O número de “navios inactivos ou
ociosos” – navios não utilizados para operações comerciais – aumentou de 238
embarcações com uma capacidade combinada de cerca de 900.000 TEUs (unidades
equivalentes de 20 pés) em Novembro do ano passado para 435 navios com
capacidade de 1,7 milhão de TEUs no início deste mês de Novembro, segundo os
analistas da consultora Drewry.
A Drewry diz que a frota ociosa actual
representa cerca de 9% da frota total de navios de transporte. No início do ano
passado, segundo a consultora, a frota ociosa representava, apenas, 2,5% da
frota global.
O principal factor no rápido
crescimento do número de navios inactivos, afirma a Drewry, é o excessivo aumento
da capacidade no sector de transporte de contentores, em particular a
capacidade excedente em navios da antiga classe Panamax (tipicamente 4,000-6,000
TEUs) após o alargamento do Canal do Panamá.
A Drewry apontou que a capacidade
dos navios ociosos dessa classe duplicou desde Novembro passado; 89 navios
deste tamanho estavam em lay-up a 7
de Novembro. Os “Panamaxes” são
demasiado pequenos para os principais mercados pelo que são cada vez mais
vistos como obsoletos.
O número de navios fora do mercado
seria, no entanto, ainda maior do que os actuais 1,7 milhões de TEUs, se cerca
de 600,000 TEUs de capacidade não tivessem sido desmantelados durante o ano de
2016.
Outro factor por trás do aumento
dos navios ociosos foi a falência de Hanjin no final de agosto do ano de 2016. Cerca
de 36% da antiga frota operada pela empresa coreana (622,958 TEUs) encontra-se
inactiva, segundo a Drewry.
A consultora apontou, também, que mais de 60% da actual
frota inactiva são navios com menos de 10 anos de idade, um outro forte sinal de aviso
para o actual excesso de capacidade.Fonte
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