Em 2012, a DNV GL previu que, até
2020, a frota alimentada com GNL contaria cerca de 1.000 navios. Três anos
depois, este valor foi revisto em baixa, entre 400 e 600 navios, principalmente
devido ao baixo preço do petróleo e ao mais lento desenvolvimento da
infra-estrutura de abastecimento do que o esperado.
Hoje, existem 117 navios que
queimam GNL na propulsão, dos quais mais de dois terços operam na Europa. Em encomenda,
confirmados, estão 111 navios, o que duplicará a existência. Além disso,
existem 114 embarcações classificadas como preparadas para GNL.
Poderá estar, assim, composto o
cenário para a tão esperada e rápida aceitação do GNL como combustível para o
transporte, de acordo com o consultor ambiental sénior da DNV GL, Martin
Christian Wold.
Em particular, as opções de abastecimento
estão a aumentar à escala global. Hoje, existem 60 locais de fornecimento em
todo o mundo, incluindo Singapura, Médio Oriente, Caribe e Europa, de acordo
com os dados mais recentes no portal de inteligência de negócios LNGi da DNV
GL. Outras 28 instalações foram decididas construir e, pelo menos, outras 36
estão em estudo.
No início de 2018, seis navios de
bancas de GNL estarão em operação a nível mundial e outros quatro projectos em
execução. Os principais players,
incluindo a Total, Shell, Gas Natural Fenosa, ENN e Statoil, anunciaram planos
para novos navios depósito de GNL, que, de acordo com Wold, provavelmente serão
colocados em locais-chave no norte da Europa, Médio Oriente, Golfo do México, Singapura
e do Mediterrâneo.
A Shell acabou de assinar um
contrato de afretamento de longo prazo para uma barcaça de bancas de 4.000m3
para fornecer combustível GNL ao longo da costa leste dos EUA. A crescente procura
de GNL por linhas de cruzeiros foi citada como a principal causa para a
decisão. Lembra-se que o Grupo Sousa fez, esta semana, o seu primeiro abastecimento
GNL, no Funchal, a um navio da Aida Cruises.
As perspectivas regulatórias também estão muito mais assertivas
graças à IMO, que estabeleceu 2020 como data limite para a entrada em vigor do limite
global no teor de enxofre do combustível.Fonte
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