A petrolífera estatal PDVSA não
consegue exportar petróleo bruto ou pagar por combustível importado para uso
doméstico devido a sanções dos EUA.
As existências de petróleo
da Venezuela começaram a acumular nos portos e terminais do país, já que a
PDVSA não pode exportar petróleo bruto nas quantidades usuais devido às sanções
norte-americanas impostas no início desta semana, segundo fontes e dados de
embarque.
As sanções anunciadas na
segunda-feira pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, com o objectivo
de retirar o presidente Nicolas Maduro do poder após a disputada reeleição no
ano passado, impedem os clientes americanos da PDVSA de transferirem pagamentos
para a empresa. Isso está a limitar, de forma efectiva, a estatal PDVSA de
despachar todo o petróleo pelo que o governo de Maduro não pode receber divisas.
Desde quarta-feira, a
Venezuela acumula 25 petroleiros com quase 18 milhões de barris de petróleo – cerca
de duas semanas da produção do país – à espera para carregar ou a aguardar autorização
para zarpar. A maioria deles estava ancorada perto do Jose Terminal (Porto), o
maior do país, segundo dados da Refinitiv Eikon.
Embora a maioria das cargas seja
destinada aos clientes dos EUA, a PDVSA respondeu às sanções dos EUA proibindo os
petroleiros de carregarem petróleo com destino aos Estados Unidos, tentando
evitar que as cargas não fossem pré-pagas.
Além disso, a incapacidade
da PDVSA de pagar as importações cruciais significa que as importações de
combustível estão atrasadas, o que acumula ao excesso de navios petroleiros na
costa da Venezuela.
A PDVSA exportou 1,25 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo no ano
passado, incluindo 500 mil bpd para os Estados Unidos. A empresa impulsionou as
vendas no início de Janeiro, antecipando as sanções, de acordo com os dados do
Refinitiv Eikon.Fonte
Sem comentários:
Enviar um comentário