O porto de Hamburgo
diz estar preparado para uma saída do Reino Unido da União Europeia – mesmo se
o Brexit ocorrer de forma descontrolada.
A subsecretária de
Estado Annette Tabbara, delegada da Cidade Livre e Hanseática ao governo alemão
e à União Europeia, declarou ontem: "No que em especial importa ao Porto
de Hamburgo, a rejeição parlamentar inglesa ao acordo de retirada é extremamente
lamentável".
“No entanto, estamos
bem preparados, mesmo para o caso de um Brexit de 'No Deal'. Além dos ajustes legais necessários, dedicamos atenção
especial a como podemos minimizar os riscos para os nossos cidadãos e empresas
em Hamburgo, bem como universidades e instituições de pesquisa.”
Tendo em conta as
ligações económicas tradicionalmente fortes de Hamburgo com o Reino Unido, é
especialmente importante organizar o tráfego futuro de mercadorias com a
Grã-Bretanha da forma mais harmoniosa possível.
“O porto de Hamburgo e nossos controlos alfandegários e de
importação estão bem preparados, mesmo na eventualidade de estrangulamento nos
portos de ferry no Canal da Mancha, como
Antuérpia ou Roterdão, causem o redireccionamento para Hamburgo. Durante alguns
meses, para todos os envolvidos, foi disponibilizado, em Hamburgo, um treino
extensivo sobre a preparação para vários cenários Brexit”, declarou o
subsecretário Torsten Sevecke.Fonte
Também os portos do
Mar do Norte – da Holanda e da Bélgica – estão a seguir de muito perto os
desenvolvimentos do Brexit, depois que o Parlamento do Reino Unido rejeitou o
acordo Brexit em 15 de Janeiro, desconhecendo-se quais serão as verdadeiras consequências
deste desfecho político.
O porto do Mar do
Norte da Holanda e da Bélgica estão a monitorizar de perto os desenvolvimentos
relacionados com o Brexit “para poder antecipar como a situação irá evoluir e
encaminhar as empresas para os canais apropriados”. Referiram, ainda, o empenho
em cooperar, estreitamente, com as autoridades e governos relevantes nos Países
Baixos e na Flandres.
O Reino Unido é o
segundo maior parceiro comercial dos Portos do Mar do Norte, representando
cerca de 9% do total das 70,3 milhões de toneladas de transbordo marítimo, que
engloba carga como veículos, contentores, materiais de construção, produtos
químicos, fertilizantes e produtos de energia e petróleo.
Recentemente, os Portos do Mar do Norte também foram
abordados por várias empresas operadoras de ferries que pretendiam iniciar
novos serviços a partir destes portos. Esta poderia ser uma das oportunidades resultante
do Brexit.Fonte
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