Equinor vai construir armazenamento de CO2 sob o Mar do Norte

A Equinor obteve uma licença para desenvolver o armazenamento de dióxido de carbono (CO2) no subsolo do Mar do Norte, informou sexta-feira o Ministério do Petróleo da Noruega, como parte do esforço para combater a mudança climática. Espera-se que a Equinor apresente um plano de desenvolvimento, ainda este ano, com o parlamento da Noruega a tomar a decisão final em 2020 ou 2021. Os defensores da recolha e armazenamento de carbono (CCS) dizem que os países precisam da tecnologia para cumprir los acordos feitos no Acordo Sobre as Mudanças Climáticas de Paris, em 2015. Mas os ambientalistas contrapõem, dizendo que esta será uma tecnologia dispendiosa que irá perpetuar o actual status quo, enquanto cortes rápidos e profundos na utilização de energia seriam bem mais eficazes na limitação do aquecimento global.

O armazenamento planeado ficará localizado próximo do maior campo de petróleo e gás da Noruega, o Troll, tendo como objectivo receber CO2 de instalações terrestres, tais como centrais eléctricas ou fornos de cimento, como forma de reduzir as emissões para a atmosfera. A Equinor e parceiros (Shell e Tota) estão a desenvolver estudos de engenharia e de projecto exequível (FEED), que permitirão fornecer estimativas de custo mais precisas. As estimativas preliminares de 2016 mostram que que os custos poderão rondar entre os US $852 milhões e os US $1.490 milhões para estabelecer uma cadeia CCS completa, incluindo o transporte de CO2 por navios e o armazenamento submarino.

A Equinor disse que cerca de 1,5 milhão de toneladas de CO2 por ano poderiam ser bombeadas para armazenamento sob o fundo do mar durante a primeira fase do projecto que, posteriormente, poderia ser expandida. Se aprovado, espera-se que o armazenamento comece a operar em 2023 ou 2024, disse a Gassnova, uma agência governamental responsável pelo desenvolvimento do projecto CCS.
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