31 de janeiro de 2019

Petróleo venezuelano preso nos portos e difícil importar combustível


A petrolífera estatal PDVSA não consegue exportar petróleo bruto ou pagar por combustível importado para uso doméstico devido a sanções dos EUA.
As existências de petróleo da Venezuela começaram a acumular nos portos e terminais do país, já que a PDVSA não pode exportar petróleo bruto nas quantidades usuais devido às sanções norte-americanas impostas no início desta semana, segundo fontes e dados de embarque.
As sanções anunciadas na segunda-feira pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, com o objectivo de retirar o presidente Nicolas Maduro do poder após a disputada reeleição no ano passado, impedem os clientes americanos da PDVSA de transferirem pagamentos para a empresa. Isso está a limitar, de forma efectiva, a estatal PDVSA de despachar todo o petróleo pelo que o governo de Maduro não pode receber divisas.
Desde quarta-feira, a Venezuela acumula 25 petroleiros com quase 18 milhões de barris de petróleo – cerca de duas semanas da produção do país – à espera para carregar ou a aguardar autorização para zarpar. A maioria deles estava ancorada perto do Jose Terminal (Porto), o maior do país, segundo dados da Refinitiv Eikon.
Embora a maioria das cargas seja destinada aos clientes dos EUA, a PDVSA respondeu às sanções dos EUA proibindo os petroleiros de carregarem petróleo com destino aos Estados Unidos, tentando evitar que as cargas não fossem pré-pagas.
Além disso, a incapacidade da PDVSA de pagar as importações cruciais significa que as importações de combustível estão atrasadas, o que acumula ao excesso de navios petroleiros na costa da Venezuela.
A PDVSA exportou 1,25 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo no ano passado, incluindo 500 mil bpd para os Estados Unidos. A empresa impulsionou as vendas no início de Janeiro, antecipando as sanções, de acordo com os dados do Refinitiv Eikon.
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