China e Singapura
são os mais recentes, entre um total de 10 países e estados, a introduzir
proibições contra o uso de depuradores de gases de escape de ciclo aberto, em
alguns, ou em todos os seus portos. De acordo com os analistas, a lista irá
crescer.
Com cada vez mais proprietários
a optar por equipar com depuradores milhares de navios para cumprir o limite de
0,5% de enxofre em 2020, um número crescente de países ou portos está a procurar
restringir ou proibir o uso de depuradores de ciclo aberto – os que descarregam
a água de lavagem dos gases de escape directamente no mar.
Duas das proibições com
maior impacto vieram da China, que proibiu o despejo de água de lavagem nas
bacias portuárias ou nas águas costeiras da Baía de Bohai, além de uma
proibição de despejo em toda a ECA costeira, e de Singapura, que introduziu
proibição total a partir de 1 de Janeiro de 2020.
Outros países ou
portos com proibições ou restrições são a Índia, Abu Dhabi nos Emirados Árabes
Unidos, Bélgica, Alemanha, Lituânia, Letónia, Dublin na Irlanda, Noruega e
Havaí, Connecticut e Califórnia nos EUA – veja lista completa abaixo.
Mas serão de esperar
mais. São vários os estados costeiros e portos que estão a estudar a imposição
de proibições semelhantes, citando os efeitos adversos da lavagem da água de
lavagem no ambiente marinho. Portanto, é provável que essa lista de estados /
portos que, actualmente, proíbe as descargas, irá ser acrescentada com o tempo.
Para os proprietários que instalaram depuradores híbridos,
podem alternar para o modo de circuito fechado em áreas onde a descarga de água
de lavagem seja proibida, caso contrário, os navios precisam mudar para
combustível compatível com os limites OMI.Lista actual
Mas o folhetim das
limitações aos componentes poluentes nos gases de escape dos navios ainda está
longe de estar terminado. Agora têm vindo a surgir alguns estudos (mais, ou
menos) científicos, além de outros textos (mais, ou menos) tratados pelos
departamentos de marketing, uns defendendo a “amizade pelo ambiente” da queima
de combustíveis de baixo teor de enxofre ou, pelo contrário, noutros, fazendo-se
a apologia da depuração dos gases provenientes da queima de qualquer tipo de
combustível.
Na verdade, um
estudo da Universidade de Rostock, intitulado Health Effects of Shipping Emissions, identifica as emissões de
escape de combustíveis diesel com baixo teor de enxofre como mantendo um risco substancial
para os humanos.
Os estudos não dizem, exactamente, que há um risco
significativamente menor de combustíveis com baixo teor de enxofre. Eles dizem
que ambos têm efeitos nocivos e a saúde humana seria melhor servida se todas as
emissões fossem filtradas para remover partículas. Assim, os académicos
afirmam: “os HFO contêm mais compostos orgânicos, com menos efeitos tóxicos,
embora mais graves, enquanto [diesel] acrescenta outros efeitos diferentes”. O
relatório acrescenta que a remoção do enxofre não é suficiente para eliminar os
efeitos adversos à saúde.Fonte
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