Vão ser necessárias alterações
sem precedentes para garantir a precisão do sistema de navegação que tudo guia,
das aeronaves aos smartphones.
O pólo norte
magnético da Terra está a aproximar-se da Sibéria a um ritmo incrivelmente
rápido, não sabendo os especialistas a razão para tal.
O movimento errático
forçou os cientistas encarregados de monitorizar o campo magnético do planeta a
actualizarem o sistema, que é a base da navegação global, desde o GoogleMaps ao transporte.
Como o ferro líquido
gira ao redor do núcleo da Terra, o campo magnético – e, portanto, os pólos –
mudam de forma gradual e algumas vezes de forma imprevisível. Por esta razão, os
cientistas actualizam, periodicamente, o World Magnetic Model, mapeando todo
esse processo, pelo que a versão mais recente – produzida em 2015 – deveria durar
até 2020.
No entanto, o campo
magnético mudou tão rápida e erraticamente que, durante a realização de uma
verificação de rotina, no início de 2018, os pesquisadores britânicos e
norte-americanos aperceberam-se que iriam ser necessárias medidas drásticas. A alteração
observada era tão grande que quase excedia o limite aceitável para erros de
navegação.
Para obviar a
situação, os cientistas da British Geological Survey e da Administração
Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) irão emitir uma actualização de
emergência, sem precedentes, para o actual modelo.
O movimento do pólo
norte, que tem acelerado nos últimos 40 anos, exacerbou ainda mais o
deslocamento do campo magnético, tornando a publicação de um novo modelo ainda
mais premente. As alterações são essenciais, já que o sistema é usado por
aeronaves, navios e até mesmo smartphones,
que fazem uso do campo magnético da Terra para a determinação da direcção que
alguém está a seguir.
A libertação dos novos dados estará eminente, embora a
paralisação do governo dos EUA a possa adiar até o final de Janeiro.Fonte
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