Um surto de Covid atingiu um crucial navio de socorro australiano com destino a Tonga, atingida pelo tsunami. Cerca de 23 casos de Covid foram registrados entre a tripulação do HMAS Adelaide, que deixou a Austrália na sexta-feira.
Isto ocorre quando Tonga tenta, desesperadamente, impedir que o Covid chegue às suas costas, à medida que mais ajuda humanitária começa a chegar ao país do Pacífico.
O ministro da Defesa da Austrália, Peter Dutton, prometeu não colocar a população tonganesa "em risco".
O Departamento de Defesa da Austrália disse que o HMAS Adelaide continuará a caminho de Tonga conforme planeado e deve chegar na quarta-feira, tendo em comunicado dado a garantia que os abastecimentos seriam entregues de forma "segura contra a Covid".
Até agora, Tonga apenas teve um caso confirmado de Covid, registado em outubro de 2021. As autoridades enfatizaram a necessidade de que a ajuda seja entregue sem contato para evitar a entrada do vírus.
A Austrália já tinha enviado aviões de transporte militar carregados com suprimentos de socorro, no entanto, o navio HMAS Adelaide transporta uma maior quantidade de carga de ajuda, muito necessária, incluindo equipamentos de engenharia, água e abrigo.
Estão a bordo do HMAS Adelaide mais de 600 tripulantes, possuindo o navio de instalações médicas a bordo, incluindo um hospital com 40 camas e uma enfermaria de cuidados intensivos a bordo, disse o Departamento de Defesa.
Este é o segundo carregamento de ajuda da Austrália atingido pelo Covid – um avião C-17 teve que retornar a meio do voo na semana passada, depois que um membro da tripulação foi diagnosticado com o vírus.
Tonga está a recuperar das consequências de uma erupção vulcânica submarina devastadora que atingiu a nação insular do Pacífico Sul há várias semanas, que desencadeou um tsunami que a NASA estimou ser centenas de vezes mais poderoso que as bombas atómicas da Segunda Guerra Mundial, causando devastação generalizada e deixando três mortos.
As autoridades dizem que quatro quintos da população foram afetados pelo tsunami e pelas cinzas vulcânicas, que continuam a representar um risco de saúde pública para a população de 105.000 habitantes de Tonga.
As autoridades estão determinadas a manter o arquipélago livre do vírus, pois o afastamento de algumas das suas comunidades insulares, muitas com recursos limitados de saúde, os torna particularmente vulneráveis a um surto.
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