Um navio turístico híbrido-elétrico pegou fogo na costa sul da Noruega na quinta-feira e, embora as chamas se tenham extinguido, as autoridades locais temem que a situação possa piorar nos próximos dias.
As autoridades disseram que o incêndio eclodiu no compartimento das baterias, na sala de máquinas de estibordo ou próximo dela, a bordo do catamarã de 24 metros MS Brim, operado pela Brim Explorer, na tarde de quinta-feira, quando o navio navegava a oeste da ilha Nordre Søster, ao largo de Fredrikstad, em Østfold. Não havia passageiros a bordo e os quatro tripulantes que operavam a embarcação no momento do incidente puderam desembarcar sem ferimentos.
Na noite de quinta-feira, o navio atingido pelo fogo foi rebocado para um cais em Valløy, Tønsberg, onde os bombeiros locais lutaram contra o fumo e as temperaturas elevadas a bordo por mais de 24 horas.
Embora o fogo tenha sido extinto e as temperaturas deixassem de subir, as autoridades mantêm uma zona de segurança de 300 metros em torno do navio por receio de que as baterias possam explodir. A polícia local também recomenda que as pessoas que moram nas proximidades fechem as janelas.
Tor-Atle Jakobsen, um oficial do Corpo de Bombeiros Intermunicipal de Vestfold, comparou a situação com o ferry híbrido Ytterøyingen, que sofreu uma explosão muitas horas depois de um incêndio ocorrido a bordo, ao largo da Noruega, em 2019.
Construído em 2019 pela construtora norueguesa Maritime Partner, o Brim está equipado com uma unidade energética Corvus ESS com capacidade de 790 kWh, bem como motores a diesel.
"O motor elétrico do barco é alimentado por várias baterias grandes. Existe o risco de o gás, que essas baterias podem desenvolver em caso de sobreaquecimento, se inflamar. O serviço de bombeiros não pode, portanto, descartar a ocorrência de uma explosão e, portanto, fechará interditará a parte sul da península até novo aviso", disse a polícia local em um comunicado à imprensa.
O chefe dos bombeiros adiantou que representantes da companhia de navegação, bem como da sua seguradora e da fornecedora de baterias têm trabalhado ao lado das autoridades para ajudar a resolver a situação.
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