Alguém se lembra do “vinho da volta”, que sobrava das
viagens dos navios de pesca de bacalhau? A tradição vai continuar. Três mil
garrafas do Douro vão andar três meses no fundo de um navio até ao Canadá. É o
regresso do "vinho da volta", maturado pelas ondas, na Gafanha da
Nazaré.
A ideia é que o vinho ande três meses a navegar pela Terra
Nova, Canadá, a estagiar no porão da proa do navio, enquanto este pesca o
bacalhau, e volte com características únicas, transformado numa edição de topo,
muito voltada para apreciadores e coleccionadores. Algumas garrafas poderão
aparecer no mercado entre 15 a 20 euros a unidade, lá para Abril, a tempo de
acompanhar o cabrito da Páscoa.
Isto mais não é do que reviver um costume verificado
nos grandes bacalhoeiros que partiam da Gafanha, carregados de sal – para curar
o bacalhau – e de vinho, essencial à tripulação. Geralmente, sobrava. Quando
regressava a terra, o navio trazia o “vinho da volta”, como ficou conhecido, sendo,
por todos, apreciado. Diziam os entendidos, que o líquido voltava melhor do que quando partia.Artigo original
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