À medida que o prazo
do Brexit se aproxima, 29 de Março, os políticos britânicos tentam evitar uma
confusão logística que poderá levar à falta de bens essenciais. Por essa razão,
o Reino Unido chamou a indústria de navegação para poder ser encontrada uma
solução, embora o Wall Street Journal escreva que, provavelmente, nada seja
possível acontecer a breve trecho.
Com o dia 29 de Março
a aproximar, acreditando-se que o parlamento do Reino Unido vote negativamente
o acordo de retirada doa primeira-ministra Theresa May, muitos acreditam que se
poderá instalar um caos logístico, segundo escreve Costas Paris, no Wall Street
Journal, algo que o governo britânico quer, a todo o custo, evitar.
Falando sobre o
assunto, Harry Theochari, presidente da Maritime UK, observou que de facto surgirão
problemas. Ele baseia-se no facto de que será difícil transitar de uma situação
de livre comércio para uma de fronteira convencional, com controlos
alfandegários. Para que isso aconteça sem problemas, seria necessário mais
tempo.
Na verdade, no caso
de um “HardBrexit”, não haverá acordo sobre os procedimentos de comércio e
fronteiras, pelo que as verificações aduaneiras ocorreriam, pela primeira vez,
em quase 50 anos. Isso levará a mais papelada e burocracia, o que os
exportadores e os despachantes, definitivamente, não querem que aconteça.
Agora, o governo
está a tentar estabelecer planos de contingência específicos para operações de
embarque e transporte. Nomeadamente, o Reino Unido assinou contratos, no valor total
de 130 milhões de dólares, com três operadores de ferry que movimentarão cerca
de 4.000 camiões por semana para os diversos portos do Reino Unido.
O Departamento de
Transportes do Reino Unido justificou esta acção, dizendo que não haverá tempo
para seguir práticas padrão, pois se está perante uma situação urgente e que pode
levar a uma ruptura significativa na economia do Reino Unido.
No entanto, o Sr.
Paris acrescenta que, mesmo que tais operações possam iniciar a curto prazo, os
planos de contingência não abordam as maiores preocupações sobre o desembaraço
aduaneiro. Comentando isso, o director-geral da Câmara de Comércio do Japão,
Bob Sanguinetti, disse à British Broadcasting Corp. que mesmo assim, as
mercadorias passarão por procedimentos alfandegários nos portos, algo que
criará problemas e atrasos.
Por outro lado, o Conselho dos Carregadores Europeus
declarou que é muito importante que a UE e o Reino Unido acordem um período de
transição, pelo menos até ao final do ano, para estabelecer um novo acordo de
comércio livre. Se isso não acontecer, a indústria transportadora não poderá
evitar passar por problemas difíceis.Fonte
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