21 de janeiro de 2022

Repsol criticada por resposta tardia a derrame de óleo em Lima

O Peru exigiu compensação à gigante espanhola Repsol após ondas resultantes de uma erupção vulcânica perto de Tonga terem causado um derrame acidental de óleo descrito como o pior desastre ecológico a atingir o país sul-americano na história recente.

A primeira-ministra do Peru, Mirtha Vásquez, disse aos jornalistas na quarta-feira que a refinaria de Pampilla, administrada pela Repsol, “aparentemente” não tinha um plano de contingência para um derrame de óleo.

O Ministério das Relações Exteriores do país pediu à empresa que “compense imediatamente” os danos causados ​​pelo derrame no sábado, que causou “graves danos a centenas de famílias de pescadores” e “colocou em perigo a flora e a fauna” em duas áreas naturais protegidas.

Autoridades isolaram três praias na segunda-feira depois que 6.000 barris de petróleo foram derramados durante o descarregamento de um navio-tanque na refinaria La Pampilla, na costa perto de Lima, ao norte da capital peruana.

Imagens nas redes sociais e na TV mostraram praias enegrecidas e dezenas de aves marinhas mortas encharcadas em óleo, entre elas o raro pinguim de Humboldt, numa área considerada um hotspot de biodiversidade marinha.

Funcionários da refinaria, administrada pela Repsol, inicialmente descreveram o derrame como “limitado” e disseram que estavam a trabalhar com as autoridades na limpeza das praias. No entanto, houve indignação pública com o que se foi percebendo por resposta tardia da empresa.

Tine Van Den Wall Bake, porta-voz da Repsol, negou que deveria aceitar a responsabilidade pelo incidente. “Nós não causamos esse desastre ecológico e não podemos dizer quem é o responsável”, disse ela à rádio nacional na quarta-feira.

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