O governo alemão adoptou uma agenda marítima até 2025, política
que foi bem recebida entre os estaleiros navais e empresas de tecnologia
marítima.
A Associação Alemã para a Construção Naval e Tecnologia Marítima
(VSM) disse que a medida "enfatiza a importância excepcional da economia
marítima para o futuro" da economia alemã. No entanto, a VSM aproveitou a
oportunidade para condenarem muitos concorrentes asiáticos cujos governos intervieram
para salvar as suas empresas marítimas durante a prolongada recessão.
"Devido à grande importância estratégica da economia naval,
muitos países têm intervido no mercado em proporções inimagináveis, sempre com novas
medidas proteccionistas. Isso tem-se constituído como uma ameaça à bem-sucedida
indústria alemã de construção naval. As empresas alemãs, que competem, concorrencialmente
e em mercado aberto, com know-how,
inovação e novas tecnologias e a mais alta qualidade, vêem-se, cada vez mais, a
lutar contra a política industrial de vários países e não apenas contra as empresas
individualmente", disse a VSM.
Nota
pessoal: as empresas alemãs, autênticos consórcios
com as congéneres nórdicas, têm liderado o processo de lobbying nas instâncias
políticas europeias na última década, procurando que se publique legislação
altamente restritiva às tecnologias tradicionais para favorecimento de soluções
técnicas ainda não, claramente, comprovadas. Estão neste caso, por exemplo, as diversas
soluções de catalisação e limpeza de gases de escape e de motores que utilizam
combustíveis “ditos mais limpos”. Por outras palavras, forçam (em tempo de
crise) a alteração das “regras do jogo” para ficarem sozinhas no mercado.Artigo original
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