21 de janeiro de 2019

Mais países e portos irão proibir purificadores em circuito aberto


China e Singapura são os mais recentes, entre um total de 10 países e estados, a introduzir proibições contra o uso de depuradores de gases de escape de ciclo aberto, em alguns, ou em todos os seus portos. De acordo com os analistas, a lista irá crescer.
Com cada vez mais proprietários a optar por equipar com depuradores milhares de navios para cumprir o limite de 0,5% de enxofre em 2020, um número crescente de países ou portos está a procurar restringir ou proibir o uso de depuradores de ciclo aberto – os que descarregam a água de lavagem dos gases de escape directamente no mar.
Duas das proibições com maior impacto vieram da China, que proibiu o despejo de água de lavagem nas bacias portuárias ou nas águas costeiras da Baía de Bohai, além de uma proibição de despejo em toda a ECA costeira, e de Singapura, que introduziu proibição total a partir de 1 de Janeiro de 2020.
Outros países ou portos com proibições ou restrições são a Índia, Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos, Bélgica, Alemanha, Lituânia, Letónia, Dublin na Irlanda, Noruega e Havaí, Connecticut e Califórnia nos EUA – veja lista completa abaixo.
Mas serão de esperar mais. São vários os estados costeiros e portos que estão a estudar a imposição de proibições semelhantes, citando os efeitos adversos da lavagem da água de lavagem no ambiente marinho. Portanto, é provável que essa lista de estados / portos que, actualmente, proíbe as descargas, irá ser acrescentada com o tempo.
Para os proprietários que instalaram depuradores híbridos, podem alternar para o modo de circuito fechado em áreas onde a descarga de água de lavagem seja proibida, caso contrário, os navios precisam mudar para combustível compatível com os limites OMI.
Lista actual

Mas o folhetim das limitações aos componentes poluentes nos gases de escape dos navios ainda está longe de estar terminado. Agora têm vindo a surgir alguns estudos (mais, ou menos) científicos, além de outros textos (mais, ou menos) tratados pelos departamentos de marketing, uns defendendo a “amizade pelo ambiente” da queima de combustíveis de baixo teor de enxofre ou, pelo contrário, noutros, fazendo-se a apologia da depuração dos gases provenientes da queima de qualquer tipo de combustível.
Na verdade, um estudo da Universidade de Rostock, intitulado Health Effects of Shipping Emissions, identifica as emissões de escape de combustíveis diesel com baixo teor de enxofre como mantendo um risco substancial para os humanos.
Os estudos não dizem, exactamente, que há um risco significativamente menor de combustíveis com baixo teor de enxofre. Eles dizem que ambos têm efeitos nocivos e a saúde humana seria melhor servida se todas as emissões fossem filtradas para remover partículas. Assim, os académicos afirmam: “os HFO contêm mais compostos orgânicos, com menos efeitos tóxicos, embora mais graves, enquanto [diesel] acrescenta outros efeitos diferentes”. O relatório acrescenta que a remoção do enxofre não é suficiente para eliminar os efeitos adversos à saúde.
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