14 de janeiro de 2019

Nigéria perdeu US $ 2,8 mil milhões devido a pirataria e outros crimes


Um relatório divulgado pelo gabinete do Secretário-Geral das Nações Unidas em Nova Iorque – United Nations Office for West Africa and the Sahel (UNOWAS) – mostra que a Nigéria perdeu receita estimada em US $ 2,8 mil milhões em 2018, em resultado de pirataria e outros crimes marítimos relacionados com o petróleo bruto.
O relatório revela que o crime marítimo, incluindo a pirataria, dominou a costa da África Ocidental, representando uma grave ameaça à paz e ao desenvolvimento na região. O relatório observa, ainda, um aumento no tráfico de drogas na região.
No relatório pode ler-se: “O crime marítimo e a pirataria ao largo da costa da África Ocidental continuaram a representar uma ameaça à paz, segurança e desenvolvimento na região. “Os crimes relacionados com o petróleo resultaram na perda de quase US $ 2,8 mil milhões em receitas, no ano passado, na Nigéria, de acordo com dados do governo.”
O relatório observou, por outro lado, que entre 1 de Janeiro e 23 de Novembro, foram relatados 82 incidentes de crime marítimo e pirataria no Golfo da Guiné.
Acrescentou que, na República do Benim, na Gâmbia e na Nigéria, mais de 50 kg de cocaína foram apreendidos entre Julho e Outubro por forças conjuntas de fiscalização em aeroportos. Foram, ainda, apreendidos mais de seis quilos de metanfetaminas, oito quilos de heroína (o dobro do primeiro semestre de 2018) e 2,6 toneladas de cannabis.
"A produção de drogas sintéticas em toda a região também se revelou em ascensão, com mais de 100 quilos de efedrina e fenacetina apreendidos pelas autoridades competentes."
O relatório segue-se às preocupações levantadas em Abril pelo Bureau Marítimo Internacional da Câmara de Comércio Internacional (IMB), que alertou para o aumento dos ataques armados contra navios na África Ocidental, tanto em número como em violência. O Centro de Acompanhamento de Pirataria do IMB registou 66 incidentes no primeiro trimestre de 2018, contra 43 no mesmo período de 2017 e 37 no primeiro trimestre de 2016.
O Gabinete do Presidente da ONU observou que só nos primeiros três meses de 2018, 100 tripulantes foram feitos reféns e 14 levados dos seus navios e mantidos em cativeiro. Foi invadido um total de 39 embarcações, 11 vítimas de ataque armado e quatro embarcações sequestradas. O IMB recebeu outros 12 relatos de tentativas de ataque.
O Golfo da Guiné foi responsável por 29 incidentes no primeiro trimestre de 2018, mais de 40% do total global. Dos 114 marinheiros feitos reféns em todo o mundo, apenas um não se encontrava nessa região, observa o relatório.
Fonte e Relatório


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