28 de novembro de 2017

Agência informática diz que os sistemas de planeamento de carga dos porta-contentores são vulneráveis a hackers

Num artigo recente publicado pela Ethical Hackers Pen Test Partners, eles abordam a vulnerabilidade do sistema de planeamento de carga dos contentores. Um ataque a este sistema pode ter resultados financeiros, de segurança e ambientais fatais.
A segurança do navio tem um longo caminho a percorrer para alcançar o nível de segurança esperado nas redes corporativas. Estes sistemas são remotos, difíceis de actualizar e estão muitas vezes offline por longos períodos. O hardware é antigo, em geral, e não é bem mantido, segundo a Pen Test Partners.
Como o sector da navegação depende de velocidade e eficiência, um ataque ao sistema de planeamento de carga pode causar sérios problemas,
“Somente cerca de um terço dessa carga está no convés, a maioria está dentro dos porões, abaixo do convés. Para chegar a um contentor abaixo do convés pode ter de envolver a remoção de 50 contentores sobre a tampa de escotilha e, em seguida, tirar mais os necessários para aceder ao pretendido, no meio de uma pilha”, afirmou o responsável da Pen Test Partners.
Um ataque ao sistema resultaria na confusão total em relação a todo e qualquer contentor, levando semanas para reinventariar manualmente a carga do navio, causando sérias perdas e custos.
Além disso, o software de planeamento de carga distribui os contentores conforme o seu peso, permitindo manter um centro de gravidade (CoG) baixo, logo a estabilidade do navio. Um bom plano de carga manterá o navio na posição direita, evitando a utilização de água de lastro para correcção, o que pode reduzir o peso a bordo e melhorar o desempenho energético.
As mesmas preocupações se colocam em relação aos produtos que são mantidos em contentores refrigerados, que podem apodrecer se o reefer não estiver conectado a uma fonte eléctrica.
Um possível ataque cibernético também poderá causar problemas ambientais e, ou, a destruição do navio, obstruindo as obrigações de segregação de carga perigosa a bordo do navio.
Em conclusão, a Pen Test Partners menciona que uma provável fonte de ataque são as disquetes e pen drives USBs com as quais se transferem os planos de carga. Ou seja, o USB pode ser facilmente pirateado e manipulado, para que um malware entre no sistema. A indústria de transporte marítimo deve pois, o mais breve possível, investir na segurança cibernética, para evitar evitar este tipo de ataques, observou o Pen Test Partners.
Fonte

Sem comentários:

Enviar um comentário