A Royal Caribbean espera realizar progressos no sentido de
reduzir as emissões de gases de efeito estufa e os resíduos sólidos até 2020. O
problema é que o gigante da indústria de cruzeiro ficou aquém das suas metas para
2015 e enfrenta uma série de dificuldades para alcançar os seus ambiciosos objectivos
para o futuro.
As linhas do cruzeiro referem, frequentemente, o esforço que
colocam na operação sustentável a bordo dos seus navios, em especial quando estão
de visita a portos de todo o mundo.
O último relatório de sustentabilidade da Royal Caribbean
Cruises – que opera as marcas Royal Caribbean International, Celebrity Cruises
e Azamara Club Cruises – mostra os desafios da marca em dimensionar a
tecnologia sustentável em toda a sua frota de cruzeiro.
A Royal Caribbean comprometeu-se a reduzir a sua emissão de
CO2 em 35% até 2020, em relação ao seu patamar de 2005, para além de seleccionar
os fornecedores de 90% dos seus alimentos marinhos entre os que tenham uma
actuação responsável e respeitem os níveis de capturas consagrados mundialmente.
Quer, ainda, reduzir os seus resíduos sólidos desembarcados para aterros em 85%,
em comparação com a sua marca de 2007.
Embora cada navio novo que entra na linha traz tecnologia
mais eficiente, os mais antigos apenas podem sofrer alterações para redução da
poluição, melhor uso da energia e reduzir o desperdício. Este facto, per si,
pode aumentar o volume da poluição total, apesar dos avanços conseguidos na
sustentabilidade dos novos navios. A Royal Caribbean International, em
particular, adicionou quatro meganavios desde 2014.
Examinando as métricas de 2015 fornecidas pela Royal
Caribbean, no entanto, fica claro que o progresso conseguido em relação à
poluição é mínimo. A empresa ainda está em processo de instalação de
depuradores de emissões em toda a sua frota; mas até mesmo após a entrada em
funcionamento dos depuradores não deverá haver grandes alterações nos níveis de
poluição do ar referentes às linhas de cruzeiro.
Abaixo, apresentam-se os dados fornecidos pela empresa
sobre as emissões, o consumo de energia e a eliminação de resíduos.
PRINCIPAIS
INDICADORES DE DESEMPENHO
|
2013
|
2014
|
2015
|
Emissões
de gases c/efeito de estufa (toneladas métricas de CO2e)
|
4 337 542
|
4 415 011
|
4 456 912
|
Objectivo
traçado
|
4 271 577
|
4 404 403
|
4 446 098
|
Desvio
para o objectivo
|
10.823
|
10.608
|
10.813
|
Intensidade
de emissão disponível por 1.000 dias de cabine
|
127.6
|
126.9
|
121.3
|
Consumo
de energia (megawatts/ hora)
|
6
408 756
|
6
545 148
|
6 511 654
|
Intensidade
de energia disponível por dia de passageiro de cruzeiro
|
0,1923
|
0,1874
|
0,1777
|
Emissões
totais de SOx (toneladas métricas)
|
60.015
|
61.156
|
58.186
|
Emissões
totais de NOx (toneladas métricas)
|
65.279
|
66.480
|
64.123
|
Emissões
totais de Partículas (toneladas métricas)
|
7.406
|
7.547
|
7.169
|
Resíduos
sólidos enviados para terra (kgs/dia/passageiro disponível)
|
0,41
|
0,25
|
0,21
|
Como se pode verificar, são perceptíveis melhorias,
particularmente, na redução dos resíduos sólidos enviados para aterros
sanitários. Por outro lado, tecnologias mais recentes, entretanto instaladas na
frota, têm vindo a tornar os navios mais eficientes em termos energéticos.
O relatório admite que a empresa ficou aquém das metas
que havia enunciado, anteriormente, na redução de emissões de gases de efeito
estufa.
Sem comentários:
Enviar um comentário