“Fácil de construir, fácil de
operar, fácil de carregar" é o princípio de orientação para a nova classe de navios
de transporte multipropósito da Wagenborg.
A Royal Wagenborg, empresa marítima
conceituada do norte da Holanda, tem tido a capacidade de conceber aplicações
criativas e inovadoras, uma característica que tem assumido uma maior importância
e significado ao longo dos últimos anos devido à intensificação da concorrência
e às condições mais débeis na maioria dos mercados do transporte marítimo. A
última tentativa da sua propensão para a criatividade, embora pragmática, com
consciência clara de que o custo é essencial ao conceito de embarcações
multipropósito, foi corporizada pelo EasyMax Egbert Wagenborg, de 14.300dwt.
Além da construção em Delfzijl, local
onde o grupo armador e gestor de navios tem sua sede, o navio incorpora uma elevada
proporção de pesquisa e desenvolvimento holandês, sublinhando o facto de que a
Holanda (e as províncias do norte, em particular) permanecem firmemente
comprometidas com a produção industrial nacional como complemento das capacidades
tecnológicas e de inovação.
O Egbert Wagenborg é
impressionante na forma, com o casario e a ponte sobre o castelo de proa, esta com
roda vertical recta, sem inclinação, e um rácio de comprimento-largura
excepcionalmente alto, e com dimensões tais que parecem desmentir a sua
construção em local tão interior. Na verdade, o navio tornou-se no maior
construído no interior do sistema de navegação do norte dos Países Baixos. O comprimento
está no limite máximo para poder aceder através do canal do porto exterior de
Delfzijl.
As dimensões deste EasyMax foram
determinadas de modo a maximizar a janela operacional nas áreas comerciais escolhidas,
nomeadamente o Mar Báltico, o Mediterrâneo, o Seaway de São Lourenço e as Américas. Os dois porões rectangulares em
open space, fornecem uma capacidade
total de 625,000 pés cúbicos e podem transportar cargas de origem florestal,
incluindo madeira, papel e celulose, produtos de aço, mercadorias a granel, carga
geral, cargas de projecto e cargas indivisíveis, como máquinas, instalações
industriais, turbinas eólicas, e outros equipamentos. Além disso, o design permite uma elevada capacidade de
carga leve. O volume de carga abaixo do convés é superior ao dos navios multipropósito
de classe F, com capacidade de carga comparável (de 13.500 até 14.600 dwt),
construídos entre 2009 e 2012 que ligeiramente mais compridos.
O ponto-chave deste EasyMax está na
quantidade limitada de acessórios nos espaços de carga, devido à ausência de tweendecks (cobertas), vigas, olhais de peação
e bases para contentores, de modo a reduzir o tempo de manuseio e limpeza e
economizar custos e peso. No entanto, as anteparas são portáteis e podem ser
colocadas em diferentes posições em cada porão, permitindo uma maior flexibilidade
comercial ao navio, fornecendo separação entre diferentes tipos de carga. Além
disso, os espaços abaixo o convés estão equipados de protecção fixa contra
incêndio, desumidificadores e iluminação.
Os dois porões têm 13,5 m de
largura e uma profundidade de 12,1 m abaixo das coberturas da escotilha. O
porão de vante tem 47,4 m de comprimento, enquanto o de ré tem 64,4 m. As
escotilhas são fechadas por tampas de tipo pontão fornecidas pelo fabricante
holandês Coops & Nieborg, e são manipuladas por um pórtico especial, de baixo
perfil, montado sobre via. O navio pode, ainda, navegar no formato “open-top”, com os pontões empilhados nas
extremidades dos porões.
Motor instalado de modesta potência
O motor principal (singelo) é uma
unidade compacta de potência modesta em relação ao tamanho e alcance comercial
do novo navio. O diesel MaK M32C de
seis cilindros, produzido na fábrica Rostock da Caterpillar Motoren, atinge
2,999kW a 600 rpm, ajustado para 111rpm do hélice de passo controlável, montado
em tubeira para maximizar o impulso. A instalação permite velocidades de 11,5
nós e consumo de combustível consistentemente moderados.
Como ajuda à manobra, tem um
propulsor de túnel de 750kW montado na proa.
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