A 20 de Dezembro, a Comissão Europeia (CE) emitiu a sua
primeira lista de instalações aprovadas para reciclagem de navios. Não inclui
nenhum local fora de Europa e deixa a resposta à “questão quente” (encalhe nas
praias) para “as calendas”. O Grupo Maersk e a Associação dos Armadores da
Comunidade Europeia apoiavam a inclusão de várias plataformas de desmantelamento
no sul da Ásia, enquanto grupos sindicais e ambientais pressionaram a CE a
restringir a lista a instalações mais desenvolvidas na UE, na Turquia e na
China.
"Os primeiros 18 estaleiros incluídos na Lista estão
todos localizados na UE", disse a comissão em comunicado. "Cumprem os
rigorosos requisitos para a inclusão na lista e, por conseguinte, terão acesso
exclusivo à reciclagem dos navios que arvoram pavilhão dos Estados-Membros da
União". A comissão disse que ainda está a analisar pedidos de estaleiros
fora da UE, esperando publicar uma segunda lista cobrindo instalações
estrangeiras no próximo ano.
A maioria dos estaleiros europeus listados desmantelam os
navios ao cais ou em doca seca - métodos bem diferentes dos empregados nos
estaleiros do Sul da Ásia, que encalham os navios nas praias e aí os desmancham.
O novo regulamento da UE entrará em vigor quando a
capacidade anual de desmantelamento de navios de todos os estaleiros listados atingir
os 2,5 milhões de TLD (ou, no máximo, até o final de 2018). Os 18 estaleiros
desta lista têm uma capacidade máxima combinada de 1,1 milhão de TDT, sendo que,
apenas três deles, podem tratar navios de tamanho Panamax. Juntos, esses três estaleiros
têm capacidade para o desmantelamento de até duas dúzias de graneleiros Panamax
por ano. Esta capacidade limitada reflecte a quão relativa quota de mercado que
a UE tem neste sector.Artigo original
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