26 de março de 2021

Como vão tentar libertar o Ever Given?

A operação para libertar o gigante porta-contentores encalhado no Canal de Suez continua, com receios de que pode demorar dias, ou mesmo semanas.

O navio tem 400 metros (1.300 pés) de comprimento, e está encaixado diagonalmente no canal que, no local, não tem mais que 200 metros (656 pés) de largura.

Como está firmemente preso em ambas as margens, todos os esforços para o retirar não tiveram sucesso, até agora.

A empresa que faz a gestão do navio, a Bernhard Schulte Shipmanagement (BSM), disse que uma tentativa de fazer reflutuar o navio na sexta-feira falhou, mas que os esforços irão prosseguir.

A empresa diz que mais dois rebocadores devem chegar no domingo para auxiliar na operação.

Os esforços, agora, focam-se no escavar da areia e lama sob a proa do navio. Para isso lançaram mão a uma grande draga de sucção, usada para dragar continuamente o curso do Canal de Suez para o manter navegável, com capacidade de retirar 2.000 metros cúbicos de material por hora.

É a empresa holandesa Boskalis que está a gerir a operação de dragagem, havendo a hipótese de ser alocada uma segunda unidade aos esforços.

No entanto, segundo técnicos, só a dragagem (de per si) poderá não resolver o problema. Poderá levar dias (até semanas) dependendo da situação, para libertar o navio usando uma combinação de dragagem, força de reboque e remoção de peso do navio – combustível, água e, muito mais complicado, carga. Um navio do tamanho do Ever Given pode transportar até 20.000 contentores de vinte pés e uma operação para os remover por guindaste seria altamente desafiante e muito difícil.

Além das dificuldades associadas à obtenção de guindastes adequados suficiente perto do navio, o processo pode causar danos estruturais ao navio e, até mesmo, desequilibrá-lo.

Fonte 


3 comentários:

  1. Como é que encalhou ??? Falha de Máquinas, ou erro do Piloto ????

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  2. É claro que isso será, devidamente, investigado por quem de direito. No entanto, pelos "mentideros diz-se" que sofreu blackout total (máquina e geradores) e estavam numa zona de forte tempestade de areia (muito vento). Como disse, quem de direito há-de tirar a conclusão correta.

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  3. A proa está mais elevada que a ré, para além de estar a adornar. Vai ser um caso bicudo para o transporte maritimo da zona.

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