13 de janeiro de 2019

Pólo Norte magnético alterou-se de forma muito rápida e imprevista

Vão ser necessárias alterações sem precedentes para garantir a precisão do sistema de navegação que tudo guia, das aeronaves aos smartphones.
O pólo norte magnético da Terra está a aproximar-se da Sibéria a um ritmo incrivelmente rápido, não sabendo os especialistas a razão para tal.
O movimento errático forçou os cientistas encarregados de monitorizar o campo magnético do planeta a actualizarem o sistema, que é a base da navegação global, desde o GoogleMaps ao transporte.
Como o ferro líquido gira ao redor do núcleo da Terra, o campo magnético – e, portanto, os pólos – mudam de forma gradual e algumas vezes de forma imprevisível. Por esta razão, os cientistas actualizam, periodicamente, o World Magnetic Model, mapeando todo esse processo, pelo que a versão mais recente – produzida em 2015 – deveria durar até 2020.
No entanto, o campo magnético mudou tão rápida e erraticamente que, durante a realização de uma verificação de rotina, no início de 2018, os pesquisadores britânicos e norte-americanos aperceberam-se que iriam ser necessárias medidas drásticas. A alteração observada era tão grande que quase excedia o limite aceitável para erros de navegação.
Para obviar a situação, os cientistas da British Geological Survey e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) irão emitir uma actualização de emergência, sem precedentes, para o actual modelo.
O movimento do pólo norte, que tem acelerado nos últimos 40 anos, exacerbou ainda mais o deslocamento do campo magnético, tornando a publicação de um novo modelo ainda mais premente. As alterações são essenciais, já que o sistema é usado por aeronaves, navios e até mesmo smartphones, que fazem uso do campo magnético da Terra para a determinação da direcção que alguém está a seguir.
A libertação dos novos dados estará eminente, embora a paralisação do governo dos EUA a possa adiar até o final de Janeiro.
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