20 de novembro de 2017

P&I fala em corrupção durante inspecções subaquáticas aos cascos na Venezuela

O Standard Club denunciou incidentes de corrupção durante a prática de inspecções subaquáticas obrigatórias aos cascos dos navios nos portos venezuelanos, que são conduzidas por empresas de mergulho escolhidas pelos terminais.
Durante os recentes incidentes de contrabando de drogas na Venezuela, os contrabandistas optavam por colocar pacotes com drogas nos cascos de navios inocentes.
Por essa razão, as autoridades locais venezuelanas estabeleceram um programa de inspecções subaquáticas obrigatórias ao casco dos navios durante a estadia em portos venezuelanos.
Em alguns casos, o Standard Club diz que após a conclusão da inspecção, os mergulhadores relataram a falta/desaparecimento de itens no casco, tais como:
  • Porcas
  • Parafusos
  • Pinos de bloqueio

“O facto de que, na maioria dos casos, as áreas afectadas não parecerem ter ferrugem (depois de verificar os vídeos CCCT gravados), levam-nos a acreditar que os mergulhadores poderiam ter sido uma causa possível para que as peças estivessem em falta”, menciona o P&I Club.
O Clube descreve, em seguida, que os mergulhadores depois de completar suas operações de mergulho exigem que o Comandante lhes pague em dinheiro para que eles substituam todas as partes em falta antes da partida dos navios.
Se um Comandante se recusar a pagar, os mergulhadores avisam as autoridades que apresam o navio com base no facto “das áreas subaquáticas alvo de pesquisa estão preparadas para a colocação de objectos estranhos”.
Suspeita-se que, em muitos casos, os próprios mergulhadores sejam a causa das peças em falta. Esta prática foi relatada com frequência em Puerto Ordaz e Puerto la Cruz, segundo o Standard Club.
No seu comunicado, o P&I Club reconhece que esta pode ser uma prática para extorsão de dinheiro os navios, pretendendo receber divisas pela substituição das “peças em falta”.
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