4 de janeiro de 2019

Maersk fecha fábrica na China e dispensa 2 mil trabalhadores

A MCI (do grupo dinamarquês de transporte marítimo A.P. Moller-Maersk), fabricante de contentores da Maersk, vai fechar uma fábrica na China, passando a empresa a concentrar-se nos contentores refrigerados a partir de agora. O encerramento afectará cerca de 2.000 funcionários, ou seja, quase metade de todos os funcionários da MCI, disse a Maersk.
A fábrica de contentores da empresa em Dongguan, que tem 2.240 funcionários, podia produzir 100 mil contentores de 40 pés por ano, estando com a produção suspensa desde o início de Dezembro.
A empresa sediada em Copenhaga explicou hoje que, apesar do sector de fabrico de contentores secos esteja "sob considerável pressão há algum tempo, os volumes de frigoríficos continuam a crescer, devido à procura global por produtos frescos e outras matérias-primas". Já em Novembro, a Maersk (maior transportadora de contentores do mundo) havia alertado que uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos iria afectar a procura por transporte de contentores nos próximos anos.
O director executivo da MCI, Sean Fitzgerald, disse: “Lamentavelmente, a nossa decisão de nos concentrarmos no negócio da cadeia de frio provocará forte impacto na nossa fábrica em Dongguan, que se encontra com a produção suspensa devido às difíceis condições do mercado.
“Estamos comprometidos em cuidar dos nossos colegas que serão afectados por esta difícil decisão e agradecemos a sua dedicação e trabalho árduo ao longo dos anos.”
A empresa acrescentou que nenhuma de suas outras fábricas seria afectada pela mudança no foco para o mercado de frigoríficos. Alegou que cerca de 30% de todos os contentores refrigerados, actualmente em operação, estão equipados com sua tecnologia Star Cool.
Os últimos investimentos nas unidades refrigeradoras da MCI foram marcados pelo lançamento da ferramenta de comunicação de dados Sekstant, que utiliza a Internet of Things (IoT) para permitir que transportadoras e outras operadoras de frotas, como empresas de leasing e de exportação de mercadorias perecíveis, recebam informações em tempo real, o que inclui dados, localização por GPS, leituras de temperatura e alarmes.
“A nossa estratégia é crescer na cadeia de frio, onde a nossa tecnologia Star Cool é líder incontestada. Esse crescimento exige investimentos focados nos melhores produtos e serviços”, disse Fitzgerald. “Colocar todos os recursos da MCI no negócio da cadeia de frio garantirá o crescimento sustentável e o investimento contínuo nos melhores produtos e serviços para os nossos clientes.”
O complexo industrial da MCI já havia sido alvo de reestruturação no ano passado, quando fechou uma instalação de produção em San Antonio, no Chile, apenas três anos depois da sua inauguração, justificando a decisão com o excesso de capacidade de produção global e com os custos locais de mão-de-obra e matéria-prima mais elevados. Toda a sua operação actual acontece, a partir de agora, em Qingdao.
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