18 de novembro de 2017

A frota ociosa duplicou num ano

O número de “navios inactivos ou ociosos” – navios não utilizados para operações comerciais – aumentou de 238 embarcações com uma capacidade combinada de cerca de 900.000 TEUs (unidades equivalentes de 20 pés) em Novembro do ano passado para 435 navios com capacidade de 1,7 milhão de TEUs no início deste mês de Novembro, segundo os analistas da consultora Drewry.
A Drewry diz que a frota ociosa actual representa cerca de 9% da frota total de navios de transporte. No início do ano passado, segundo a consultora, a frota ociosa representava, apenas, 2,5% da frota global.
O principal factor no rápido crescimento do número de navios inactivos, afirma a Drewry, é o excessivo aumento da capacidade no sector de transporte de contentores, em particular a capacidade excedente em navios da antiga classe Panamax (tipicamente 4,000-6,000 TEUs) após o alargamento do Canal do Panamá.
A Drewry apontou que a capacidade dos navios ociosos dessa classe duplicou desde Novembro passado; 89 navios deste tamanho estavam em lay-up a 7 de Novembro. Os “Panamaxes” são demasiado pequenos para os principais mercados pelo que são cada vez mais vistos como obsoletos.
O número de navios fora do mercado seria, no entanto, ainda maior do que os actuais 1,7 milhões de TEUs, se cerca de 600,000 TEUs de capacidade não tivessem sido desmantelados durante o ano de 2016.
Outro factor por trás do aumento dos navios ociosos foi a falência de Hanjin no final de agosto do ano de 2016. Cerca de 36% da antiga frota operada pela empresa coreana (622,958 TEUs) encontra-se inactiva, segundo a Drewry.
A consultora apontou, também, que mais de 60% da actual frota inactiva são navios com menos de 10 anos de idade, um outro forte sinal de aviso para o actual excesso de capacidade.
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