O DG da Total Marine
Fuels está preocupado com o facto da indústria naval não estar pronta para
implementar a regra da IMO 2020 sobre o teor de enxofre em Janeiro do próximo
ano, apesar de anos de alertas.
"Globalmente,
sinto que a indústria naval não está preparada... Temos receio de que a falta
de clareza, sobre quais os produtos que irão chegar ao mercado, esteja a deixar
os clientes um pouco perdidos sobre a melhor forma de planear essa entrada em
vigor", disse Jerome Leprince-Ringuet, o director-geral de combustíveis
navais da Total, num post num blogue, esta segunda-feira. "Dada a
proximidade da entrada em vigor do regulamento IMO 2020 é, para nós, surpreendente
que não recebamos mais chamadas de nossos clientes, solicitando informações detalhadas
sobre como o limite global os irá afectar."
A partir do 1º de Janeiro
de 2020, os navios mercantes de comércio internacional terão que usar
combustível que não contenha mais de 0,5% de enxofre. O transporte (manter a
bordo) de HFO não conforme – que, por norma, tem um teor de enxofre na faixa dos
2,5% – será proibido, a menos que o navio esteja equipado com um depurador (purificador)
de gases de escape. Espera-se que o processo de transição leve vários meses, sendo
que a maioria das operadoras está a planear iniciar no terceiro ou quarto
trimestre de 2019.
A IMO indicou que
não apoiará uma "fase de construção de experiência" ou entrada em
vigor "suave", e o limite entrará em vigor imediatamente a 1 de Janeiro.
No entanto, são de esperar taxas de não conformidade na faixa de um quinto da
frota mundial no primeiro ano de implementação, de acordo com a Goldman Sachs.
O custo de conformidade pode ser elevado. As grandes
operadoras, como a MSC e a Maersk, estão a orçamentar milhares de milhões de
dólares em despesas adicionais de combustível devido ao limite permitido, estando
a planear novos mecanismos de sobretaxa de frete para compartilhar essas
despesas com os clientes.Fonte
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