24 de novembro de 2017

Adesão ao GNL como combustível marítimo mais lenta do que o esperado

Em 2012, a DNV GL previu que, até 2020, a frota alimentada com GNL contaria cerca de 1.000 navios. Três anos depois, este valor foi revisto em baixa, entre 400 e 600 navios, principalmente devido ao baixo preço do petróleo e ao mais lento desenvolvimento da infra-estrutura de abastecimento do que o esperado.
Hoje, existem 117 navios que queimam GNL na propulsão, dos quais mais de dois terços operam na Europa. Em encomenda, confirmados, estão 111 navios, o que duplicará a existência. Além disso, existem 114 embarcações classificadas como preparadas para GNL.
Poderá estar, assim, composto o cenário para a tão esperada e rápida aceitação do GNL como combustível para o transporte, de acordo com o consultor ambiental sénior da DNV GL, Martin Christian Wold.
Em particular, as opções de abastecimento estão a aumentar à escala global. Hoje, existem 60 locais de fornecimento em todo o mundo, incluindo Singapura, Médio Oriente, Caribe e Europa, de acordo com os dados mais recentes no portal de inteligência de negócios LNGi da DNV GL. Outras 28 instalações foram decididas construir e, pelo menos, outras 36 estão em estudo.
No início de 2018, seis navios de bancas de GNL estarão em operação a nível mundial e outros quatro projectos em execução. Os principais players, incluindo a Total, Shell, Gas Natural Fenosa, ENN e Statoil, anunciaram planos para novos navios depósito de GNL, que, de acordo com Wold, provavelmente serão colocados em locais-chave no norte da Europa, Médio Oriente, Golfo do México, Singapura e do Mediterrâneo.
A Shell acabou de assinar um contrato de afretamento de longo prazo para uma barcaça de bancas de 4.000m3 para fornecer combustível GNL ao longo da costa leste dos EUA. A crescente procura de GNL por linhas de cruzeiros foi citada como a principal causa para a decisão. Lembra-se que o Grupo Sousa fez, esta semana, o seu primeiro abastecimento GNL, no Funchal, a um navio da Aida Cruises.
As perspectivas regulatórias também estão muito mais assertivas graças à IMO, que estabeleceu 2020 como data limite para a entrada em vigor do limite global no teor de enxofre do combustível.
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