Lançado no início de fevereiro durante a European Shipping Week 2020, a ECSA patrocinou uma publicação mais abrangente dos últimos números conhecidos sobre a indústria de navegação marítima europeia, produzida pela Oxford Economics.
O transporte marítimo sempre foi um dos bens mais valiosos da UE a nível económico, social e cultural.
De acordo com as últimas informações de 2018, o transporte marítimo europeu havia contribuído, diretamente, com 54 mil milhões de euros para o PIB da UE. Tendo em conta os efeitos de contágio para outros setores, como a cadeia de abastecimento e os impactos das despesas dos trabalhadores, a contribuição total ascende a € 149 mil milhões. A indústria emprega, de modo direto, 685.000 pessoas e sustenta até 2 milhões de empregos, incluindo o impacto noutros setores.
À luz do Acordo Verde Europeu e, da própria ambição da indústria em descarbonizar, de acordo com a Estratégia Inicial da OMI para Redução das Emissões de GEE dos Navios, adotada em 2018, o transporte marítimo está a fazer progressos constantes na prossecução desses objetivos. Simultaneamente, também enfrenta desafios sem precedentes induzidos por uma perspetiva económica global em queda e pela concorrência desleal do patrocínio estatal por terceiros países.
No final do ano 2020 a frota marítima controlada pela UE era de 23.400 navios, que representavam 810 milhões de toneladas de Porte Bruto (dwt), 550 milhões de toneladas de Arqueação Bruta1 (gt). Este volume bruto representou um crescimento comparado de 51,7% desde 2010, enquanto o crescimento comparável da frota mundial foi de 57,6% nesse mesmo período.
No que respeita à força de trabalho e o seu impacto social e económico, o sector do transporte marítimo é responsável por 685 mil empregos diretos, dos quais 377 mil marítimos. O contributo desta força de trabalho para o PIB da União foi de 54 mil milhões de euros, sendo que o trabalhador comum da UE tem um contributo médio de 63 mil euros, enquanto o do setor marítimo contribui, de modo médio, com 78 mil euros.
Indiretamente, o setor tem um impacto de perto de 57 mil milhões de euros no PIB europeu e 780 mil empregos. Já no que respeita o impacto induzido representa 580 mil empregos e contribui com 38 mil milhões de euros para a riqueza criada na União Europeia.
Do que atrás se infere, conclui-se que o impacto económico total do setor no PIB europeu é de 149 mil milhões de euros, representando, socialmente, o emprego de 2 milhões de pessoas.
De salientar que, por cada 1 milhão de euros do PIB criado pela indústria marítima, outros 1,8 milhões são produzidos noutras áreas da economia da EU.
1. As atuais medidas internacionais de arqueação foram estabelecidas pela Convenção Internacional sobre a Arqueação de Navios, 1969 (ICTM 1969, International Convention on Tonnage Measurement of Ships, 1969), no seio da Organização Marítima Internacional, aplicando-se a todas as embarcações excepto navios de guerra, navios de comprimento inferior a 24 metros e navios que naveguem exclusivamente em certos corpos de água sem acesso ao mar aberto. Entraram em vigor a 18 de julho de 1982 para os navios construídos a partir dessa data e a 18 de julho de 1994 para todos os restantes navios.
Clique aqui para descarregar o Relatório 2020 do “Valor Económico da Indústria de Navegação da EU”, pela Oxford Economics.
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