HKC 2009) entre em vigor antes de 2020. Na Europa, o Regulamento Europeu de Reciclagem de Navios (SRR) entrou em vigor no final de 2013, mas a sua aplicação vai ser gradual, por etapas, apenas a partir da data de publicação da lista europeia de instalações de reciclagem de navios, que ainda não foi concluída.
Em resultado, os métodos inseguros e perigosos de reciclagem de navios dominam hoje o mercado, tendo exclusivamente o foco no lucro: é muito mais barato desmanchar os navios dessa forma, em vez de optar por instalações controladas pela UE. Uma nova proposta para lidar com este problema está em preparação e espera-se que dê à Europa a oportunidade de competir com os estaleiros de desmantelamento do sul da Ásia e recuperar o controlo da indústria.
Muitos desses navios contêm materiais perigosos como amianto, bifenilos policlorados (PCBs) e metais pesados.
As principais nações de desmantelamento de navios, como a Índia, Bangladesh e Paquistão, não dispõem das instalações adequadas para desmantelar esses navios de forma segura, decorrendo o trabalho em praias de maré, arrastando derrames de poluentes nas águas, além de sucederem incêndios, explosões e inúmeras violações de direitos humanos. No ano passado, pelo menos 52 trabalhadores perderam a vida em praias de desmantelamento de navios no sul da Ásia, de acordo com o relatório da ONG Shipbreaking Platform, em 2016.
Apesar desses factos amplamente conhecidos, a Índia, a China, o Bangladesh e o Paquistão reciclam, conjuntamente, quase 80% dos navios do mundo.
A UE é o maior mercado desses estaleiros sub-standard, enviando inúmeros navios (contaminados e perigosos) em final de vida para desmantelamento. A Alemanha e a Grécia foram os piores infractores no ano passado: 98% de todos os navios alemães obsoletos acabaram numa praia asiática – cerca de 40% foram desmanchados no Bangladesh, onde as condições laborais e sociais são as mais difíceis do mundo. A Grécia foi responsável pelo maior número absoluto de navios vendidos aos estaleiros de desmantelamento do sul da Ásia em 2016, com 104 navios, no total.
Mas esta não é a única opção. Existem alternativas de reciclagem verde e mais seguras – a única questão que as desfavorece é o custo.
Embora os dados conhecidos e fiáveis ​​sejam escassos, um estudo da DNV GL descobriu que o custo de enviar um navio em fim de vida para ser reciclado numa instalação sustentável é aproximadamente 34% mais elevado – ou seja, um custo extra de € 17 por tonelada de porte líquido – em comparação com a venda para compradores em países asiáticos.
Mesmo os proprietários de navios com bandeira da UE que, segundo a SRR, têm a obrigação de reciclar adequadamente os seus navios, contornam essa exigência reembandeirando os seus navios, pouco antes de os enviar para desmantelamento, numa bandeira de conveniência como Palau, Comores e St Kitts and Nevis. Estes registos estão muitas vezes na lista negra do Memorando de Entendimento de Paris (Paris MoU) – bem como noutras agências internacionais – que visa eliminar a operação de navios sub-standard,. A percentagem de bandeiras da UE em navios no final da vida cai para menos de 8%, de acordo com a ONG Shipbreaking Platform.
“A lacuna está ligada à liberdade, dentro da indústria de transporte, de escolha da bandeira que o proprietário considere apropriada para a embarcação”, diz lngvild Jenssen, fundador e director da ONG Shipbreaking Platform.
"Nós temos vindo a chamar a atenção para o facto dos navios que são vendidos para sucata navegam sob uma bandeira fora da UE. Os navios em final de vida são vendidos através do recurso a compradores que pagam em dinheiro vivo e que são, basicamente, comerciantes de sucata. Eles compram os navios aos armadores, em dinheiro, e depois vendem-nos para os desmanteladores no sul da Ásia”.
A nova proposta centra-se na criação de um novo instrumento financeiro, um incentivo para os armadores.
Essencialmente, eles comprariam uma Licença de Reciclagem de Navios (Ship Recycling Licence - SRL) e, em cada entrada em porto da UE, seria cobrada uma taxa a cada navio. O valor da taxa seria equivalente à diferença monetária entre práticas de reciclagem de sistemas sustentados e de inadequados.
O dinheiro arrecadado seria então canalizado para um fundo de reciclagem dedicado da UE, que pagaria essa taxa aos armadores quando optassem por reciclar os seus navios de acordo com a regulamentação europeia em vigor.
De acordo com um estudo realizado em 2016 pela DNV GL, EcoSys e Erasmus University Rotterdam, este mecanismo arrecadaria fundos aproximados de € 150 milhões por ano nos primeiros 15 anos, contribuindo para a construção de um fundo de € 2,8 mil milhões.
Os seus impactos no mercado de reciclagem de navios começariam a ser observados, aproximadamente, 20 anos após a sua introdução, segundo esse estudo.
As ONG de transportes, os sindicatos e a Organização Europeia dos Portos de Mar (ESPO) publicaram declarações de apoio total a esta proposta.
“Nós argumentamos que, sem um incentivo financeiro, ou um incentivo que não se baseie na jurisdição do Estado do pavilhão, o regulamento de reciclagem da UE será, na realidade, ineficaz”, diz Jenssen. “Se olharmos para qualquer outro sector de gestão de resíduos, como electrodomésticos e electrónicos, há sempre um incentivo financeiro, ou um esquema de retorno vinculado à gestão adequada desses resíduos. E os navios não devem ter tratamento diferente“.
O Comité Económico e Social Europeu chamou-o de “mecanismo financeiro progressivo e vinculatório”, convidando a Comissão Europeia a estabelecer o método.
Entretanto, a Comunidade Europeia de Associações de Armadores (ECSA), a Associação de Armadores Asiáticos (ASA) e a Câmara Internacional de Navegação (ICS) argumentaram que esta “medida fiscal primária” é incompatível com a Convenção sobre o Direito do Mar da ONU (UNCLOS), bem como com as regras da Organização Mundial do Comércio.
“Vemos grandes desafios e muitos obstáculos na transposição prática da ideia do licenciamento”, disse o director dos processos de negócios espanhóis Casper Andersen, que se apresentou adverso ao instrumento financeiro. “Nós só podemos imaginar que os armadores de países terceiros, com o apoio do seu país de bandeira, rejeitarão o pagamento do regime de licença, o que provocará uma tremenda distorção na competitividade dos armadores dinamarqueses, que fazem um terço de todas as suas escalas em portos europeus”.
Na revisão da proposta, publicada em agosto, a Comissão Europeia “reconhece os méritos a uma potencial Licença de Reciclagem de Navios, dizendo que ela representa a opção mais promissora investigada até agora”. No entanto, a Comissão está interessada em esperar e ver se a publicação da lista europeia completa de instalações de reciclagem de navios influenciará o comportamento da indústria, uma vez que marcará a entrada em vigor da SRR na sua totalidade. Actualmente, essa publicação está atrasada devido às inspecções dos locais e instalações não pertencentes à UE que pediram a sua creditação.
Neste momento, a Comissão não tem perspectivas claras sobre quando a lista será publicada na íntegra, ou por quanto tempo os seus efeitos sobre o mercado de navios irão ser analisados, ​​antes que o instrumento financeiro volte a ser alternativa.
Mas a pressão para compensar o equilíbrio em favor da reciclagem sustentável de navios está a aumentar, já que os relatórios de danos ambientais irreversíveis, trabalho escravo e mortes de trabalhadores continuam a suceder, o que tem provocado preocupação em todo o mundo.
Artigo da "Ship Technology Global" - Dezembro 2017

A empresa de shipping Clarkson, do Reino Unido, relata ataque cibernético

O fornecedor britânico de serviços de transporte marítimo Clarkson Plc (CKN.L) disse quarta-feira que foi vítima de um hack de segurança cibernética e advertiu que a pessoa ou pessoas por trás do ataque poderão divulgar alguns dados no curto prazo.
A divulgação do ataque pela empresa, apesar de ser um evento relativamente raro na Grã-Bretanha, segue-se a uma série de ataques cibernéticos de alto perfil no sector empresarial da América do Norte.
A Clarkson é um dos principais brokers mundiais, negociando espaço de navios para os maiores produtores e comerciantes mundiais de recursos naturais. Possui, ainda, uma operação de estudo e pesquisa que colecta e analisa dados sobre o transporte mercante e os mercados offshore.
A empresa, com sede em Londres, disse que estava a colaborar de perto com a polícia no incidente, mas não forneceu detalhes sobre a escala ou o tipo de dados roubados.
“Assim que foi descoberto o ataque, a Clarksons tomou as medidas imediatas para responder e gerir o incidente”, disse a empresa.
“As investigações iniciais mostraram que o acesso não autorizado foi conseguido através de uma conta de utilizador, única e isolada que foi, entretanto, desactivada”.
A empresa disse que está em processo de entrar em contacto directo com clientes e pessoas potencialmente afectadas e que tem trabalhado com especialistas em segurança de dados para continuar a investigar.
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Naufrágio do navio-tanque Agia Zoni II retirado do local de afundamento

Os destroços do petroleiro Agia Zoni II, que afundou na Grécia no início de Setembro, foi retirado do fundo, informou a empresa de serviços marítimos Spanopoulos Group.
O navio construído em 1972 começou a meter água quando estava ancorado perto do Porto do Pireu e tendo afundou na totalidade no dia 10 de Setembro ao largo da costa de Salamina, causando um derramamento de óleo combustível na área.
As operações de recuperação do naufrágio foram lançadas no dia 24 de Novembro e concluídas ontem, 29 de Novembro, com recurso a dois guindastes flutuantes, rebocadores de salvamento, navios antipoluição e equipa de mergulho especializada do Grupo Spanopoulos. O petroleiro de 3,205 dwt vai ser desmantelado e transferido temporariamente para as instalações de estaleiro próximo onde serão realizadas as inspecções necessárias.
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29 de novembro de 2017

Navio-tanque de produtos atacado ao largo do Iémen

Um navio-tanque de produto foi alvejado quando navegava em a cerca de 33 milhas náuticas a sudoeste de Mukalla, no Iémen, no dia 21 de Novembro. O navio foi perseguido por uma lancha tripulada por um grupo de pessoas armadas, que abriram fogo contra o petroleiro.
A tripulação do petroleiro accionou o alarme, aumentou a velocidade e iniciou manobras de leme para impedir o embarque, informou o Centro de Informação de Pirataria da IMB.
Toda a tripulação não essencial foi reunida na sala das máquinas.
“Devido às medidas de preventivas e à presença de uma equipa de segurança armada a bordo foi evitado o embarque”, disse a IMB. Todos os membros da tripulação estão bem.

O ataque segue-se às ameaças do movimento Houthi de atacar navios comerciais na região como sinal de retaliação ao encerramento dos portos iemenitas pela coligação liderada pela Arábia Saudita.

Três mortos em naufrágio ao largo da Figueira da Foz

Uma embarcação de pesca naufragou na madrugada de hoje, a cerca de 22 quilómetros da costa da Figueira da Foz.
Três pessoas morreram e uma quarta está desaparecida. Os corpos de duas das vítimas mortais foram encontrados logo de manhã, o terceiro corpo só foi avistado à hora de almoço.

As buscas pelo quarto pescador continuam a decorrer.

A administração Trump aprovou o pedido petróleo para explorar petróleo no oceano Árctico

O Bureau of Safety and Environmental Enforcement (BSEE) aprovou na terça-feira uma autorização para que o gigante do petróleo italiano Eni SpA perfure um poço exploratório no Mar de Beaufort como forma de testar as condições de produção no local.
A licença permite que a empresa possa começar a trabalhar no seu poço exploratório já no próximo mês. Esta decisão configura a primeira autorização, por parte do governo federal, para que uma empresa explore o petróleo na parcela americana das águas do Árctico em dois anos.
Os reguladores da administração de Obama haviam colocado certas restrições nas actividades de perfuração no Árctico tendo, na altura, decidido proibir a venda de novas concessões de perfuração na zona.
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28 de novembro de 2017

A Coreia aprova a aquisição da Hamburg Süd pela Maersk, mas exige medidas correctivas

A Korean Free Trade Commission (KFTC) deu luz verde à Maersk Line para a aquisição da homóloga alemã Hamburg Süd.
No entanto, na sequência da aprovação, a autoridade reguladora impôs medidas correctivas que terão de ser cumpridas para que o acordo fique encerrado.
Estas incluem uma ordem para a retirada dos navios de Hamburgo Süd do acordo de partilha de navios actualmente em vigor na rota Extremo Oriente - América Central / Rota do Comércio das Caraíbas.
A Maersk Line disse ter concordado e aceite as medidas correctivas em resultado da resolução da KFTC.
O transportador de contentores dinamarquês acrescentou que o processo de aprovação regulamentar permanece no bom caminho e que espera fechar a transacção a 30 de Novembro de 2017. A aprovação da Coreia segue-se à emitida pela China no início deste mês.
Uma vez concluída a aquisição, a Maersk Line e a Hamburg Süd terão uma capacidade total de slot contentorizado de cerca de 3,9 milhões de TEU e uma participação na capacidade global de 18,7%. A frota combinada consistirá em 743 navios porta-contentores.
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Embarcação de pesca encalhou no Faial com dois tripulantes a bordo

A embarcação de pesca "Mestre Bacalhau" encalhou esta madrugada com dois tripulantes a bordo, na ilha do Faial, estando ainda por apurar as causas do acidente, segundo o comandante Rafael Silva, da Capitania da Horta, nos Açores.
De acordo com o comandante, a embarcação dirigia-se para o porto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, vinda da ilha das Flores, onde operou na pesca do goraz. Por os tripulantes se encontrarem no cimo de rochedos, não acessíveis por terra ou por mar, tiveram de ser evacuados por recurso a helicóptero. Não resultaram feridos.
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Agência informática diz que os sistemas de planeamento de carga dos porta-contentores são vulneráveis a hackers

Num artigo recente publicado pela Ethical Hackers Pen Test Partners, eles abordam a vulnerabilidade do sistema de planeamento de carga dos contentores. Um ataque a este sistema pode ter resultados financeiros, de segurança e ambientais fatais.
A segurança do navio tem um longo caminho a percorrer para alcançar o nível de segurança esperado nas redes corporativas. Estes sistemas são remotos, difíceis de actualizar e estão muitas vezes offline por longos períodos. O hardware é antigo, em geral, e não é bem mantido, segundo a Pen Test Partners.
Como o sector da navegação depende de velocidade e eficiência, um ataque ao sistema de planeamento de carga pode causar sérios problemas,
“Somente cerca de um terço dessa carga está no convés, a maioria está dentro dos porões, abaixo do convés. Para chegar a um contentor abaixo do convés pode ter de envolver a remoção de 50 contentores sobre a tampa de escotilha e, em seguida, tirar mais os necessários para aceder ao pretendido, no meio de uma pilha”, afirmou o responsável da Pen Test Partners.
Um ataque ao sistema resultaria na confusão total em relação a todo e qualquer contentor, levando semanas para reinventariar manualmente a carga do navio, causando sérias perdas e custos.
Além disso, o software de planeamento de carga distribui os contentores conforme o seu peso, permitindo manter um centro de gravidade (CoG) baixo, logo a estabilidade do navio. Um bom plano de carga manterá o navio na posição direita, evitando a utilização de água de lastro para correcção, o que pode reduzir o peso a bordo e melhorar o desempenho energético.
As mesmas preocupações se colocam em relação aos produtos que são mantidos em contentores refrigerados, que podem apodrecer se o reefer não estiver conectado a uma fonte eléctrica.
Um possível ataque cibernético também poderá causar problemas ambientais e, ou, a destruição do navio, obstruindo as obrigações de segregação de carga perigosa a bordo do navio.
Em conclusão, a Pen Test Partners menciona que uma provável fonte de ataque são as disquetes e pen drives USBs com as quais se transferem os planos de carga. Ou seja, o USB pode ser facilmente pirateado e manipulado, para que um malware entre no sistema. A indústria de transporte marítimo deve pois, o mais breve possível, investir na segurança cibernética, para evitar evitar este tipo de ataques, observou o Pen Test Partners.
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Destroyer dos EUA com novas avarias provocadas pelo navio de transporte

O USS Fitzgerald, um destroyer da Marinha dos EUA que ficou profundamente danificado em Junho após um abalroamento com um navio de carga ao largo da costa do Japão, sofreu duas amolgadelas no casco, no domingo passado, enquanto estava a ser carregado no navio de transporte, com destino aos EUA, de acordo com fontes ligadas ao processo.
O navio da classe Arleigh Burke que se encontra paralisado, em resultado da colisão ocorrida em 17 de Junho e que matou sete marinheiros dos EUA, irá ter como destino um porto no Mississippi, onde será reparado; este contratempo, agora, força o destroyer a manter-se no porto de Yokosuka, Japão, para se poder inspeccionar e remediar os danos adicionais que envolveu o navio de transporte pesado Transshelf.
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Barcaça de combustível soltou-se do trem de reboque na Colúmbia Britânica

O rebocador Gulf Cajun, que rebocou a barcaça de combustível que se havia soltado do trem de reboque em condições difíceis de mau tempo, ancorou-a em Norman Morison Bay, na BC, para que se proceda a inspecção, informou a Guarda Costeira canadiana nesta terça-feira. Foram colocadas barreiras de contenção à volta de ambos as embarcações como precaução, prevenindo qualquer poluição que possa suceder.
A barcaça, carregada de combustível, libertou-se do reboque articulado de propriedade da empresa americana Jake Shearer no domingo e esteve perigosamente perto de encalhar perto da Ilha de Gosling, a sudoeste de Bella Bella. A barcaça está carregada com 3,5 milhões de litros de diesel e 500 mil litros de gasolina.
Depois de se desprender, dois membros da tripulação, a bordo da barcaça, conseguiram ancorá-la, fazendo a barcaça parar a menos de uma milha das pedras de Gosling.
De acordo com o governo canadiano, o rebocador de resgate do Gulf Cajun chegou à cena na segunda-feira de manhã e conseguiu estabelecer uma linha de reboque de emergência à barcaça. Desde segunda-feira à tarde que o rebocador e a barcaça foram escoltados pelo NGC Gordon Reid, que chegou no local no domingo.

Os dois membros da tripulação estão em segurança e sem ferimentos.

27 de novembro de 2017

Tripulação do Seaman Guard Ohio absolvida pelo Tribunal Indiano

Os 35 tripulantes do Seaman Guard Ohio, que inclui os conhecidos “Chennai Six” do Reino Unido, foram absolvidos por um tribunal na Índia.
Os 35 marítimos e guardas armados a bordo do navio de segurança marítima Seaman Guard Ohio foram detidos na costa indiana em 2013 e foram presos por cinco anos em 2016, apesar das acusações terem sido descartadas em 2014 pelo Tribunal Superior de Madras. No entanto, os homens não tinham permissão para deixar a Índia, pendentes que estavam de recurso.
Após uma longa batalha legal, a tripulação informou ter sido absolvida por um tribunal indiano na segunda-feira.
“Hoje é o dia pelo qual há muito vínhamos a lutar. Os profissionais de segurança marítima fornecem um serviço importante na protecção dos marítimos contra a pirataria”, disse Ben Bailey, director de escritório forense para a missão dos marítimos, que forneceu o suporte legal aos tripulantes.
“O caso do Seaman Guard Ohio põe em destaque, mais uma vez, a questão que milhões de marítimos mercantes enfrentam, frequentemente, ao desempenharem as suas funções diariamente. A criminalização dos marítimos continua a ser uma ameaça constante para aqueles que são responsáveis ​​pelo transporte de mais de 90% do comércio mundial”, afirmou.
“Congratulamo-nos com a absolvição e libertação dos 35 homens da tripulação do Seamans Guard Ohio em Chennai”, disse a Sailor's Society no Twitter. A tripulação absolvida inclui seis ex-soldados do Reino Unido, apelidados de Chennai Six, que estiveram no centro de uma campanha para a sua libertação.
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Volume de carga contentorizada prestes a bater recorde

O crescimento do volume de contentores carregados continua acelerado muito perto de bater a barreira dos 200 milhões de TEU em 2017.
Na última previsão da Consultora Drewry, publicado em Outubro, prevê-se que o tráfego mundial de contentores carregados deste ano (ou seja, o débito total portuário menos os transbordos e vazios, dividido por dois – para contabilizar os dois sentidos) possa ultrapassar o limiar dos 200 milhões de TEU pela primeira vez.
 As recentes estatísticas portuárias e comerciais, divulgadas após a publicação do relatório, confirmam esse resultado como uma certeza e até sugerem que se tenha de rever em alta a perspectiva na próxima previsão, no final do ano.
O indicador (Drewry Global Container Port Through Index) não mostra sinais de desaceleração, com a última leitura de Setembro a situar-se quase 10 pontos acima do mesmo mês em 2016. Ignorando as flutuações mensais, a tendência foi marcadamente positiva em 2017, seguindo um padrão de crescimento mais expressivo que no ano passado.

Os índices referentes a Setembro revelam que o crescimento tem sido generalizado, com todas as regiões a mostrarem melhoria anuais. As regiões que apresentaram maior crescimento foram a América do Norte (+ 12,6%), a América Latina (+ 11,1%) e a China (10,3%). Onde se apresenta mais lento é na Europa (4,4%).
Semelhantes ao índice portuário, os números do comércio global apontam para um amplo crescimento, com apenas dois mercados (Ásia-Oceânia) e (Europa-Médio Oriente) em campo negativo. Em geral, os mercados “Leste-Oeste” que ligam a Ásia, América do Norte e Europa, apresentaram-se mais fortes em cerca de + 5% no agregado, contra 3,4% para a amostra das rotas “Norte-Sul”. (ver tabela abaixo - Credit: Drewry)
Já, durante a semana passada, ficamos a saber que a frota mundial de contentores tinha atingido a marca histórica dos 21 milhões de TEUs de capacidade a 2 de Novembro, de acordo com a Alphaliner e que essa capacidade de transporte havia superado a procura durante o terceiro trimestre de 2017 devido aos efeitos combinados de novas entregas de navios e a uma redução na frota ociosa. Os volumes globais da tonelagem de transporte de contentores cresceram cerca 7,7% durante o período Julho-Setembro de 2017, ficando, segundo a Alphaliner, assim ordenada a posição das 10 maiores Operadoras/armadoras globais (credit Alphaliner):

Explosão provoca dois mortos e vários feridos na cidade portuária de Ningbo, na China

A explosão de uma fábrica na cidade portuária de Ningbo, ao sul de Xangai, no domingo matou pelo menos duas pessoas e feriu mais 30, derrubando edifícios e deixando as ruas cheias de destroços.
A explosão atingiu uma fábrica num bairro ribeirinho de Ningbo, um dos portos mais movimentados da China, informou a agência oficial de notícias Xinhua. Um comunicado da polícia disse que a causa da explosão estava sob investigação.

As imagens de televisão mostraram carros destruídos pela força da explosão e uma nuvem de fumo negro que se erguia do solo. Pelo menos 30 pessoas foram levadas ao hospital local e os esforços de resgate continuaram, segundo a informação veiculada.

A Hyundai Merchant Marine pretende ser a 6ª maior no mundo, encomendando novos 20 mega porta-contentores

De acordo com A indústria bancária de investimento (IB) e fontes da indústria de transporte marítimo, a HMM vai encomendar 20 navios porta-contentores de grande porte a partir do início do ano que vem. ”A HMM vai encomendar 20 navios de grande porte, incluindo nove de 20.000 TEU e 11 de 11.000 TEU, o que configura uma expansão agressiva da frota”, disse um alto funcionário da IB.
O analista refere que a HMM aumentará o número de navios super grandes como estratégia para enfrentar a consolidação global. Actualmente, a HMM possui 56 navios próprios, com capacidade (volume máximo de embarque) para 43 mil TEU, estando classificada no 13º lugar no mundo. Por outro lado, a Maersk, que pertence à Aliança 2M (tal como com a HMM), possui uma capacidade de 3,55 milhões de TEU e a MSC, 3,02 milhões de TEU, oito vezes a da HMM.

No ano que vem, espera-se que o Japão efective a fusão das suas três principais companhias de navegação de linha (MOL, NYK e K Line) e que a nova companhia de navegação resultante atinja uma capacidade de 1,7 milhão de TEU. A principal empresa de transporte marítimo da China, a Cosco (com 1,81 milhões de TEU), fechará, finalmente, o negócio de aquisição da OOCL (670,000 TEU) de Hong Kong, que após a recepção dos navios à data encomendados era prevista atingir a sétima maior frota do mundo por 2019. Assim sendo, a capacidade da Cosco (incluindo a dos navios encomendados) excederá os 3 milhões de TEU, saltando para o segundo ou terceiro lugar do mundo. Daí o movimento de antecipação da coreana já que a HMM não conseguiria competir num ambiente desta dimensão com o uma capacidade máxima de 400.000 TEU, sendo o seu maior navio um porta-contentores com capacidade para 13.100 TEU.

26 de novembro de 2017

Para contornar o Brexit, o UK Club está a criar subsidiária na Holanda

Numa tentativa de superar o impacto potencial do Brexit nos seus negócios, o UK P & I Club está a criar uma subsidiária na Holanda.
O UK Club tomou a iniciativa, já que a futura relação comercial, entre o Reino Unido e a EU, continua incerta com as negociações do Brexit a revelarem-se difíceis.
“Embora a relação comercial futura e concreta entre o Reino Unido e a UE permaneça incerta, estamos a providenciar acordos que permitirão que o Clube do Reino Unido continue a fornecer cobertura para os actuais Membros, independentemente de onde os seus navios estejam registados. O Clube continua empenhado em fazer negócios na Europa”, disse Hugo Wynn-Williams, CEO da Thomas Miller, que administra o UK Club.
“A Holanda é, na nossa opinião, a jurisdição ideal para a subsidiária da União Europeia do Clubes (de P&I) devido à sua localização conveniente, com excelentes ligações de transportes, e a proximidade aos grandes mercados, ambiente empresarial estável, uso empresarial de inglês e um sistema regulatório que permite a melhor adaptação ao nosso modelo operacional”.
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Os Scrubbers podem não ser a melhor solução para controlar emissões de enxofre

Durante um painel sobre os mercados de petróleo e de gás, bem como na sessão dedicada ao transporte de contentores, na Asian Logistics and Maritime Conference, em Hong Kong, os especialistas concordaram, quase unanimemente, que os depuradores não são a solução para o problema de controlo de emissões, havendo, até, uma opinião contrária à sua generalização, segundo a qual tais equipamentos não são necessários para que a indústria continue competitiva.
“É uma oportunidade para o transporte e um enorme problema para o negócio de refinação porque, no final do dia, o óleo residual será sempre produzido”, disse Andrew Hoare, membro do Navig8 Group.
Ele observou, em particular, que enquanto a procura por óleo combustível para bancas aumentou de forma constante, a procura pela mesma fonte de energia para as centrais eléctricas diminuiu. Em resultado, haverá um excedente de óleo combustível porque não poderá ser consumido doutra forma.
“O sector de refinação terá que vender este óleo combustível e ninguém melhor a quem o vender do que ao melhor cliente que alguma vez tiveram”, afirmou Hoare. Acrescentou, ainda, que com o custo dos depuradores a baixar, o argumento para a sua utilização continua forte.
Do lado do proprietário e do operacional, o director executivo da Valles Steamship, Wellington Koo, disse: “Penso que para nós, como armadores, não estamos interessados em depuradores no imediato”. Ele sustentou que é necessário os refinadores deverem manter a sua promessa de fornecer combustível limpo e que o custo adicional dessa alteração seria passada aos novos contratos com os fretadores.
Na sessão da tarde, sobre contentores, Jeremy Nixon, CEO da Ocean Network Express (ONE), estava de acordo com a perspectiva dos proprietários, dizendo que os depuradores ocupavam muito espaço e a sua adaptação era difícil e dispendiosa. Entretanto, Alan Murphy, CEO e parceiro da SeaIntel Maritime Analysis, disse que as linhas de contentores estão a assumir uma abordagem de” esperar par ver” e “que quase ninguém estava a investir em depuradores”.
Enquanto isso, no painel de petroleiros, o presidente da Clarkson Research, Martin Stopford, sugeriu que o sector de refinação tem de reagir, rapidamente, ao desafio de fornecer o óleo combustível com baixo teor de enxofre e que a vantagem competitiva do uso de depuradores poderá não durar muito.
Finalmente, a perspectiva por parte do sector do financiamento bancário, através do DVB Bank Ásia-Pacífico e o executivo sénior de transporte marítimo para o Médio Oriente, Domenik Nizet, é que entre o sector bancário o que se comenta é que não estão interessados ​​em financiar a montagem de depuradores, pelo que, para eles, a questão fundamental era perceber se aqueles equipamentos seriam mesmo necessários.
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24 de novembro de 2017

Ferry desgovernado choca e derruba edifício portuário, 181 passageiros evacuados

Um ferry da Jetliner, com bandeira indonésia, que transportava 181 passageiros embateu num edifício portuário de escritórios quando fazia a aproximação ao porto de Kendari, no sueste da ilha de Sulawesi, na Indonésia, no dia 23 de Novembro.
O navio perdeu, de repente e em alta velocidade, o controlo do governo, o que causou a colisão e posterior desabamento do prédio, informou a Agência de Pesquisa e Resgate da Indonésia.
A instalação portuária sofreu danos graves e, segundo os relatos iniciais, o navio RoRo, construído em 1996, sofreu profundos danos na proa.
A agência acrescentou que, logo após o incidente, as autoridades intervieram de pronto, tendo os meios destacados procedido à imediata evacuação dos 181 passageiros e 36 membros da tripulação. Não houve feridos.
A causa do incidente ainda não foi determinada, disse a agência.
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Adesão ao GNL como combustível marítimo mais lenta do que o esperado

Em 2012, a DNV GL previu que, até 2020, a frota alimentada com GNL contaria cerca de 1.000 navios. Três anos depois, este valor foi revisto em baixa, entre 400 e 600 navios, principalmente devido ao baixo preço do petróleo e ao mais lento desenvolvimento da infra-estrutura de abastecimento do que o esperado.
Hoje, existem 117 navios que queimam GNL na propulsão, dos quais mais de dois terços operam na Europa. Em encomenda, confirmados, estão 111 navios, o que duplicará a existência. Além disso, existem 114 embarcações classificadas como preparadas para GNL.
Poderá estar, assim, composto o cenário para a tão esperada e rápida aceitação do GNL como combustível para o transporte, de acordo com o consultor ambiental sénior da DNV GL, Martin Christian Wold.
Em particular, as opções de abastecimento estão a aumentar à escala global. Hoje, existem 60 locais de fornecimento em todo o mundo, incluindo Singapura, Médio Oriente, Caribe e Europa, de acordo com os dados mais recentes no portal de inteligência de negócios LNGi da DNV GL. Outras 28 instalações foram decididas construir e, pelo menos, outras 36 estão em estudo.
No início de 2018, seis navios de bancas de GNL estarão em operação a nível mundial e outros quatro projectos em execução. Os principais players, incluindo a Total, Shell, Gas Natural Fenosa, ENN e Statoil, anunciaram planos para novos navios depósito de GNL, que, de acordo com Wold, provavelmente serão colocados em locais-chave no norte da Europa, Médio Oriente, Golfo do México, Singapura e do Mediterrâneo.
A Shell acabou de assinar um contrato de afretamento de longo prazo para uma barcaça de bancas de 4.000m3 para fornecer combustível GNL ao longo da costa leste dos EUA. A crescente procura de GNL por linhas de cruzeiros foi citada como a principal causa para a decisão. Lembra-se que o Grupo Sousa fez, esta semana, o seu primeiro abastecimento GNL, no Funchal, a um navio da Aida Cruises.
As perspectivas regulatórias também estão muito mais assertivas graças à IMO, que estabeleceu 2020 como data limite para a entrada em vigor do limite global no teor de enxofre do combustível.
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Autoridade Portuária de Antuérpia e FPIM compram participação da NxtPort

A Autoridade Portuária de Antuérpia e a empresa financeira belga Belgian Federal Participation & Investment Company (FPIM) devem adquirir conjuntamente uma participação na NxtPort, uma plataforma de dados digitais para a comunidade portuária.
De acordo com a informação, o contributo dos novos parceiros – Autoridade Portuária de Antuérpia em 75% e a FPIM em 25% – assume a forma de entrada no capital NxtPort  acrescido de um empréstimo subordinado, totalizando 5,25 milhões de euros.
Com esta participação, o Porto de Antuérpia procura contribuir para o desenvolvimento futuro da NxtPort como plataforma de dados inovadora, que permitirá impulsionar a inovação logística, marítima e industrial no porto, além de permitir ganhos de eficiência.
Os dados são um factor crucial no desenvolvimento dos processos logísticos inteligentes. Todos os players destes processos possuem dados relevantes, mas que foram compartilhados de forma inadequada ao longo do tempo, resultando em atrasos e outras ineficiências. A nova plataforma permitirá melhorar o processamento digital das cadeias de abastecimento.
“Com o NxtPort, procuramos tornar estes dados transparentes para todos os interessados da cadeia de abastecimento. Desta forma, junto com os outros players portuários, podemos desenvolver o porto do futuro, onde a digitalização abre caminho para uma logística inteligente e económica ", afirmou Daniel Lievens, CEO da NxtPort.
Como o novo parceiro, a Autoridade Portuária terá, entre outras coisas, uma palavra a dizer no desenvolvimento de aplicações digitais de interesse geral.
NB: Esta plataforma pretende ser equivalente à portuguesa Janela Única Logística, actualmente em estádio adiantado de desenvolvimento, que configura uma das bandeiras do actual governo português.
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Hapag-Lloyd adiciona 3.700 contentores refrigerados de baixo carbono

Para expandir a sua frota de contentores, a Hapag-Lloyd comprou 3,700 unidades Star Cool Integrated™ à Maersk Container Industry (MCI). Destes, 1 000 destas unidades serão refrigeradas com recurso ao sistema de refrigeração R513A, respeitador do meio ambiente com um Potencial de Aquecimento Global (GWP) menor em 56% que o refrigerante R134A, comummente usado.
No intuito de apoiar a adaptação do mercado a refrigerantes mais ecológicos, a Hapag-Lloyd é a primeira operadora a implementar, de forma generalizada, a mistura de refrigerante R513A de baixo GWP recentemente introduzida pela MCI. A unidade Star Cool servida com R513A está de acordo com a legislação de protecção ambiental para as plataformas tecnológicas introduzida pelos regulamentos de F-gás na UE.
As unidades All Star Cool produzidas a partir de Julho de 2017 podem ser entregues com funcionamento a R513A ou como “optimizado para R513A”, permitindo uma conversão a qualquer momento sem alterações.
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23 de novembro de 2017

Navio porta-contentores da MSC colide com outro navio mercante ao largo da China (vídeo)

O mega porta-contentores “MSC Luciana” terá colidido com o navio de carga chinês “Su Lian Hai 0118”, a 7 milhas do Porto Caofeidian, na China, a 21 de Novembro.
A colisão terá acorrido duas a três horas depois que o MSC Luciana ter largado de Tianjin, com destino a Busan, na Coreia do Sul, de acordo com o MaritimeBulletin.
Em resultado do acidente, o mercante chinês sofreu rombo profundo no casco, originando entrada de água. As autoridades locais enviaram uma embarcação de busca e resgate que rebocou o cargueiro chinês para uma zona segura. As tripulações de ambos os navios estão sãs e salvas.
O MSC Luciana, com bandeira do Panamá, operado pela Mediterranean Shipping Company, não terá sofrido danos significativos na colisão, tendo ancorado no porto de Caofeidian. De acordo com os últimos dados AIS, o navio reiniciou, entretanto, a navegação para Busan.
Fonte com vídeo

Publicado em DR concurso para construção de navio de passageiros para os Açores

O anúncio do concurso para a concepção e construção de um navio “RO-RO” para a Região, com capacidade para 650 passageiros e 150 viaturas, pelo preço base de 48 milhões de euros e um prazo de execução de 580 dias, foi publicado em Diário da República na 3ª feira, dia 21.
Segundo uma nota informativa publicada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS), o concurso, limitado por prévia qualificação, desenvolve-se em duas fases, sendo que a primeira corresponde à fase de apresentação de candidaturas e de qualificação dos candidatos, segundo os requisitos mínimos de capacidade técnica e financeira definidos no programa do concurso.
 Os candidatos qualificados passam à segunda fase do procedimento, onde serão convidados a apresentar a proposta técnica e comercial, cujo mérito será avaliado à luz de diversos factores que integram o critério de adjudicação, igualmente definidos no programa do concurso.
A fase de apresentação de candidaturas está aberta durante os próximos 30 dias.
 Após terminar este prazo, terá lugar um acto público para abertura das candidaturas apresentadas, iniciando-se em seguida a fase de análise.
 A entidade adjudicante deverá tomar a decisão de qualificação dos candidatos no prazo máximo de 60 dias úteis, após o termo do prazo fixado para a apresentação das candidaturas.
 Os candidatos qualificados terão depois 60 dias para apresentarem as suas propostas.
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DGPM reforça relações bilaterais no âmbito das EEA Grants

A cidade norueguesa de Bergen recebeu um encontro de cooperação entre entidades portuguesas, norueguesas e islandesas no âmbito das EEA Grants.
As EEA Grants 2014-2021 são um mecanismo de financiamento europeu que tem a Noruega, Islândia e Liechtenstein como estados doadores. A DGPM é a entidade operadora do programa dedicado ao “Crescimento Azul, Inovação e PMEs”, cuja dotação de 44,7 M€, até 2021, será distribuída por três áreas programáticas:
  • Desenvolvimento de negócios, Inovação e PMEs;
  • Investigação;
  • Educação, bolsas de estudo, literacia e empreendedorismo jovem.

A DGPM foi uma das entidades nacionais, a par do IPMA e da Escola Náutica Infante D. Henrique, que participou nesta ronda de reuniões que visaram estabelecer parcerias entre promotores de projectos nacionais e potenciais parceiros noruegueses e islandeses.
“As empresas centradas no oceano são um importante motor da economia na Noruega e em Portugal. Os nossos dois países já cooperavam, mas com este novo acordo procuramos, agora, fortalecer a nossa cooperação”, disse o ministro norueguês do EEE e dos Assuntos da UE Frank Bakke-Jensen.
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22 de novembro de 2017

O Plano chinês de substituir a energia proveniente do carvão pela de GNL vai pressionar a procura pelo gás

A crónica falta de gás natural está a prejudicar o plano do governo da China de se afastar da queima do carvão para o aquecimento residencial e de escritórios, aumentando a perspectiva de uma maior incidência de poluição no ar neste inverno.
O problema é pior no norte da China, onde a poluição atmosférica causada, principalmente, por décadas de dependência do carvão, reduziu a expectativa de vida em cerca de 5,5 anos, comparando-a com províncias do sul.
A cidade gelada de Harbin, no nordeste da China, que abriga 11 milhões de pessoas, praticamente parou a semana passada, quando os contaminantes no ar eram cerca de 50 vezes o nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Pequim teve a sua própria emergência em Janeiro, quando a poluição do ar foi de 45 vezes o nível aceitável.
A China vê o gás natural como o caminho para o país conseguir um ar mais respirável. As autoridades vieram dizer que o núcleo urbano de Pequim deveria usar apenas gás para aquecimento. Mas a produção doméstica não consegue acompanhar a procura.
As imagens do smog acre sobre Harbin no dia 21 de Outubro foram transmitidas em todo o mundo, depois que as autoridades activaram uma rede de centrais de energia a carvão para aquecimento de grandes áreas habitacionais da cidade.
Apesar da pressa da China em abraçar a produção de energia a partir do gás, o carvão ainda fornece a maior parte das necessidades totais de electricidade no país.
No mês passado foi anunciado um novo plano para combater a poluição do ar, segundo o qual a China reduziria o consumo de combustível fóssil para menos de 65% no abastecimento de energia primária em 2017, em contraste com os 66,8% no ano passado.
O plano também visa aumentar a participação da energia de combustíveis não fósseis para 13%, até final de 2017. A capital, por exemplo, era suposta ter 70% da sua energia a partir de regiões vizinhas, como Shanxi e Mongólia Interior, onde o carvão ainda está em uso generalizado.
No entanto, existem condicionantes importantes na produção de gás doméstica, com atrasos significativos no gasoduto Shaan-Jing IV. Além disso, não é claro que exista gás suficiente dos campos de gás domésticos ou se há que aumentar importações para alimentar as condutas de Shaan-Jing. No passado, a CNPC (Petrochina – empresa estatal chinesa de abastecimento) sacrificou o abastecimento das regiões produtoras de gás para garantir a procura de gás nas regiões próximas da capital. Assim sendo, a importação de GNL torna-se a solução mais viável.
No que diz respeito ao nível nacional, as importações chinesas de GNL totalizarão 20 Mt neste inverno, um aumento anual de 40%. A procura mais elevada que o habitual este ano, resultou que o país importou 70% do programado até Setembro, em comparação com os 50% no período homólogo de 2016. Isso significa que será de esperar uma menor disponibilidade contratada para o inverno o que poderá levar à escassez.

Espera-se, assim, que a procura chinesa por GNL neste inverno venha a afectar os preços de importação. A capacidade de produção de Regas, no norte da China, poderá limitar o impacto no aumento do preço do GNL entre Dezembro e Janeiro. No entanto, um fim de inverno mais frio do que o normal poderá aumentar ainda mais a procura local e o preço global da matéria-prima.

A Europa precisa de uma estratégia para a construção naval perante a competição asiática

Uma estratégia industrial holística para o sector europeu de tecnologia marítima é necessária, a curto prazo, de acordo com um estudo patrocinado pela U.E.
De acordo com o estudo sobre as novas tendências na construção naval – The Study on New Trends in Globalisation in Shipbuilding and Marine Supplies – poderão surgir consequências nefastas para a política industrial e comercial europeia, já que as nações de construção naval europeias parecem ser demasiado pequenas e fracas para lidar com a pressão competitiva da Ásia, onde os países possuem uma estratégia nacional de construção naval específica. Portanto, apenas uma política europeia de construção naval, que ofereça uma abordagem integrada e unificada frente à concorrência internacional, ajudará a Europa a enfrentar os seus desafios competitivos e sociais.
Individualmente, a Alemanha, como nação de construção naval e tecnologia marítima, encontra-se na quinta posição mundial, logo a seguir à Coreia, China, EUA e Japão. A Alemanha é seguida pela Noruega na sexta posição, enquanto o Reino Unido, a Itália e a França surgem na oitava, nona e décima posição, respectivamente.
Durante os anos de 2015-2016, a encomenda de navios de mercadorias e de offshore teve uma redução dramática, que afectou as grandes nações de construção naval na Ásia, em particular, e colocou grande parte de sua indústria em causa. Em contrapartida, a Europa passou a uma posição mais confortável nos últimos três anos ao analisar o valor de seu caderno de encomendas de construção naval devido à sua concentração em navios especiais de alta tecnologia e alto valor acrescentado. Embora a indústria europeia de equipamentos beneficie dessa situação, também sofre com uma menor procura a partir do Extremo Oriente, e de outras partes do mundo, em resultado da falta de encomendas nessas regiões.
Embora se preveja uma procura de longo prazo por construção naval, para o médio e médio-longo prazo (de 2016 a 2025), é esperado um esmorecimento da necessidade de novas construções para a maioria dos tipos de navios de mercadorias. De acordo com o estudo, os próximos 10 anos determinarão se a indústria europeia de construção naval e cadeia de abastecimentos marítimos poderá sobreviver e crescer ou diminuirá e falhará. Os movimentos estratégicos dos países estrangeiros em relação às suas próprias indústrias de construção naval e equipamentos marítimos, caracterizados por requisitos de conteúdo mais locais, políticas nacionais mais protectoras de construção naval, mais apoio financeiro e subsídios, e a implementação desigual de regulamentos ambientais, irão criar desafios ainda maiores para o sector de tecnologia marítima da Europa.
Sem uma estratégia industrial holística, especificamente concebida para a indústria de tecnologia marítima europeia, destinada a apoiar o crescimento industrial por medidas concretas, a sobrevivência futura da indústria poderá estar seriamente em risco, afirma-se no relatório. Estrategicamente, o estudo também destaca que o sector europeu de tecnologia marítima é necessário para manter, num mundo geopolítico em mudança, o controlo do domínio marítimo para garantir a defesa e segurança da Europa e dos seus cidadãos.
O estudo foi produzido pela BALance Technology Consulting por solicitação da Comissão Europeia.
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A capacidade global de transporte de contentores ultrapassa a barreira dos 21m TEU

A frota de porta-contentores global atingiu os 21 milhões de TEUas de capacidade neste mês, no entanto, o crescimento da frota (em nº de navios) tem diminuído de acordo com a Alphaliner.
A empresa analista de mercado disse no seu boletim informativo semanal que a frota mundial de porta-contentores atingiu os 21 milhões de TEUs no 2 de Novembro deste ano, cerca de 22 meses depois de ser atingida a marca dos 20 milhões. Este facto demonstra uma desaceleração acentuada do crescimento geral da capacidade da frota, que atingiu uma média de 1 milhão de toneladas a cada 12-13 meses, entre 2000 e 2015.
O aumento do desmantelamento no período compreendido entre Agosto de 2016 e Fevereiro deste ano foi o principal responsável pelo crescimento mais lento, tendo a frota contraído, ligeiramente, durante esse período – foram desmanteladas cerca de 501 mil TEUs, contra a integração de apenas 430.000 TEU de nova tonelagem.
Atendendo à tonelagem encomendada, a marca dos 22 milhões deverá ser alcançada nos próximos 12 meses, devido à entrega de mais de 80 navios (entre os 10.000 e os 21.000 TEU) durante o próximo ano.
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21 de novembro de 2017

Lançado seguro de risco de guerra por sindicato asiático

A seguradora Asia Insurance Co. Ltd., com sede em Hong Kong, lançou uma nova instituição de seguro marítimo, o Hong Kong China War Risk Syndicate (HKCWRS), para permitir a protecção dos proprietários de navios chineses e asiáticos dos riscos de guerra e pirataria. O seguro cobre cascos marítimos por actos de guerra e pirataria com limite máximo por casco de US $ 100 milhões. O sindicato criado é apoiado pela Ásia Insurance, participada da Ásia Financial Holdings Limited de Hong Kong. Está disponível para os armadores em Hong Kong, China, mais todos os navios da bandeira asiática, possuídos, administrados ou fretados.
Esta apólice de risco de guerra não cobre, apenas, perdas provocadas por bombas e mísseis, além de não requerer uma declaração formal de guerra. Inclui os riscos de rebelião, insurreição, minas abandonadas e ataques com torpedos, agitação civil, confisco, restrição e detenção por um poder dominante.
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Damen lança à água navio de pesquisa pesqueira de Angola (com vídeo)

A 9 de Novembro, a Damen Shipyards Galati lançou à água um navio de pesquisa pesqueira (FRV) encomendado pelo Ministério das Pescas Angolano. A embarcação, chamada Baía Farta, foi patrocinada por Dra. Isabel Cristóvão, directora de Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística.
O Ministério da Pescas da República de Angola é um cliente de longa data da Damen, tendo previamente recebido a entrega de dois navios de inspecção de pesca de 62 metros e um FRV menor. Este novo navio possui uma série de características de última geração.
O FRV tem notação de classe silenciosa A / F / R. Nele é dada uma atenção especial à concepção, construção e equipamento, com o objectivo de minimizar o ruído e a vibração, tanto a bordo como abaixo da linha de água.
Este navio de pesquisa pesqueira é adequado para vários fins, que inclui operações hidrográficas, pesquisas acústicas, redes de arrasto pelágico e demersal, plancton, análise à água, amostragem ambiental e geográfica, recuperação de óleo e operações de reboque de emergência.
O director comercial da Damen, disse: “Este navio representa o futuro da pesquisa pesqueira, com tecnologias de ponta para tornar as operações sustentáveis ​​e confortáveis. Ele permitirá que o Ministério das Pescas Angolanas realize pesquisas nas suas áreas de pesca que irão ajudar a desenvolver e preservar a indústria e o meio ambiente do país”.
Fonte + Vídeo

O primeiro comboio bloco Damco China-Europe chega no horário a França

A Damco, fornecedora global de logística de transporte e de serviço de gestão da cadeia de abastecimentos, iniciou hoje uma nova fase no seu serviço ferroviário com uma chegada segura e dentro do horário estabelecido, a França, do seu primeiro serviço de comboio em bloco da China. O serviço, que transportou mercadorias para o Decathlon, uma das principais empresas de equipamentos desportivos a nível mundial, partiu de Wuhan, na província chinesa de Hubei, a 28 de Outubro último.
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Estudante português caiu de navio cruzeiro e está desaparecido no Báltico

Um jovem português, de 21 anos, está desaparecido depois de ter caído de um navio cruzeiro no Mar Báltico, avança a TVI.
Segundo avança a estação de televisão, o jovem, Diogo Penalva, desapareceu na madrugada da passada segunda-feira, dia 13 de Novembro, quando seguia a bordo do cruzeiro “Silja Serenade”, que faz a rota entre Helsínquia, capital da Finlândia, e Estocolmo, capital da Suécia.
Como conta o Noticias ao Minuto, o jovem terá caido de uma altura de cerca de 30 metros, depois sair de uma discoteca no cruzeiro.
As buscas começaram imediatamente a ser efectuadas pelas autoridades mas foram, até ao momento, inconclusivas.
Diogo Penalva, de 21 anos, estava a viver na Estónia, e a estudar na Tallinn University of Technology, por estar a realizar o programa Erasmus. É aluno de Finanças e Contabilidade no ISCTE.

As autoridades da Finlândia estão a investigar. O pai do jovem já está na Finlândia.