12 de janeiro de 2017

Alemães contra os governos asiáticos que intervieram para salvarem firmas marítimas

O governo alemão adoptou uma agenda marítima até 2025, política que foi bem recebida entre os estaleiros navais e empresas de tecnologia marítima.
A Associação Alemã para a Construção Naval e Tecnologia Marítima (VSM) disse que a medida "enfatiza a importância excepcional da economia marítima para o futuro" da economia alemã. No entanto, a VSM aproveitou a oportunidade para condenarem muitos concorrentes asiáticos cujos governos intervieram para salvar as suas empresas marítimas durante a prolongada recessão.
"Devido à grande importância estratégica da economia naval, muitos países têm intervido no mercado em proporções inimagináveis, sempre com novas medidas proteccionistas. Isso tem-se constituído como uma ameaça à bem-sucedida indústria alemã de construção naval. As empresas alemãs, que competem, concorrencialmente e em mercado aberto, com know-how, inovação e novas tecnologias e a mais alta qualidade, vêem-se, cada vez mais, a lutar contra a política industrial de vários países e não apenas contra as empresas individualmente", disse a VSM.
Nota pessoal: as empresas alemãs, autênticos consórcios com as congéneres nórdicas, têm liderado o processo de lobbying nas instâncias políticas europeias na última década, procurando que se publique legislação altamente restritiva às tecnologias tradicionais para favorecimento de soluções técnicas ainda não, claramente, comprovadas. Estão neste caso, por exemplo, as diversas soluções de catalisação e limpeza de gases de escape e de motores que utilizam combustíveis “ditos mais limpos”. Por outras palavras, forçam (em tempo de crise) a alteração das “regras do jogo” para ficarem sozinhas no mercado.
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