30 de dezembro de 2016

A DSME em joint venture na construção de estaleiro no Irão

O construtor sul-coreano Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DMSE) assinou um acordo de joint venture com a Organização de Desenvolvimento e Renovação Industrial do Irão (IDRO) para construir um estaleiro no Irão.
A IDRO vinha procurando um parceiro com experiência e know-how tecnológico para a construção de navios no país, cumprindo dessa forma as ambições de expansão da frota das companhias marítimas iranianas National Iranian Tanker Company (NITC) e Islamic Republic of Iran Shipping Lines (IRISL).
A DSME foi a escolhida pela sua especialização e experiência, além das fortes relações com as companhias marítimas iranianas, tendo anteriormente construído 38 navios (no valor de US $ 1,65 mil milhões) para a IRISL e NITC. O construtor naval também está em negociações para construir cinco plataformas do tipo jackup para a Iranian Offshore Oil Company.
Os governos de ambos os países comprometeram-se a prestar apoio sob a forma de financiamento e abastecimento de materiais.
Os construtores sul-coreanos, que têm vindo a enfrentar uma procura fraca por parte dos seus clientes habituais, têm procurado oportunidades no Irão noutros lugares no Golfo e no Oriente Médio desde que as sanções internacionais contra o Irão foram levantadas em Janeiro. No início deste mês, a IRISL encomendou quatro navios de 14.400 TEU à Hyundai Heavy Industries (HHI) e seis petroleiros de produtos à Hyundai Mipo Dockyard.
A HHI também está a construir um complexo de construção naval na Arábia Saudita, em colaboração com a companhia petrolífera nacional da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, a construtora de equipamento e fabricante Lamprell e a linha marítima nacional do reino, Bahri. Quando concluído em 2021, o complexo com 4,96 milhões de m2, terá capacidade para construir navios comerciais e instalações offshore e fornecer serviços de reparação de navios.
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Construtores de plataformas chinesas formam aliança

Sete construtores navais chineses, cujas carteiras incluem a construção de plataformas, formaram uma nova aliança, para poderem conseguir realizar economias de custos através do compartilhamento de recursos.
A aliança, chamada China Offshore (Deepsea) Industry Alliance, foi, formalmente, constituída em Pequim, a 28 de Dezembro.
Os membros da aliança incluem os estaleiros Yantai CIMC Raffles, Xangai Zhenhua Heavy Industries Company (ZPMC), Cosco (Qidong) Shipyard, Xangai Waigaoqiao Shipbuilding (SWS), China Merchants Heavy Industry (Shenzhen), Dalian Shipbuilding Offshore Industry e Cosco Shipyard, todos eles membros da “Lista Branca” lançada pelo governo chinês em Novembro de 2015.
Os construtores navais da “Lista Branca” comprovaram a sua competência tecnológica e beneficiam de condições de financiamento mais favoráveis. No caso dos construtores de plataformas, é critério para permanecer na “Lista Branca” que eles investam, pelo menos, 2% da sua receita anual no desenvolvimento de design e tecnologia.
São várias as instituições de pesquisa, universidades, fornecedores de equipamentos e bancos que apoiam estes construtores, agora coligados, no prosseguimento do desenvolvimento de um equipamento de perfuração chinês para águas profundas.
Durante o lançamento da aliança, Xin Guobin, vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, enfatizou que o sector de equipamentos offshore e marítimos é uma das 10 indústrias incluídas na estratégia governamental “Made in China 2025” para o país e a base da ambição da China em se tornar uma nação de construção naval.
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Momento de boa disposição

A logística é a área da administração responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as actividades de uma empresa.

A logística é hoje uma arte e uma ciência, dedicada a fazer o que for preciso para entregar os produtos certos, no local adequado, no tempo certo. A origem da palavra logística vem do grego e significa habilidades de cálculo e de raciocínio lógico. Portanto, fazendo as contas certas e agindo de maneira lógica e inteligente, a logística entrega os produtos de maneira eficiente, envolvendo muito mais que o transporte.
A minha proposta de hoje passa por assistir à condução de trabalhos de logística aplicada!

Navio em construção para Timor-Leste

A necessidade de ligações entre o enclave de Oé-Cusse e a parte leste da ilha de Timor, levou a RAEOA (Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno) a criar condições de transportes de pessoas e bens, tendo adquirido um avião (Twinter) com capacidade para 19 pessoas e mandado construir um ferry em Portugal.

Este ferry deriva da compra em hasta pública, pelo Governo de Timor Leste, dos equipamentos adquiridos pela Empordef (gestora dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo) e do projecto do antigo ferry encomendado pela Atlanticoline dos Açores em conjunto com o Atlântida, objecto de grande controvérsia.
Trata-se de um daily ferry que servirá os portos a norte da ilha de Timor, podendo rumar a portos estrangeiros (ex. Bali, Kupang, Darwin e ilhas indonésias vizinhas) porque sairá com certificação internacional, cumprindo com toda a legislação internacional.

Irá ligar Pante Makassar (capital do enclave de Oé-Cusse) a Díli (90 milhas náuticas) a capital de Timor Leste e outros portos do território nacional. A gestão e o pagamento do navio foi entregue á ZEESM (Zona Económica Especial Social de Mercado) da RAEOA e espera-se que os Estaleiros Navais do Mondego – Atlanticeagle Shipbuilding Lda – entreguem o navio em Maio de 2017, após o qual seguirá viagem para Timor Leste.
A RAEOA é, de momento e por excelência, o pólo do desenvolvimento de Timor Leste, sendo este navio o garante do transporte via marítima de pessoas, bens e autos ligeiros na deslocação entre as várias regiões, dando garantias de segurança e conforto equiparáveis aos padrões europeus e a possibilidade de os familiares se deslocarem, nas suas visitas, sem terem de pagar verdadeiras fortunas em vistos e passagem de viaturas e bens pelo território indonésio.
Com uma instalação propulsora diesel-eléctrica composta por 3 grupos geradores de 2.100 KVA que alimentam 2 motores eléctricos de 1.900KW cada que por sua vez accionam 2 propulsores azimutais com hélices de passo fixo com 2,4 m de diâmetro, pode atingir uma velocidade de 15 nós. O navio será também equipado, para maior manobrabilidade, com dois impulsores de proa de 405 KW cada, bem como, para maior conforto no mar, de estabilizadores de alheta retráctil além de tanques de balanço.
O navio, com o nome de Haksolok, será operado por uma tripulação de 21 elementos e terá capacidade para 377 passageiros e 25 viaturas.

O navio de transporte de automóveis Glovis Corona adornou no Mar do Norte

O PTCC de 1995 Glovis Corona sofreu um adorno de 15 graus devido à carga ter corrido enquanto navegava debaixo de mau tempo no Mar do Norte, relatam meios de informação alemães.
No momento do incidente, ocorrido na costa da ilha de Wangerooge em 26 de Dezembro, o navio de 21.421 tpl navegava do porto alemão de Hamburgo para Gotemburgo, na Suécia, de onde estava programado partir para o Médio Oriente.
De acordo com dados fornecidos pela AIS MarineTraffic, o RoRo ainda está fundeado no Neue Weser Anchorage, ao largo de Bremenhaven, onde chegou a 27 de Dezembro.
O navio é, actualmente, operado pela empresa sul-coreana de navegação Glovis.
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A DP World aumentou a sua participação na Pusan Newport Company Limited

A DP World anunciou que adquiriu uma participação adicional de 23,94% do terminal Pusan Newport Company Limited (PNC) na Coreia do Sul, pertencente à Samsung Corporation & Subsidiaries. Isso aumenta a participação da DP World na PNC para 66,03%, embora os termos da transacção não tenham sido revelados.
A PNC é o maior terminal do porto de Pusan, com capacidade de movimentação 5,25 milhões de TEU’s, movimentando 34% dos actuais volumes portuários. O Novo Porto de Pusan iniciou as suas operações em 2006 e opera 23 cais de contentores com ligações a 500 portos em 100 países de todo o mundo. Globalmente, o Porto de Pusan é o 6º maior porto do mundo, com volumes de movimentação de 19,5 milhões de TEU’s em 2015 e representa aproximadamente 75% do volume total de contentores movimentados na Coreia do Sul.
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29 de dezembro de 2016

Antuérpia atinge, pela primeira vez, os 10 milhões de TEU’s

O porto de Antuérpia movimentou 10 milhões de unidades equivalentes de 20 pés pela primeira vez em 2016, prolongando a sua tendência de crescimento e que, certamente, irá aumentar ainda mais a sua quota de mercado no raio de cobertura Le Havre/Hamburgo, com portos altamente competitivos.
O segundo maior hub de contentores da Europa aumentou o tráfego em 4,2%, de 9,65 milhões de TEUs em 2015 para 10,06 milhões em 2016, de acordo com dados provisórios, imediatamente a seguir ao líder de mercado Roterdão e cimentando a sua liderança em relação ao terceiro classificado este ano, o porto de Hamburgo.
Para tornar o porto de Antuérpia mais atraente para as novas alianças de navegação e aos seus meganavios, o porto abriu este ano a maior eclusa do mundo, melhorando, assim, o acesso ao seu terminal Waasland. A eclusa de Kieldrecht levou cinco anos a construir e pode acomodar os actuais maiores navios do mundo em operação. Anteriormente, apenas uma eclusa, a Kallo Lock, permitia o acesso a Waasland, o que significava que os navios tinham que esperar na fila por mais de três horas para entrar no porto.
A produção total também atingiu um máximo histórico de mais de 214 milhões de toneladas (235,9 toneladas) em 2016, acima do recorde anterior de 208,4 milhões de toneladas movimentadas em 2015.
Segundo os dados da entidade portuária, o volume movimentado de RO-RO caiu 1,9%, para pouco menos de 4,6 milhões de toneladas. Na carga geral convencional assistiu a uma queda de 2,4%, ficando-se pelas 9,76 milhões de toneladas, apesar do aumento de 12% nos embarques de aço, não suficiente para colmatar a quebra por menores volumes de metais não ferrosos, fruta, papel e celulose.
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Transportadores anunciam cancelamento de viagens para após o Ano Novo Chinês

As taxas de frete spot e a procura por transporte da carga devem cair logo após o ano novo chinês, que começa em Janeiro. Por esse motivo, as alianças de linha já anunciaram uma série de cancelamentos de escalas no período pós-Ano Novo chinês, o maior feriado anual do continente.
O Ano do Galo começa a 28 de Janeiro, com carregadores apressando-se a carregar a sua carga antes que as fábricas chinesas fechem e os trabalhadores entrem em férias durante grande parte do mês de Fevereiro. A procura não deve melhorar antes de Abril.
Embora o período pós feriado sempre tenha sido fraco, o período imediatamente antes é, tradicionalmente, forte e, muito especialmente, este ano. As taxas de frete spot na etapa Ásia-Europa permaneceram surpreendentemente fortes à medida que o fecho do ano se aproxima, com os transitários e agentes a relatarem dificuldades na garantia de espaço de transporte e que as operadoras estavam a resistir a descontos.
"O espaço disponível é muito curto da China para o Norte da Europa e as companhias marítimas não querem negociar. Elas disseram-me que se eu quisesse reservar com desconto na taxa de frete, não seriam capazes de garantir o meu calendário de carga", disse o proprietário de um transitário em Hong Kong ao JOC.com.
O transitário adiantou, ainda, que as taxas contratadas para 2017, na viagem Ásia-Europa, aumentaram significativamente, algo que foi confirmado por carregadores que relataram aumentos, por vezes superiores a 25%, em comparação com as negociadas em 2016.
Um factor que contribui para o fortalecimento das taxas de frete é a gestão da capacidade feito pelas operadoras. O excesso de frota em 2016 atingiu um novo recorde, com um pico de 1,7 milhões de TEU’s, de acordo com a analista da indústria Drewry. Desde então, tem vindo a recuar, sendo que cerca de 600.000 TEUs de capacidade foram desmantelados este ano.
Além disso, de acordo com a Alphaliner, os 34 navios (de 7.000 a 13.000 TEUs) operados pela Hanjin estão actualmente inactivos.
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O emborcamento de uma traineira faz um morto e um desaparecido

Na quarta-feira, a Royal National Lifeboat Institution (RNLI) do Reino Unido e a Agência Marítima e Guarda Costeira realizaram uma operação de busca pela tripulação de um arrastão em Ramsgate, no Canal da Mancha. Dois tripulantes foram localizados, mas um terceiro permanece desaparecido, com a esperança de um resgate com vida ser diminuta.
Um dos tripulantes foi avistado e recolhido por um petroleiro mercante que passava, agarrado ao casco virado do pesqueiro, tendo sido evacuado por helicóptero e levado para tratamento médico. Ele disse às autoridades que o arrastão, com bandeira belga, se havia virado repentinamente na noite de terça-feira e que a tripulação não tinha tido tempo para lançar pedido de socorro.
Uma equipa de dois mergulhadores belgas inspeccionou o navio para determinar se alguém se encontrava preso no interior da embarcação, mas encontraram-no vazio. Dois helicópteros SAR, um do Reino Unido e outro da Bélgica, participaram numa busca mais ampla, auxiliada por vários barcos salva-vidas RNLI, um barco de pesca local e um barco de apoio ao parque eólico.
Mais tarde, na quarta-feira, um outro tripulante foi encontrado e retirado da água e, apesar de mostrar sinais de vida no momento do resgate, veio a falecer no hospital. A Agência Marítima e Guarda Costeira cancelaram, entretanto, a busca pelo terceiro tripulante na noite de quarta-feira. Uma porta-voz da estação da Guarda Costeira de Dover disse à BBC que o máximo de sobrevivência com a actual temperatura da água é de 15 horas (10 graus). O tempo estava calmo no momento do acidente e, até agora, não há nenhuma indicação da causa que o provocou.
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Os Reguladores sul-coreanos desmentem rumores de fusão da DSME

Na quarta-feira, o presidente da Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul reiterou declarações anteriores de que a Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering não seria alvo de fusão com a Samsung Heavy Industries e a Hyundai Heavy Industries.
“As três grandes empresas [DSME, HHI e SHI] estão sob reestruturação e uma potencial fusão iria prejudicar todas elas”, disse a mesma fonte em conferência de imprensa. A Comissão acredita que as novas regulamentações da OMI sobre tratamento de água de lastro e limitação de emissões de enxofre irão criar um ressurgimento na construção naval.
A DSME perdeu cerca de 1 milhar de milhão de USD no primeiro semestre de 2016 e está a lutar para cortar custos. Como parte de seus esforços de reestruturação, está a reduzir custos laborais através de cessação de actividade, demissões, aposentação antecipada e saídas por rescisão amigável.
Entretanto o escândalo da ocultação de contas na DSME vai crescendo. Na terça-feira foram acusados três funcionários do ramo sul-coreano da firma de contabilidade Deloitte, alegadamente por terem ignorado a alegada fraude contabilística da DSME em 2013 e 2014. Três ex-executivos da DSME já foram presos em conexão com o caso.
A Deloitte Anjin negou qualquer irregularidade e disse que havia exigido à DSME que reformulasse os seus lucros. O construtor de navios publicou os valores revistos para 2013 e 2014 no final de Março, depois das auditorias externas terem identificado que as perdas extraordinária de US $ 1,7 mil milhões de 2015 foram provocadas pelos resultados dos anos anteriores.
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A pesca ilegal e a fraude nos alimentos com origem no mar

A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU) e a fraude nos alimentos recolhidos no mar minam a sustentabilidade dos stocks de alimentos marinhos, não só nos EUA, como globalmente, e têm um impacto negativo na sustentabilidade dos ecossistemas. Ao mesmo tempo, a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e os produtos fraudulentos de marisco distorcem os mercados legais e competem injustamente com os produtos provenientes de pescadores respeitadores da lei e de indústrias de produtos do mar em todo o mundo.
A 15 de Março de 2015, sob a égide da Presidência dos EUA, foi criada uma Força-Tarefa para o Combate à Pesca IUU e Fraude de Alimentos do Mar (Task Force), co-presidida pelos Departamentos de Comércio e de Estado.
Desta iniciativa resultou um plano que destaca as formas como os Estados Unidos trabalharão com outros parceiros estrangeiros no fortalecimento da governança internacional, aumentar a cooperação e fortalecer a capacidade de combate à pesca IUU e à fraude nos alimentos marinhos.
No entanto, é importante distinguir as duas vertentes (a IUU e a fraude) e onde elas se podem sobrepor. Refira-se que o objectivo não se limita ao peixe, mas abarca todas as espécies de alimentos pescados no mar, incluindo crustáceos e mariscos.
A pesca IUU consiste em actividades de pesca ilegais, não declaradas ou não regulamentadas. As entidades envolvidas na pesca IUU contornam as medidas de conservação e de gestão e evitam os custos operacionais associados a práticas de pesca sustentáveis. A pesca IUU prejudica a reputação de operações legítimas de pesca e marisco e a confiança dos consumidores.
Em termos gerais, a fraude nos alimentos provenientes do mar é "o ato de defraudar os compradores de alimentos com origem no mar com a finalidade de ganho económico ilícito". A fraude com o marisco ocorre numa enorme variedade de formas – desde o produto de tamanho inferior ao legal (a forma mais comum de fraude de produtos marinhos) a troca deliberada de espécies, a falsificação da documentação comercial, etc. Independentemente da forma como ocorre, a fraude de alimentos provenientes do mar é ilegal, prejudica a confiança no mercado e pode ter sérias consequências para as espécies, pescadores, indústria de alimentar e consumidores.
Foi, entretanto, desenvolvido um Programa de Rastreabilidade do Marisco baseado no risco, tendo o Comité Nacional do Conselho Oceanográfico sobre Pesca IUU e Fraude do Marisco publicado uma lista final de princípios para a determinação de "espécies prioritárias", as espécies em risco de pesca IUU e fraude marinha, bem como uma lista final das espécies prioritárias.
Esses princípios incluem:

  • Declaração errónea de espécies, marcação incorrecta ou outra deturpação
  • Quantidades subavaliadas e subdeclaradas
  • Cronograma de capturas
  • Histórico de violações de pesca
  • Complexidade da cadeia de processamento
  • Risco para a saúde humana

Porto de Hamburgo: prevista para Fevereiro decisão sobre o alargamento do canal de navegação

O ajuste do canal de navegação no Baixo e no Elba Exterior constituir-se-á no mais importante projecto de expansão estratégica para o Porto de Hamburgo. Tendo em conta rápido crescimento dos navios, o porto de Hamburgo depende da adaptação do seu acesso marítimo a este desenvolvimento técnico a longo prazo. Esta é a única forma de garantir que Hamburgo pode ser escalado em condições economicamente viáveis e que o seu porto continua a ser competitivo.
Durante os últimos três dias, o Tribunal Administrativo Federal de Leipzig discutiu as questões legais e técnicas relacionadas com o ajustamento do canal de navegação para navios porta-contentores com calado de até 14,5 metros, apresentadas pelo governo federal e pela proprietária do porto, a Cidade Livre e Hanseática de Hamburgo.
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28 de dezembro de 2016

Quatro operadores MPP europeus fundam a House of Shipping

Um grupo de quatro operadores europeus de navios de carga multipropósito chegou a um acordo para cooperar na gestão técnica de navios por forma a gerarem poupanças através de economias de escala.
As Thorco Shipping Holland, Navigia, Feederlines e Peak formarão uma nova parceria, chamada House of Shipping, sediada em Groningen que terá um total de 65 navios MPP sob sua gestão. As operações comerciais serão asseguradas de forma autónoma.
A Thorco Shipping Holland é o braço holandês do operador dinamarquês Thorco Projects. Navigia e Feederlines são empresas holandesas que fundiram as suas actividades de gestão de armamento de navios em Março deste ano.
A Feederlines era co-propriedade da alemã Reederei Hartmann, com sede em Leer. Após a saída do parceiro alemão no início de 2016, a empresa é agora totalmente detida pelo seu director-geral Jan van der Laan, enquanto a Navigia é controlada pelos empresários holandeses Jan van Breden e Eric Bos. Eles também são, em conjunto, responsáveis pela gestão técnica da frota da empresa norueguesa Peak Shipping.
Como parte do novo acordo de cooperação de gestão, a Thorco Shipping Holland fechará o seu escritório em Winschoten e transferirá todo o seu pessoal para a Feederlines, cujos escritórios em Groningen serão transformados na sede da nova empresa.
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A ZIM abandona Acordo Transpacífico de Estabilização

A ZIM abandonará o Acordo Transpacífico de Estabilização (TSA), um acordo de discussão entre os principais transportadores de contentores que movimentam carga entre a Ásia e os Estados Unidos, a partir de 31 de Dezembro.
A ZIM é a quinta transportadora a abandonar a TSA em 2016. A China Shipping e a Cosco abandonaram a TSA após a fusão, a sul-coreana Hanjin retirou-se do grupo em Novembro, após a falência, e as empresas japonesas K Line e NYK deixaram o acordo em Agosto e Novembro, respectivamente.
A ZIM não avançou razões para o abandono.
Após a saída da ZIM, à TSA restarão nove membros: as APL, CMA CGM, Evergreen, HMM, Hapag-Lloyd, MSC, Maersk, OOCL e Yang Ming.
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Formador de Louisiana indiciado por venda de certificados falsos de treino DP

Um ex-instrutor marítimo foi indiciado por, supostamente, aceitar subornos para certificar indivíduos na condução de equipamentos críticos de infra-estrutura marítima para os quais nunca haviam tido treino.
As acusações foram proferidas no início deste mês no Distrito Leste da Louisiana, seguindo uma investigação levada a cabo pela US Immigration and Customs Enforcement (ICE), pela Homeland Security Investigations (HSI) e pelo Serviço de Investigações da Guarda Costeira dos EUA.
De acordo com registos do tribunal, Maurice George, de 45 anos, de Napoleonville, é acusado de conspiração para cometer fraudes electrónicas e oito acusações de fraude electrónica pelos supostos crimes enquanto empregado da empresa Beier Radio, L.L.C. o suspeito alegadamente inventou um esquema para desviar cerca $ 334.892 do seu empregador, entre 2007 e 2013, recebendo mais de 200 pagamentos entre $ 1.200 e $ 2.000 dos estudantes em troca de certificados fraudulentos.
Se condenado por todos os crimes de que está indiciado, o suspeito enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão e uma multa de US $ 250.000.
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Assista: Petroleiro químico “Key Marmara” em apuros

O vídeo foi, inicialmente, publicado na segunda-feira no site holandês Dumpert. O acidente terá ocorrido a 23 de Dezembro no porto de Svetly, tendo o petroleiro químico “Key Marmara”, por razões não conhecidas, abalroado o navio de carga “Alana Evita”, com bandeira holandesa, que sofreu um rombo no costado provocado pelo bolbo do navio tanque. Os danos sofridos pelo “Key Marmara” foram mínimos. Segundo a informação AIS actual, o navio já está a navegar no Mar Báltico.
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Após um ano de turbulência, o mercado de petroleiros está em suspenso

O quarto trimestre de 2016 fecha o que foram 12 meses de mercado intermitente para os navios petroleiros. O acordo entre os membros da OPEP e de países não membros na tentativa de cortar a produção e reduzir o excesso de oferta será a principal determinante das condições que vão ser observadas pelo mercado em 2017.
A última análise da MSI sobre o mercado de navios-tanque conclui que, apesar dos cortes terem um impacto negativo limitado a curto prazo, há razões para acreditar que haja evolução positiva, falando na perspectiva a longo prazo.
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A extinção dos Estaleiros de Viana poderá ser, de novo, adiada

Governo está a analisar a situação. O motivo continua a ser o mesmo: um impasse na resolução de um contrato de construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela.
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Um tripulante morto, 18 desaparecidos, após afundamento de ferry nas Filipinas durante tufão

Está em curso uma grande operação de busca e salvamento nas Filipinas por 18 pessoas desaparecidas depois que o ferry Starlite Atlantic afundou durante a passagem do tufão Nock-Ten (Nina), na segunda-feira.
O navio naufragou na manhã de segunda-feira entre Puerto Galera, na ilha de Mindoro, e a ilha de Maricaban, depois de ter sido atingido por ventos fortes e grandes vagas. Quinze tripulantes foram resgatados, mas a busca continua para os 18 tripulantes ainda desaparecidos. Durante a comunicação por parte da empresa foi confirmado o óbito de um dos tripulantes. Não havia passageiros ou carga a bordo do ferry no momento do acidente.
Foram encontradas três balsas salva-vidas, que se acredita serem do navio, numa ilha próxima e um rebocador foi enviado para o local. Também foram encontrados coletes salva-vidas vazios, segundo a empresa.
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27 de dezembro de 2016

"Para que outros vivam"

"Para que outros vivam", é o lema da Esquadra 751 com Base no Montijo e criada em 28 de Abril de 1978. É da sua responsabilidade a execução de missões de Busca e Salvamento nas áreas de responsabilidade atribuídas a Portugal no âmbito dos seus compromissos internacionais.

No presente vídeo podemos assistir a um exercício, de muitos, que os seus profissionais têm de realizar para manterem a sua elevada operacionalidade. Este exercício decorreu à saída do Porto de Setúbal, no dia 29 de Novembro passado, tendo o navio português "Roaz" servido de “cobaia” e sido filmado pelo Comandante Augusto Silva, de bordo do navio.

Fincantieri surge como único licitante proponente da STX France

O grupo italiano de construção naval Fincantieri SpA é o único licitante do grupo naval STX France, informou nesta terça-feira uma fonte próxima do caso.
A venda da STX France, especializada na construção de navios de cruzeiro na cidade de Saint-Nazaire, no oeste da França, é rentável e faz parte da maior venda de empresas do grupo de construção naval STX.
Um porta-voz do tribunal coreano que supervisiona o processo havia dito na terça-feira que havia sido recebido uma licitação para a compra da STX France, sem adiantar o nome. Anteriormente, em Novembro, um porta-voz do tribunal de Seul tinha dito que existiriam quatro manifestações de interesse na compra de uma, ou de ambas as participadas da STX Offshore & Shipbuilding Co Ltd, na Coreia do Sul e a STX France.
De qualquer forma, existiram rumores, na altura, que os interessados seriam, na sua maioria, europeus (foram apontados a francesa DCNS e a holandesa Damen, para além da Fincantieri).
Como se sabe, o Estado francês detém uma participação minoritária de bloqueio de 33 por cento na STX France de que não pretendia abrir mão e que teria uma palavra a dizer em qualquer mudança de propriedade. O estaleiro de Saint Nazaire tem know-how e informação militar privilegiada, já que construiu e possui os planos de várias unidades navais da Marinha Francesa, além de exclusiva alta tecnologia.
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Estação meteorológica na Escola Náutica

A ENIDH já tem uma estação meteorológica Windguru a funcionar! Veja os dados de temperatura e velocidade do vento em tempo real. Pode ainda consultar a Informação Marítima, a Previsão Meteorológica, Avisos à Navegação e muito mais.
Estação meteo de ENIDH

UNCTAD preocupada com o lento crescimento do comércio mundial

Embora a economia global tenha crescido em 2015, as estatísticas mostram queda no valor do comércio mundial de bens e serviços, segundo um relatório da UNCTAD divulgado na quinta-feira.
No ano passado (2015) foi a primeira vez, desde 2001, que o valor do comércio caiu em período de expansão económica, de acordo com o relatório – Principais Indicadores e Tendências em Comércio Internacional 2016 – que apontou, simultaneamente, o aumento do volume de comércio em cerca de 1,5 por cento (ou seja, mais por menos).
O relatório apresenta um sentimento de preocupação com o acentuado declínio do comércio internacional e que resulta de vários factores, que se somam. Entre eles:
  •     O crescimento do volume de comércio tem sido inferior ao crescimento global da economia mundial, algo que raramente aconteceu nas últimas décadas e apenas durante as crises económicas, como em 2001 e 2009, fala o relatório;
  •      Os volumes de comércio foram bastante instáveis, mostrando volatilidade substancial durante 2015, comparando os trimestres e os volumes de comércio entre países. Os volumes de comércio aumentaram na globalidade, mas diminuiu para muitos países;
  •       É discutível que o crescimento físico no comércio internacional possa continuar num ambiente económico deflacionário, em virtude de muitos exportadores poderem não ser capazes de manter sua quota nos mercados, ao longo do tempo, enquanto enfrentam rendimentos financeiros reduzidos.

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26 de dezembro de 2016

Naufrágio no Uganda mata equipa de futebol e adeptos

Trata-se do segundo naufrágio em poucos dias nos lagos do Uganda, depois de na sexta-feira cerca de 20 pessoas morreram nas mesmas circunstâncias no lago Vitória.
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Agravamento do estado do mar nos próximos dias para os Açores

A Autoridade Marítima Nacional alerta a comunidade marítima e a população dos Açores, em especial do grupo ocidental e central que frequente as zonas costeiras, para a previsão de ventos fortes e agravamento do estado do mar, com ondas que podem atingir os 6 a 7 metros de altura.
Comunicado da AMN

USCG concede aprovação a mais dois sistemas BWM

A sueca Alfa Laval Tumba AB e a OceanSaver AS, com sede na Noruega, receberam os certificados de aprovação das suas versões BWM’s (água de lastro conforme a Convenção IMO, a entrar em vigor a 8 de Setembro do próximo ano) pelo Centro de Segurança Marítima dos Estados Unidos.
O sistema da Alfa Laval PureBallast 3 incorpora vários reactores de projecção ultravioleta. Já o  OceanSaver BWTS MKII tem por base um processo de eletrocloração, ou eletrodiálise.
No início de Dezembro, a USCG já havia concedido um primeiro certificado de aprovação deste tipo ao especialista norueguês de tratamento de água de lastro (BWT), Optimarin, pelo seu Sistema de Lastro Optimarin (OBS).
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VÍDEO: Navio de carga geral CABRERA afundou, 9 tripulantes foram evacuados

Foram evacuados os nove tripulantes do navio de carga geral Cabrera depois que o navio encalhou e afundou na costa norte da ilha de Andros, na Grécia, de acordo com a Marinha Helénica.
O helicóptero naval conseguiu remover a tripulação da embarcação, composta por quatro filipinos, três polacos, um ucraniano e um lituano.
A Marinha Helénica informou que o navio depois de encalhar na costa rochosa se estava a afundar sob condições meteorológicas muito severas que se faziam sentir no local.
O incidente ocorreu a 24 de Dezembro, quando o navio navegava do porto grego de Larimna para Tornio, na Finlândia, com carga de ferro e aço.
Já a 25 de Dezembro as autoridades gregas actualizaram a informação, relatando poluição junto ao navio, tanto na forma de inúmeros detritos, como de derrame de óleo combustível, por uma zona de cerca de 500 metros quadrados. De acordo com a CG grega, o tempo terá sido a causa do acidente, mas de acordo com outros relatos, a informação de AIS recolhida sugere erro de navegação.
Notícia original c/ Vídeo

O Reino Unido contrata o salvádego “Ievoli Black” por 5 anos para ocorrer a emergências ao largo da Escócia

A Agência Marítima e de Guarda Costeira do Reino Unido (MCA) assinou um contrato de 5 anos com a empresa de salvamento marítimo Ardent para serviços de reboque de emergência ao largo das costas norte e noroeste da Escócia com recurso ao rebocador Ievoli Black.
O Ievoli Black, de 2.283 toneladas brutas, é propriedade da companhia marítima italiana Marnavi, mede 70 metros e tem uma capacidade de reboque de 139 T (bollard pull). Está preparado ara operações de combate a incêndios, operação de ancoragem, reboque, pesquisa e serviços subaquáticos. O navio já serviu como ETV (Emergency Tow Vesse l) nos Países Baixos de 2010 a 2013.
O navio está a deslocar-se do Adriático para as Ilhas Britânicas, estando programado chegar a Kirkwall, nas Ilhas Orkney, até o final do ano, onde irá render o actual ETV “Herakles”.
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23 de dezembro de 2016

Sete paquistaneses mortos em ataque a um navio de carga ao largo da costa do Iémen

Sete cidadãos paquistaneses foram mortos em consequência de um ataque com morteiros a um navio de carga ao largo da costa do Iémen na noite de quarta-feira, informou o canal de televisão Geo News.
O navio de carga, MV Joya, estava a caminho do Dubai vindo do Egipto tendo sido atacado com granadas-foguete. Por consequência, o navio incendiou-se e afundou com oito membros da tripulação – todos paquistaneses – a bordo. Destes oito paquistaneses, apenas um homem (o imediato), conseguiu atirar-se ao mar e chegar vivo à costa.
Os restantes sete, incluindo o capitão, estão desaparecidos, acreditando-se que possam ter morrido.
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Notícias breves da semana

Segundo incêndio em Gadani
Pela 2ªa vez em menos de um mês, na manhã de quinta-feira, declarou-se incêndio num petroleiro de GLP a ser desmantelado no estaleiro de Gadani, no Paquistão. Os relatórios locais indicam que todos os trabalhadores que se encontravam a bordo haviam sido resgatados e o foco de incêndio extinto pela tarde.
No mês passado, cerca de 30 trabalhadores morreram e outros 60 ficaram feridos num incêndio a bordo do FPSO Aces encalhado na praia de Gadani. O incidente provocou os protestos de sindicatos e defensores de uma regulação mais rigorosa na indústria de desmantelamento de navios do país, mas a suspensão de trabalho decretada pelo governo foi levantada, no início deste mês, pelos tribunais.
Encalhe provoca o encerramento do Estreito do Bósforo
O Bósforo fechou ao tráfego comercial por quatro horas, na quinta-feira, para as autoridades poderem dar resposta ao encalhe do navio graneleiro Star Harmony.
Os relatos das agências de navios e dos meios de comunicação locais indicaram que o incidente se ficou a dever a falha mecânica no navio, que navegava sem piloto a bordo no momento do encalhe, não havendo a registar ferimentos ou derrame de combustível.
Porta-automóveis sem propulsão rebocado para longe da costa
O RORO Tenerife Car ficou sem propulsão na noite de terça-feira numa posição de risco, aproximadamente, a 20 mn a sueste de Valência.
Devido ao perigo de o navio derivar e encalhar em Cullera ou Safor, as autoridades despacharam o rebocador Sar Mesana para responder ao incidente. Este rebocador estabeleceu reboque e trouxe o navio para o porto de Valência, sem outros incidentes, tendo chegado pela manhã na quarta-feira, cerca das 0800.

Wilhelmsen e Wallenius estão muito perto da fusão

O especialista norueguês em transporte marítimo de cargas Wilh. A Wilhelmsen Holding (WWH) e a sueca-norueguesa Wallenius assinaram um acordo que conduz a uma nova estrutura de propriedade conjunta dos seus investimentos.
Através deste negócio, as companhias combinarão a propriedade na Wallenius Wilhelmsen Logistics, EUKOR Car Carriers e na American Roll on Roll off Carrier.
As duas empresas trocarão as respectivas dos atuais activos. Na conclusão da fusão, a Wilhelmsen e a Wallenius deterão uma participação igual de 42,9% na nova entidade, que irá operar sob o nome Wallenius Wilhelmsen Logística ASA. Os accionistas minoritários da WWASA deterão os restantes 14,2% de acções.
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Desmantelamento de navios de contentores aumenta à medida que os valores dos Panamax se mantêm baixos

Segundo a Braemar ACM, até 20 de Dezembro, uma capacidade próxima dos 699 mil TEU, foram enviados para demolição, enquanto em 2015 se ficaram pelos 187.500 TEU. O shipbroker de Londres acrescentou que 32 navios (102.000 TEU) tinham sido vendidos para sucata nos últimos 30 dias.
Esta rápida aceleração da demolição de navios porta-contentores – particularmente, dos navios panamax, cujos valores contabilísticos depreciaram em mais de 60% este ano, equiparando-se, hoje, ao valor de sucata – ajudou a travar o aumento da frota em excesso e parada.
No entanto, estima-se em 1,4 milhões de TEU o número de slots redundantes que ainda são considerados em excesso na sequência do crash financeiro de 2008/2009 e que representam 7,1% da frota celular mundial.
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O Código Polar IMO entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2017

Apenas os navios que tencionem operar no Árctico e no Antárctico, conforme definido no Código Polar, devem cumprir o código. As áreas são as seguintes:
Árctico: Genericamente, ao norte dos 60 °, mas limitado por uma linha que une a Groenlândia; o paralelo 58° ao norte da Islândia e a margem sul de Jan Mayen – Bjørnøya – Cap Kanin Nos.
Antárctica: ao sul dos 60 °.
A parte do Código Polar sobre segurança aplica-se a navios SOLAS certificados, isto é, a navios de carga de 500 GT ou mais e a todos os navios de passageiros.
Os navios construídos a partir 1 de Janeiro de 2017 devem cumprir com as disposições do Código a partir da entrega.
Os navios construídos antes de 1 de Janeiro de 2017 devem cumprir com as disposições do a partir da primeira inspecção intermédia ou de renovação, consoante o que ocorrer primeiro, após 1 de Janeiro de 2018.
A parte ambiental do Código Polar aplica-se a todos os navios certificados nos Anexos I, II, IV e V da MARPOL. Os navios existentes e os novos certificados ao abrigo da MARPOL devem cumprir os requisitos ambientais até 1 de Janeiro de 2017. Isto significa que os navios de pesca que ostentem certificados MARPOL também terão de cumprir a parte ambiental do código, embora não possuam certificados SOLAS.
Para quem pretender conhecer melhor as principais disposições (genéricas) do Código Polar deixo o artigo Técnico que podem aceder através do link.
Artigo técnico

Neopanamax da Hapag-Lloyd perde contentores no mar

Durante uma paragem para reparação quando a navegar no Atlântico, o navio da Hapag-Lloyd's Bremen Express (8.750 TEU) sofreu condições de forte balanço transversal e, por razões ainda por determinar, alguns contentores acabaram por cair ao mar.
O navio, que opera no serviço CEC e se encontrava a cerca de 1.400 milhas náuticas a oeste da Europa, quando o incidente ocorreu, nunca esteve em situação de perigo.
O Bremen Express, de 336 metros de comprimento e construído em 2008, reiniciou a sua navegando após relatar o incidente às autoridades responsáveis.
Fará uma escala num porto no Mediterrâneo, a fim de ser inspeccionado, antes de passar pelo Canal de Suez na sua viagem para a Ásia.
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A Royal Caribbean passa a contratar nadadores-salvadores

A Royal Caribbean Cruises anunciou que está a contratar nadadores-salvadores para os seus navios de cruzeiro. A linha de cruzeiros anunciou a disponibilidade da posição de nadador-salvador a partir de 21 de Dezembro de 2016.
O anúncio indica que nadador-salvador "terá de executar o salvamento de hóspedes em perigo de afogamento e estar atento a possíveis acidentes. Será treinado para administrar os primeiros socorros, RCP, oxigénio e AED, monitorizar e operar espaços aquáticos recreativos, incluindo, mas não limitado, a Piscinas, Zonas H2O / Baía Splashaway e outras atracções aquáticas... "
Esta atitude reflecte uma alteração de política desta linha de cruzeiro que, anteriormente, não empregava nadadores-salvadores nos seus navios.
Como outras linhas de cruzeiro, a Royal Caribbean viu várias crianças afogar ou quase afogar nos seus navios de cruzeiro. Uma criança de 8 anos morreu afogada em 30 de Junho de 2016, a bordo do Anthem of the Seas.
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A Sea Shepherd encontra navio baleeiro japonês

Na madrugada de sexta-feira, um navio da Sea Shepherd (Ocean Warrior) interceptou um dos navios arpoeiros da frota baleeira japonesa.
A Sea Shepherd diz que a embarcação estava bem dentro do santuário de baleias do oceano meridional: aproximadamente nos 64 15 'S 115 06' E, a 165 mn NE da base de Casey, dentro do santuário australiano de baleias e da ZEE.
Os navios de Sea Shepherd (com um total de 50 tripulantes de oito países diferentes ) estão, agora, em busca do navio base usado para o processamento das baleias, o Nisshin Maru. As condições meteorológicas da área são de nevoeiro espesso.
Em 2015, o Tribunal Federal australiano multou os baleeiros japoneses num milhão de dólares australianos por caçarem dentro do santuário de baleias australiano, no entanto, a multa permanece por pagar.
Agora que, por decisão do Tribunal Internacional de Justiça, se considera a caça à baleia ilegal, a Sea Shepherd pede ao governo australiano que envie um navio para se opor à caça à baleia pelos japoneses no Santuário Australiano de Baleias.
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Rácios sofríveis na melhoria da sustentabilidade dos navios de cruzeiro

O último Relatório de Sustentabilidade da Royal Caribbean mostra um baixo rácio de progresso na indústria de cruzeiros

A Royal Caribbean espera realizar progressos no sentido de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e os resíduos sólidos até 2020. O problema é que o gigante da indústria de cruzeiro ficou aquém das suas metas para 2015 e enfrenta uma série de dificuldades para alcançar os seus ambiciosos objectivos para o futuro.
As linhas do cruzeiro referem, frequentemente, o esforço que colocam na operação sustentável a bordo dos seus navios, em especial quando estão de visita a portos de todo o mundo.
O último relatório de sustentabilidade da Royal Caribbean Cruises – que opera as marcas Royal Caribbean International, Celebrity Cruises e Azamara Club Cruises – mostra os desafios da marca em dimensionar a tecnologia sustentável em toda a sua frota de cruzeiro.
A Royal Caribbean comprometeu-se a reduzir a sua emissão de CO2 em 35% até 2020, em relação ao seu patamar de 2005, para além de seleccionar os fornecedores de 90% dos seus alimentos marinhos entre os que tenham uma actuação responsável e respeitem os níveis de capturas consagrados mundialmente. Quer, ainda, reduzir os seus resíduos sólidos desembarcados para aterros em 85%, em comparação com a sua marca de 2007.
Embora cada navio novo que entra na linha traz tecnologia mais eficiente, os mais antigos apenas podem sofrer alterações para redução da poluição, melhor uso da energia e reduzir o desperdício. Este facto, per si, pode aumentar o volume da poluição total, apesar dos avanços conseguidos na sustentabilidade dos novos navios. A Royal Caribbean International, em particular, adicionou quatro meganavios desde 2014.
Examinando as métricas de 2015 fornecidas pela Royal Caribbean, no entanto, fica claro que o progresso conseguido em relação à poluição é mínimo. A empresa ainda está em processo de instalação de depuradores de emissões em toda a sua frota; mas até mesmo após a entrada em funcionamento dos depuradores não deverá haver grandes alterações nos níveis de poluição do ar referentes às linhas de cruzeiro.
Abaixo, apresentam-se os dados fornecidos pela empresa sobre as emissões, o consumo de energia e a eliminação de resíduos.

PRINCIPAIS INDICADORES DE DESEMPENHO
2013
2014
2015
Emissões de gases c/efeito de estufa (toneladas métricas de CO2e)
4 337 542
4 415 011
4 456 912
Objectivo traçado
4 271 577
4 404 403
4 446 098
Desvio para o objectivo
10.823
10.608
10.813
Intensidade de emissão disponível por 1.000 dias de cabine
127.6
126.9
121.3
Consumo de energia (megawatts/ hora)
 6 408 756
 6 545 148
6 511 654
Intensidade de energia disponível por dia de passageiro de cruzeiro   
0,1923
0,1874
0,1777
Emissões totais de SOx (toneladas métricas)
60.015
61.156
58.186
Emissões totais de NOx (toneladas métricas)
65.279
66.480
64.123
Emissões totais de Partículas (toneladas métricas)  
7.406
7.547
7.169
Resíduos sólidos enviados para terra (kgs/dia/passageiro disponível)  
0,41
0,25
0,21
Como se pode verificar, são perceptíveis melhorias, particularmente, na redução dos resíduos sólidos enviados para aterros sanitários. Por outro lado, tecnologias mais recentes, entretanto instaladas na frota, têm vindo a tornar os navios mais eficientes em termos energéticos.
O relatório admite que a empresa ficou aquém das metas que havia enunciado, anteriormente, na redução de emissões de gases de efeito estufa.