15 de janeiro de 2019

Como o Porto de Dublin se prepara para um Brexit sem acordo?

De acordo com fontes locais, os últimos números mostram um forte crescimento contínuo no Porto de Dublin nos últimos anos, com um aumento da produção total de 4,7% ao ano – em termos de volume de carga – tendo atingido as 28,4 milhões de toneladas brutas nos primeiros nove meses de 2018.
No entanto, e apesar do número total de passageiros ter subido 3,3%, houve uma queda de 0,6% nos passageiros de ferries e um decréscimo de 1,5% nos veículos turísticos – atribuído às duras condições climáticas e ao menor número de visitantes do Reino Unido devido à volatilidade da libra esterlina.
Os volumes de carga aumentaram 36% em 6 anos e a Dublin Port Company disse que precisa acelerar o seu plano de investimento para aumentar a capacidade portuária, já que o crescimento já ultrapassou a sua taxa de crescimento inscrita no seu "plano estratégico" de longo prazo.
Eamonn O'Reilly, director executivo da Dublin Port Company declarou que:
    “Iniciamos a construção da infra-estrutura primária de controlo de fronteiras para garantir que o porto de Dublin está preparado para o que o Brexit nos possa trazer.”
A sociedade irlandesa está de acordo de que o Brexit terá um efeito adverso sobre o país, sendo que o pior cenário colocar-se-ia se o Reino Unido deixasse a UE fora de uma solução negociada.
Como não há previsão exacta de como o Brexit afectará o Reino Unido, o governo irlandês já anunciou planos para que mais de 1.000 funcionários alfandegários e veterinários venham a trabalhar nos portos de Dublin e Rosslare e nos aeroportos, além da disponibilidade de dinheiro para a formação e treino pessoal em sectores mais susceptíveis de afectação.
Concluindo, segundo a BBC, muitas são as empresas que estão preocupadas com possíveis atrasos que irão resultar do Brexit. Assim, essas empresas estão a abandonar a ponte terrestre proporcionada até aqui pelo Reino Unido, passando a sua operação para os novos super-ferries que irão navegar entre Dublin, na Irlanda, e Zeebrugge e Roterdão, no continente, fugindo da actual incerteza em que se tornou a Grã-Bretanha.
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