27 de setembro de 2018

Sea Shepherd oferece um milhão de euros às Ilhas Faroé

A Sea Shepherd UK ofereceu às Ilhas Faroé um milhão de euros distribuídos pelos próximos 10 anos se parar com as suas actividades baleeiras, localmente denominadas de grindadráp.
Nos últimos 10 anos, um total de 7.744 pequenos cetáceos de cinco espécies diferentes (58.897 cetáceos de pelo menos seis espécies nos últimos 50 anos) foram mortos nos períodos grindadráp das Ilhas Faroé, diz a Sea Shepherd.
O valor de um milhão de euros será pago em 10 parcelas no final de cada ano civil por 10 anos com a primeira parcela de 100.000 Euros em 1º de Janeiro de 2020. Cada pagamento só será feito se nenhum cetáceo for deliberadamente caçado e morto nas Ilhas Faroé, nos 12 meses anteriores. A oferta é feita sob a condição de que o dinheiro seja gasto nas Ilhas Faroé nos seguintes projectos:
1. Promover o turismo ecológico para as Ilhas Faroé
2. Estabelecimento de empresas cooperativas de observação de baleias / golfinhos em pequenas comunidades ao redor das Ilhas Faroé
3. Fornecimento de material didáctico ou palestras especializadas às crianças das ilhas Faroé sobre conservação marinha
4. Formação para os cidadãos das Ilhas Faroé em técnicas de resgate de mamíferos marinhos para que os cetáceos encalhados possam ser salvos sempre que possível
A oferta foi feita, directamente, ao governo das Ilhas Faroé a 25 de Setembro.
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A ExxonMobil tem nova unidade de produção de combustíveis de baixo teor

A ExxonMobil informou que arrancou, no Texas, com uma nova unidade para aumentar a produção de combustíveis de ultra baixo teor de enxofre em cerca de 45.000 barris por dia. A nova unidade conta com um sistema patenteado de catalisadores para remover o enxofre e atender às especificações da Agência de Protecção Ambiental dos EUA.
A nova unidade visa produzir produtos mais limpos e de maior valor acrescentado, com recurso a catalisadores e processos inovadores.
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Os depuradores farão sentido daqui a meia dúzia de anos?

Daqui a alguns anos, pode ser difícil conseguir combustível para o qual os purificadores foram idealizados e que muitos armadores pensam instalar.
Daqui a cinco ou seis anos, pode ser completamente inútil ter um depurador instalado num qualquer navio já que, muito provavelmente, será muito difícil obter a mistura de combustível pesado tradicional, para a qual os armadores pretenderam instalar esta tecnologia.
Quando a directiva global sobre enxofre entrar em vigor no 1º de Janeiro de 2020, os armadores enfrentam a opção de navegar com combustível de baixo teor de enxofre (inferior a 0,5%), ou instalar depuradores que possam limpar o enxofre das emissões dos navios
O argumento dado pelos analistas que apoiam a instalação de depurador em vez de abastecer combustível com baixo teor de enxofre, tem sido a grande economia que pode ser obtida navegando com combustível com alto teor de enxofre. Dizem eles, que a diferença de preço entre os dois tipos de combustível será tão grande que fará sentido financeiro usar o HFO.
No entanto, esta opção poderá representar uma solução financeiramente sustentável apenas a curto prazo. A partir de 2020, poderá não ser lucrativo para as refinarias produzirem o HFO, com alto teor de enxofre. Diminuindo, drasticamente, a procura a partir de 1 de janeiro de 2020 e imediatamente antes dessa data, o preço do óleo combustível pesado cairá significativamente. Embora possa parecer bom para os armadores, as refinarias que o produzem perderão muito dinheiro. E nós sabemos como funcionam estes gigantes da indústria: ao perderem incentivo do preço – as refinarias teriam de perder muito dinheiro para o produzir – simplesmente, acabarão por parar de o produzir.
Por outro lado, a tecnologia empregue nestes equipamentos de purificação do ar de evacuação poderão ter uma vida útil de até 10 anos, pela simples razão de que alta acidez produzida na água de lavagem, colocará a fiabilidade e o bom funcionamento em causa – pode ler-se num relatório técnico da Intertanko. Estes dois factos estão a pôr toda a indústria à beira de um ataque de nervos.
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26 de setembro de 2018

Maersk reforça as regras sobre produtos perigosos

Após o trágico incêndio no Maersk Honam no início deste ano, que provocou cinco mortos, a Maersk Line tem novas directrizes para a estiva de cargas perigosas em todos os 750 navios da frota.
O conjunto de regras Estiva de Mercadorias Perigosas Baseada no Risco foi desenvolvido com o objectivo de minimizar o risco para a tripulação, carga, meio ambiente e navio em caso de incêndio.
Os incêndios em contentores, como o ocorrido no Mearsk Honam, têm sido um flagelo, levando à perda de vidas e a sérios danos aos navios. Os incêndios também são extremamente difíceis de extinguir e, no caso do Maersk Honam, embora a tripulação tenha activado o sistema interno de CO2, este não apagou o incêndio.
A Maersk avaliou mais de 3.000 números da ONU para cargas perigosas e convocou um workshop com a sociedade classificadora ABS e outras partes interessadas do sector para validar as novas directrizes.
De acordo com elas, as cargas cobertas pelo código IMDG não serão mais estivadas próximas ao casario nem à instalação principal de propulsão, sendo que abaixo do convés e no meio da embarcação apenas existirão áreas consideradas como de baixa tolerância.
A Maersk também está a rever as suas políticas de regras de aceitação de cargas de produtos perigosos.
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Parlamento Europeu apoia remoção de barreiras fiscais à energia para navios

Os portos europeus congratulam-se com o apoio explícito do Parlamento na remoção de barreiras fiscais à energia a fornecer aos navios quando atracados.
A Comissão de Transportes do Parlamento Europeu apoiou ontem a remoção de barreiras fiscais ao fornecimento de electricidade do lado terrestre (alternative marine power ou “cold ironing”), a navios atracados em portos.
O relatório Ertug sobre a implementação de infraestruturas para combustíveis alternativos na UE, que foi votado pelo Comité dos Transportes, salientou que a tributação tem um impacto importante na competitividade dos preços dos combustíveis alternativos e sublinhou que as disparidades na tributação da energia para abastecimento de navios a partir de terra devem ser abordados.
Os portos europeus saúdam a votação no Parlamento e acreditam que a tributação sobre a energia (electricidade) tem sido uma barreira significativa para a não utilização de electricidade de terra pelos navios, sendo muitas vezes a razão pela qual ela não se torna comercialmente vantajosa.
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Oil Tanker Spill Statistics 2017

A International Tanker Owners Pollution Federation (ITOPF mantém um banco de dados permanente sobre derrames de óleo de navios-tanque, incluindo navios de carga combinada, FPSOs e barcaças, além de informações sobre derrames acidentais de hidrocarbonetos persistentes e não persistentes desde 1970, excepto os resultantes de actos de guerra. Os dados mantidos incluem a localização e a causa do incidente, a embarcação envolvida, o tipo de óleo derramado e a quantidade do derrame.
Em 2017, foram registados dois grandes derrames (acima das 700 toneladas) e quatro médios (entre 7 e 700 toneladas).
O primeiro grande derrame ocorreu em Junho, quando um petroleiro afundou no Oceano Índico com mais de 5000 toneladas de óleo a bordo. O segundo incidente envolveu um navio-tanque que afundou na costa da Grécia em Setembro, espalhando cerca de 700 toneladas de petróleo.
O volume total de petróleo perdido para o meio ambiente registado em 2017 foi de aproximadamente 7.000 toneladas, a maioria do qual pode ser atribuído ao acidente ocorrido no Oceano Índico.
Para mais detalhes, clique neste LINK para baixar o relatório completo.

25 de setembro de 2018

Gregos tentam inverter desmotivação profissional pelo Mar

O novo ano escolar na Grécia, iniciado há dias, acolheu o primeiro liceu profissional privado, para adolescentes de 14 a 17 anos, na ilha de Chios, com o objectivo específico de direccionar a juventude para as profissões marítimas, tentando voltar à gloriosa tradição marítima da ilha.
Há muito que a Ilha de Chios fornece à Grécia capitães, engenheiros, marinheiros e armadores, um dos quais, o capitão Panagiotis Tsakos, criou a Fundação Maria Tsakos, que agora financia o primeiro liceu profissional privado da Grécia, orientado para a educação marítima, a Escola Náutica de Ensino Melhorado Tsakos (TEENS ).
A TEENS abriu com uma 1ª turma de 20 alunos, mas tem capacidade para receber até 60 alunos em todas as três séries do ensino médio grego. Embora ofereça as mesmas oportunidades que os liceus profissionais do Estado Grego, com acesso às universidades, a nova escola tem o “extra” de providenciar aos estudantes a oportunidade de trabalharem como estagiários no grupo diversificado Tsakos, se assim o desejarem.
Na verdade, a Ilha de Chios está a transformar-se num centro internacional de pesquisa e educação. O objectivo do TEENS é reverter a tendência do número de oficiais gregos embarcados na Grécia, país que se orgulha da sua grande tradição marítima e vê com preocupação a diminuição do número de profissionais marítimos gregos.
O novo liceu também empregará uma aplicação pioneira de e-learning desenvolvida na Grécia, o SQLearning, que permite a cooperação ideal entre professores, alunos e pais. O Sr. Belegris (presidente da Fundação) disse que o objectivo da mesma é melhorar a educação marítima na ilha e, em geral, na Grécia, sabendo-se que cerca de 20% da frota mercante global pertence a armadores gregos.
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Publicada edição de Outono da revista IMO NEWS

Com vários artigos técnicos de interesse para todos os que olham e conhecem a indústria marítima mundial, pode ser lida e descarregada a partir desta ligação de internet: IMO News

Mais empresas anunciam a introdução de nova sobretaxa global de combustível

Depois de deixar a Maersk assumir o ónus da ira dos transportadores na última semana, as segundas e terceiras maiores linhas de contentores do mundo vêm, agora, revelar que também pretendem fazer com que os clientes paguem para sua conformidade com o limite de enxofre no combustível. Tanto a Mediterranean Shipping Company (MSC) como a CMA CGM anunciaram que vão introduzir uma nova sobretaxa global de combustível a partir do 1º de Janeiro de 2019.
Estas duas linhas afirmaram esperar custos adicionais estimados, para reduzir as emissões de enxofre na navegação de acordo com a nova regra OMI, entre US $ 3.000 milhões (CMA CGM) e US $ 2.000 milhões (MSC).
Estes anúncios chegam 15 meses antes do início oficial das novas regras da Organização Marítima Internacional, que exigem que as emissões de enxofre do combustível passem de 3,5% para 0,5%.
Apesar da forte contestação corporizada pela Global Shippers Forum (GSF), que no final de semana criticava a medida anunciada pela Maersk (na altura, a única a assumir o novo BAF), na verdade restam poucas alternativas às empresas operadoras do transporte marítimo contentorizado, do que não fazerem os clientes suportar parte dos custos. A 15 meses das novas regras entrarem em execução, não é líquido que a indústria de refinação venha a garantir misturas compatíveis de combustível em quantidade necessária, nem em que portos e, muito menos, a que preço.
Por outro lado, fazer o “retrofit” dos navios com os chamados depuradores de gases de emissão é uma opção caríssima – com amortização não garantida e a obrigação de “paragem obrigatória do navio em estaleiro por algumas semanas.
A terceira opção – e, provavelmente, a que terá adeptos – será a utilização do diesel durante toda a passagem marítima, que a preços actuais, pode quintuplicar os custos de operação dos navios.
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Navio da Maersk Line detido na Tunísia por causa do Honam

A Maersk, a maior empresa de transporte marítimo de contentores do mundo, confirmou que um de seus navios foi detido no porto de Sfax, na Tunísia, as 10 de Setembro devido a uma disputa de seguro relacionada com o incidente de incêndio do Maersk Honam, em Março.
De acordo com fontes de informação local, o navio porta-contentores Alexander Maersk, de 1.068 TEU, chegado a Sfax em 8 de Setembro, ficara detido por alegadas reclamações dos transportadores tunisianos sobre as perdas de carga sofridas pelo incêndio no Maersk Honam, e que ahvia levado a empresa a decretar a figura de avaria geral (ou comum).
Agora, a empresa vem dizer que vai cooperar com todas as autoridades relevantes para resolver o problema.
O Alexander Maersk já havia atraído a atenção da informação mundial em Junho, quando resgatou 113 migrantes de um barco a naufragar no sul da Itália.
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24 de setembro de 2018

Revogado registo de bandeira ao Aquarius 2

A Autoridade Marítima do Panamá revogou o registo do navio de busca e salvamento 'Aquarius 2', a única embarcação de resgate de ONG ainda em actividade no Mar Mediterrâneo central. Isso significa que, a partir de agora, não haverá outros navios de resgate de beneficência ao largo da costa líbia, a menos que o navio possa encontrar uma nova bandeira para navegar.
A embarcação está, actualmente, a navegar com 58 migrantes a bordo, mas a decisão da Autoridade do Panamá (PMA) significa que, logo que o navio aporte, não poderá operar novamente a menos que encontre uma nova bandeira, segundo a Reuters.
Numa declaração oficial feita pela mídia social, a SOS Mediterranee, uma das instituições de beneficência que opera o Aquarius, disse que o governo italiano terá pressionado o Panamá para impedir os resgates do navio na rota marítima mais perigosa do mundo e exigiu que os governos europeus permitam que o navio “continue a sua missão”.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, disse que o governo italiano não influenciou ou fez pressão sobre o Panamá. O governo italiano já havia fechado os seus portos aos navios humanitários que resgatavam migrantes da Líbia. Assim, não será autorizada a entrada de navios de resgate com bandeira estrangeira nos portos italianos.
Matteo Salvini disse, ainda, que o Aquário 2 havia impedido o trabalho da guarda costeira da Líbia, ignorando as instruções e a revogação do registo, pelo que as autoridades consideram estar o navio a operar ilegalmente.
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A Europa tem capacidade para reciclar todos os navios da UE

De acordo com um novo estudo da International Ship Recycling Association (ISRA), a Europa tem capacidade mais do que suficiente para reciclar navios com bandeira da EU.
No final deste ano, entrará em vigor um novo regulamento de reciclagem de navios da UE, que estipula que a capacidade de reciclagem para reciclar navios com bandeira da UE deve ser de 2,5 milhões de toneladas.
A análise dos dados históricos da ISRA mostra que a quantidade de navios em fim de vida útil com pavilhão da UE nos últimos oito anos diminuiu de uma média de 750.000 para 450.000 ldt por ano. A actual capacidade da UE listada para reciclar navios é de 1,3 milhões de t, o que a ISRA acredita ser suficiente para lidar com a procura esperada do fim da vida útil da UE.
Além disso, estará já disponível, no próximo ano, uma capacidade adicional de cerca de 0,5 milhões de ldt.
O novo estudo da ISRA, agora apresentado, também desmente opiniões de que os estaleiros de reciclagem europeus não podem lidar com os maiores navios, lembrando que há uma série de grandes estaleiros na Turquia.
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Contabilidade do naufrágio na Tanzânia atinge os 224 mortos

Pelo menos 224 pessoas morreram este sábado na sequência de um naufrágio no lago Vitória, a sudoeste da Tanzânia. O número de vítimas foi avançado pelo ministro dos Transportes, Isack Kamwelwe, citado pela rádio pública.
A embarcação MV Nyerere naufragou na quinta-feira no lago Vitória, a cerca de 50 metros do local onde supostamente iria atracar. O balanço inicial, que apontava para 170 mortos e 41 sobreviventes, veio-se a mostrar demasiado optimista.
O navio estava a operar muito acima da sua capacidade máxima. Nesta viagem estavam 400 passageiros a bordo, quando a capacidade máxima seria de 100 pessoas e 25 toneladas de carga.
John Magufuli, presidente da Tanzânia, já enviou as condolências às famílias das vítimas mortais e uma rápida recuperação aos feridos que foram hospitalizados.
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23 de setembro de 2018

Apreensão de drogas a bordo de navio de carga geral no Canadá

Um membro da tripulação de Jacqueline C, um navio de carga geral de propriedade da Carisbrooke Shipping, foi preso pelas autoridades canadianas durante uma apreensão de drogas em Valleyfield, no Canadá.
As autoridades canadianas identificaram o conteúdo dos sacos como cocaína, e detiveram um membro da tripulação, um cidadão filipino, que se encontra sob custódia das autoridades, aguardando investigação.
"A Carisbrooke Shipping tem tolerância zero às drogas e está a cooperar totalmente com as autoridades canadenses", segundo comunicado da empresa.
O navio não foi preso, tendo sido autorizado a retomar a sua viagem com os tripulantes restantes a bordo.
O Jacqueline C, é um navio de carga geral de 12.914 dwt com bandeira do Reino Unido, construída em 2009, que navegava de Linden, na Guiana, para o Canadá, quando a inspecção ocorreu.
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Piratas nigerianos sequestram 12 tripulantes de navio suíço

Uma companhia de navegação suíça informou que um dos seus navios (graneleiro) fora alvo de ataque piratas na costa da Nigéria e que 12, dos seus 19 tripulantes, haviam sido sequestrados.
A Massoel Shipping, com sede em Genebra, disse que o MV Glarus foi alvo de ataque no início do sábado, após ter partido de Lagos para Port Harcourt, com uma carga de trigo. Num comunicado às redacções enviado por e-mail, no domingo, afirma-se que os piratas terão embarcado no navio com recurso a longas escadas, e cortaram o arame farpado no convés para, assim, chegar à ponte.
A companhia acrescentou que, depois de destruir grande parte do equipamento de comunicações do navio, o grupo assaltante partiu com 12 tripulantes. Informaram, ainda, que foram colocados a bordo um piloto e oficiais navais a bordo com vista à segurança do navio, e que a empresa, os seus representante e autoridades estão a envidar todos os esforços tendo em vista "a libertação rápida e segura" da tripulação capturada.
Já, durante a semana, se haviam registado vários incidentes de pirataria na região, tendo o mais grave ocorrido contra um navio tanque de produtos da Scorpio Tankers.
Neste incidente, o STI Hammersmith, foi atacado por um grupo de piratas armados na segunda-feira enquanto estava em um ancoradouro na costa da Guiné, na África Ocidental. O Centro de Relatórios de Pirataria do IMB informou que o petroleiro estava ancorado no ancoradouro de Conacri quando foi abordado por quatro ladrões armados na madrugada de 18 de Setembro.
Durante o ataque, os piratas dispararam contra as janelas da ponte e conseguiram acesso aos alojamentos, tendo a tripulação recuado para a cidadela do navio. Em virtude disso, os piratas saquearam os camarotes e fugiram com pertences pessoais. Um barco da marinha chegou mais tarde para prestar assistência.
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Pelo menos 42 mortos no Lago Victoria devido a naufrágio

Pelo menos 42 pessoas morreram afogadas quando um ferry afundou, junto ao cais, no Lago Vitória, na quinta-feira. As autoridades do governo da Tanzânia temem que o número final de mortos possa ser superior a 200, segundo os mídia locais.
Um oficial superior do distrito de Ukerewe, disse à Reuters que a missão de resgate para encontrar sobreviventes do desastre tinha sido suspensa na sexta-feira.
As estimativas iniciais afirmam que o ferry "Nyerere", devia transportar mais de 300 pessoas, muito para além da sua lotação. O número exacto de pessoas a bordo é incerto, já que a pessoa que distribuiu os bilhetes se afogou e a máquina que registou os dados não foi recuperada.
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18 de setembro de 2018

Novo factor de ajuste de combustível (BAF) apresentado pela Maersk

A partir de 1 de janeiro de 2020, um novo regulamento IMO entrará em vigor para reduzir a poluição do ar provocada pelos navios em todo o mundo. Enquanto hoje os navios podem usar combustível com até 3,5% de teor de enxofre (fora das Áreas de Controlo de Emissões), o novo limite global de enxofre será de 0,5%.
Assim, a Maersk antecipa-se e procura incorporar uma participação imputada aos clientes nesse esforço de readaptação e configuração técnica dos seus navios. A tarifa de ajuste – BAF, Bunker Adjustement Factor - está pensada para recuperar os custos relacionados à adaptação ao novo combustível, e será cobrada separadamente do frete marítimo base, já que o custo do combustível é uma parte muito significativa e volátil dos custos de transporte.
O novo BAF tem por base uma fórmula com um factor de negociação e o preço do combustível:
Preço do combustível x factor de negociação = BAF
O preço do combustível é calculado, então, sobre o preço médio do combustível nos principais portos de embarque em todo o mundo, enquanto o factor comercial reflectirá o consumo médio de combustível num determinado tráfego em resultado de variáveis como tempo de trânsito, eficiência de combustível e desequilíbrio comercial (mais, ou menos, vazios).
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Wärtsilä ganha encomenda dos primeiros navios propulsionados apenas a GPL

A Wärtsilä fornecerá um sistema integrado de manuseio de carga e gás combustível para dois novos navios de transporte de gás para a Exmar. Os navios vão transportar GLP e serão os primeiros navios capazes de funcionar apenas com recurso a GLP.
O sistema é controlado por um sistema de automação integrado em combinação com o software de análise de processos remotos da Wärtsilä. Este sistema visualiza dados dos controlos de navegação e de comunicação da ponte, da sala de máquinas e do centro de controlo de carga.
Este sistema visa garantir alta eficiência energética com menores emissões de carbono, fornecendo um Índice de Design de Eficiência Energética (EEDI) positivo para os novos navios.
A Wärtsilä também fornecerá um inovador sistema de vedação (bucim) antipoluição do veio do hélice, permitindo evitar passagem de óleo para o mar.
Espera-se que o equipamento Wärtsilä seja entregue em meados de 2019 e os navios entregues no final de 2020.
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ICS lança guia de conformidade com regras de enxofre no combustível

Para ajudar as empresas de transporte marítimo a se prepararem para a implementação da IMO do limite de enxofre global para o óleo combustível dos navios, a Câmara Internacional de Navegação (ICS) produziu algumas orientações para ajudar a garantir a conformidade junto da indústria naval.
A nova orientação do ICS explica que o processo de implementação deve abordar a possibilidade de que alguns navios possam precisar transportar e usar mais que um tipo de combustível compatível para operar de forma global. Isto poderá levantar maiores desafios, como a compatibilidade entre os diferentes graus de combustível disponíveis, o que poderá ter implicações significativas para a segurança do navio, bem como para a sua operação comercial.
A CS também destacou que o quadro completo de implementação está longe de se encontrar completo e que a principal responsabilidade é assegurar que os combustíveis compatíveis estarão disponíveis nos fornecedores de bancas, bem como nos Estados Membros da OMI que concordaram em implementar essa importante alteração regulatória. em 2020.

A publicação ICS é gratuita e foi preparada para a grande maioria dos navios que cumprirão a partir de 1 de janeiro de 2020 a obrigação de usar óleos combustíveis com um teor de enxofre máximo de 0,50% m / m, ou menor.
Como explicou o Secretário-Geral da ICS, Guy Platten, as companhias de navegação podem precisar começar a encomendar combustíveis compatíveis a partir de meados de 2019, e são altamente recomendados para começar a desenvolver planos de implementação o mais rápido possível.
Será, ainda, especialmente importante, a existência de combustíveis seguros e compatíveis estarem disponíveis em alguns dos maiores portos durante as primeiras semanas de implementação.
Finalmente, a associação pediu mais progresso por parte dos governos para abordar questões de segurança pendentes, incluindo sérias preocupações sobre a qualidade do combustível das novas misturas de óleos, na próxima reunião do Comité de Segurança Marítima em dezembro de 2018.
No dia 26 de Setembro, já na próxima semana, o COMM – Clube de Oficiais da Marinha Mercante apresenta e leva a debate um Seminário sobre a matéria, apresentado pelo Sr. Eng.º Maquinista da M. M. João Emílio, uma problemática demasiado importante e que não pode ser ignorada. O 1º de Janeiro de 2020 está já aí!
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Pode descarregar aqui a publicação em PDF.

A captura global anual de tubarão excedeu um milhão de toneladas

A pressão da pesca sobre as populações ameaçadas de tubarão aumentou dramaticamente nos últimos anos e é urgente que os consumidores rejeitem completamente os produtos de barbatana de tubarão, afirma um novo estudo da Universidade de Hong Kong.
Os dados sugerem que as capturas globais de tubarão agora excedem um milhão de toneladas por ano, mais do dobro da praticada há seis décadas. Essa sobre-exploração ameaça quase 60% das espécies de tubarões, “a maior proporção entre todos os grupos de vertebrados”, segundo a professora da Faculdade de Ciências Biológicas da HKU, Yvonne Sadovy, principal autora do estudo.
O porto de entrada para cerca de metade de todas as barbatanas de tubarão secas vendidas oficialmente no mundo é Hong Kong, tendo vindo a passar por ele 6 mil toneladas por ano nos últimos anos. Um estudo de 2017 mostrou que 33% das barbatanas de tubarão encontradas à venda nas lojas de frutos do mar secos de Hong Kong eram de espécies listadas como ameaçadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Estima-se que apenas 12% da pesca de tubarões sejam consideradas, potencialmente, sustentáveis, o que indicia que 25.000 toneladas de barbatanas secas (ano) têm origem em práticas de pesca insustentáveis, a maio parte delas ilegais. Distinguir as espécies das quais as barbatanas são originárias pode ser extremamente difícil, já que a mistura de capturas é uma prática comum que dificulta os esforços de rastreabilidade, sendo que muitas barbatanas parecem semelhantes.
Esta indústria pirata e bárbara de pesca de barbatana de tubarão e a mistura das capturas tendem a ocorrer em mar aberto e zonas remotas do planeta, onde há pouca ou nenhuma supervisão. Além disso, as autoridades de alguns desses países têm demonstrado pouco interesse no controlo do comércio ilegal de animais selvagens, incluindo as barbatanas de tubarão.
Por outro lado, uma grande proporção de barbatanas provém de tubarões capturados como capturas acessórias: por exemplo, os tubarões compreendem mais de 25% do total de capturas em navios de pesca de atum e espadim em vários países.
Fonte

15 de setembro de 2018

ONU Sec. Geral: Mudança climática perto do "ponto sem retorno"

O mundo corre o risco de ultrapassar o ponto sem retorno sobre as mudanças climáticas. Isso teria consequências desastrosas para as pessoas em todo o planeta e para os sistemas naturais que as sustentam, advertiu o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na segunda-feira.

O compromisso feito pelos líderes mundiais no Acordo de Paris há três anos para impedir que a temperatura subisse até 2 graus Celsius e trabalhar para manter o aumento o mais próximo possível de 1,5 grau Celsius.
Guterres disse, ainda, não ser verdade que combater a mudança climática seja caro e possa prejudicar o crescimento económico. No momento, destacou os enormes custos económicos das consequências das alterações climáticas e apontou as imensas oportunidades que se nos apresentam pela correcção climática.
Especificamente, observou que a correcção climática e o progresso socioeconómico se apoiam mutuamente, com ganhos de 26 triliões de dólares previstos até 2030, em comparação com o procedimento económico actual.
Na verdade, o abastecimento de água e saneamento amigos do ambiente poderão salvar as vidas de mais de 360 ​​mil bebés a cada ano, o ar limpo tem vastos benefícios para a saúde pública e na China e nos Estados Unidos, os novos empregos resultantes das energias renováveis superam os criados no sector de petróleo e gás.
Continuando, o Secretário-Geral das Nações Unidas mencionou que as nações mais ricas do mundo são as mais responsáveis ​​pela crise climática, embora os efeitos sejam primeiro sentidos (e pior) pelas nações mais pobres e mais vulneráveis.
Finalmente, Guterres anunciou que em setembro de 2019, irá convocar uma Cimeira do Clima para levar a acção climática ao topo da agenda internacional.
 Fonte

14 de setembro de 2018

Obras de aprofundamento do porto de Setúbal prontas em maio

As obras de alargamento do porto de Setúbal vão ficar concluídas em maio de 2019, prevê o governo. A intervenção irá incidir nos canais da Barra e Norte, alargando-os e permitindo, assim, o acesso ao Porto de Setúbal de "navios maiores e mais modernos", melhorando, igualmente, a navegabilidade e a segurança da navegação.
As obras, que vão rondar os 24,5 milhões de euros - 14,8 milhões são verbas comunitárias – estão a provocar polémica junto de associações ambientalistas, que ponderam recorrer aos tribunais por, na sua opinião, as dragagens virão a provocar o desaparecimento de praias e trazer riscos para a vida marinha do Sado.
Fonte

MSC ilibada no acidente do MSC Flaminia ocorrido há 6 anos

O Tribunal Distrital de Nova York decidiu a 10 de setembro que a MSC não é responsável pela explosão e pelas perdas resultantes do incêndio do MSC Flaminia em julho de 2012, que matou 3 tripulantes, endereçando as culpas pelo acidente às Daltech (exportador) e Stolt (carregador).
A Daltech fabricou o DVB80, o produto químico que viajava num contentor a bordo do MSC Flaminia, que se inflamou e levou à explosão e subsequente incêndio.
A Stolt contratou o transporte no Flaminia sendo responsável pelo transporte do DVB80 para o Terminal de Nova Orleans (NOT).
Segundo o tribunal, existe prova factual de que a Deltech violou vários deveres de cuidado de acordo a legislação marítima geral COGSA e os princípios de responsabilidade civil. A Deltech violou as suas obrigações ao permitir que uma remessa de DVB80 fosse reservada para embarque e saída do NOT em junho, tendo agravado esse erro ao permitir o enchimento antecipado dos Tanques I, J e K. Também não tomou as medidas que deveria para garantir a medição da a temperatura dos contentores ISO antes de os carregar no Flaminia, ou tê-los recolhido antes do embarcar no navio.
O tribunal observou que a Stolt tem 45% de responsabilidade, enquanto a Deltech é responsável por 55%. Assim, a responsabilidade financeira pela perda de carga foi atribuída a ambas.
Quanto ao MSC, o tribunal decidiu que não há prova factual suficiente de violação do dever de cuidado por parte da MSC, seja em relação à supervisão do NOT, estiva a bordo do Flaminia ou movimentação geral da carga de DVB e DPA até ao navio.
O Tribunal constatou que a explosão foi o resultado da auto-polimerização descontrolada da carga composta por divinilbenzeno a 80% (DVB80), armazenado dentro de um dos porões.
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Cachalote com mais de 15 metros arrojado perto da ponte Segovia

Animal apareceu no rio, perto da ponte Segovia, mesmo no centro da capital espanhola.
Na manhã desta sexta-feira, os madrilenos ficaram surpreendidos ao acordar, uma vez que se depararam com um cachalote de cerca de 15 metros em pleno rio de Madrid. No entanto, tudo não passava de um simulacro, integrado numa intervenção artística.
A intervenção leva a cabo uma escultura hiperrealista de um cetáceo, que estará no local até domingo, dia 16 de Setembro, depois de anteriores visitas a Londres e Paris.
O grupo Captain Boomer – responsável pela intervenção - foi fundado em 2008, e é composto por artistas e cientistas que realizam grandes intervenções em diversas cidades europeias.
O cachalote tem mais de 15 metros e pesa 1.000 quilos, o que representa, à escala real, um macho com 18 anos.
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