Com o aliviar da poluição atmosférica, os portos chineses vão
ter de lidar com a enorme acumulação de navios
Ao largo de portos importantes como Tianjin e Caofeidian,
acumula-se um enorme engarrafamento de centenas de navios de carvão e minério
de ferro, coincidindo com a procura de inverno a atingir o seu pico antes dos
feriados do Ano Novo chinês no final deste mês.
Os principais portos chineses do norte suspenderam a
operação de navios, várias vezes, desde 20 de Dezembro, devido à fraca visibilidade
causada pelo smog que cobriu grande parte do norte da China, por várias vezes,
nas últimas semanas.
Esse facto levou a que centenas de navios ficassem fundeados
na Baía de Bohai, à espera de descarga em importantes centros industriais
chineses como Tianjin (perto de Pequim).
Informações disponibilizadas pela Thomson Reuters Eikon mostram
que mais de 100 graneleiros, principalmente com carvão e minério de ferro destinados
às centrais eléctricas e siderúrgicas da China, estão a aguardar fundeados as
operações de descarga no porto de Tianjin e em terminais próximos, em
Caofeidian e Huanghua.
Se incluirmos outros portos do nordeste chinês, como Dalian,
o número de graneleiros que aguardam aumenta para cerca de 300, com as centrais
eléctricas e siderúrgicas a não conseguirem dar resposta à procura por
aquecimento durante a época mais fria do ano.
A espera custa dinheiro
Cada dia extra de espera de um capesize de 180.000 toneladas para descarregar a sua carga de
minério de ferro proveniente da Austrália custa ao afretador cerca de US $
12.000, com base nas actuais taxas de frete, excluindo os custos de salários, combustível
e abastecimentos.
O congestionamento também está a prejudicar a programação
dos carregadores em toda a região da Ásia-Pacífico, já que os navios ficam parados
ao largo dos portos da China por vários dias.
Estes atrasos, que podem atingir as semanas, estão a custar
centenas de milhares de dólares em taxas de frete extra todos os dias.Artigo original
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