29 de dezembro de 2016

A pesca ilegal e a fraude nos alimentos com origem no mar

A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU) e a fraude nos alimentos recolhidos no mar minam a sustentabilidade dos stocks de alimentos marinhos, não só nos EUA, como globalmente, e têm um impacto negativo na sustentabilidade dos ecossistemas. Ao mesmo tempo, a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e os produtos fraudulentos de marisco distorcem os mercados legais e competem injustamente com os produtos provenientes de pescadores respeitadores da lei e de indústrias de produtos do mar em todo o mundo.
A 15 de Março de 2015, sob a égide da Presidência dos EUA, foi criada uma Força-Tarefa para o Combate à Pesca IUU e Fraude de Alimentos do Mar (Task Force), co-presidida pelos Departamentos de Comércio e de Estado.
Desta iniciativa resultou um plano que destaca as formas como os Estados Unidos trabalharão com outros parceiros estrangeiros no fortalecimento da governança internacional, aumentar a cooperação e fortalecer a capacidade de combate à pesca IUU e à fraude nos alimentos marinhos.
No entanto, é importante distinguir as duas vertentes (a IUU e a fraude) e onde elas se podem sobrepor. Refira-se que o objectivo não se limita ao peixe, mas abarca todas as espécies de alimentos pescados no mar, incluindo crustáceos e mariscos.
A pesca IUU consiste em actividades de pesca ilegais, não declaradas ou não regulamentadas. As entidades envolvidas na pesca IUU contornam as medidas de conservação e de gestão e evitam os custos operacionais associados a práticas de pesca sustentáveis. A pesca IUU prejudica a reputação de operações legítimas de pesca e marisco e a confiança dos consumidores.
Em termos gerais, a fraude nos alimentos provenientes do mar é "o ato de defraudar os compradores de alimentos com origem no mar com a finalidade de ganho económico ilícito". A fraude com o marisco ocorre numa enorme variedade de formas – desde o produto de tamanho inferior ao legal (a forma mais comum de fraude de produtos marinhos) a troca deliberada de espécies, a falsificação da documentação comercial, etc. Independentemente da forma como ocorre, a fraude de alimentos provenientes do mar é ilegal, prejudica a confiança no mercado e pode ter sérias consequências para as espécies, pescadores, indústria de alimentar e consumidores.
Foi, entretanto, desenvolvido um Programa de Rastreabilidade do Marisco baseado no risco, tendo o Comité Nacional do Conselho Oceanográfico sobre Pesca IUU e Fraude do Marisco publicado uma lista final de princípios para a determinação de "espécies prioritárias", as espécies em risco de pesca IUU e fraude marinha, bem como uma lista final das espécies prioritárias.
Esses princípios incluem:

  • Declaração errónea de espécies, marcação incorrecta ou outra deturpação
  • Quantidades subavaliadas e subdeclaradas
  • Cronograma de capturas
  • Histórico de violações de pesca
  • Complexidade da cadeia de processamento
  • Risco para a saúde humana

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