18 de dezembro de 2016

A ECSA contra a política de emissões de navios da UE

A Comissão do Meio Ambiente (ENVI) do Parlamento Europeu aprovou na 5ª feira o seu relatório sobre a revisão do Sistema de Comércio de Licenças de Emissão (ETS) da UE. Os deputados europeus chegaram a acordo sobre um texto de compromisso para a navegação, que pressiona a Organização Marítima Internacional (OMI) a ter um sistema comparável ao ETS que opera para a navegação global a partir de 2021. Se não for esse o caso, a navegação será incluída no European ETS a partir de 2023. Uma parte das receitas geradas pelo ETS será canalizada, através de um Fundo do Clima Marítimo, para melhorar a eficiência energética e investir em tecnologias inovadoras para os portos e transporte marítimo de curta distância.
Ora, segundo afirmou o secretário-geral da Associação de Armadores da Comunidade Europeia, "O relatório ignora e mina o roteiro que foi acordado na OMI no final de Outubro". Disse, ainda: "Achamos este desenvolvimento muito decepcionante, mas não altera a nossa determinação de considerar o mapa da OMI um sucesso. Concordamos que o sector marítimo deve reduzir, ainda mais, as suas emissões de CO2, com um nível de ambição comparável ao do resto da economia mundial, por forma a contribuir com a sua quota parte no cumprimento da meta climática de Paris. Mas isso só pode acontecer, de forma efectiva, num contexto global. A ameaça da EU de assumir medidas regionais com prazos irrealistas, é uma atitude contraproducente."
O roteiro da OMI tem uma abordagem de duas etapas, com uma estratégia inicial a ser decidida em 2018 e um plano final a ser adoptado em 2023, levando em conta os dados de emissões reais que começarão a ser recolhidos a partir de 2019.
"O plano da OMI é inteiramente coerente com o Acordo Climático de Paris de 2015. É o seguimento lógico às medidas técnicas e operacionais tomadas anteriormente, como o EEDI e o Plano de Gestão da Eficiência Energética dos Navios (SEEMP) de 2011, para se poder garantir que os navios serão mais eficientes no futuro", disse a ECSA em comunicado.
Artigo original

Sem comentários:

Enviar um comentário