17 de janeiro de 2022

Erupção do vulcão de Tonga alterou nível do mar em Portugal

O vulcão Hunga Tonga, no sudoeste do Pacífico, entrou em erupção explosiva na noite de sábado, horário local, produzindo um tsunami, enviando cinzas a 100.000 pés de altura e gerando uma onda de choque atmosférico que ondulou em redor do globo. A erupção foi ouvida no Alasca, a cerca de 5.000 milhas de distância, enquanto uma área do tamanho da Nova Inglaterra foi coberta pela nuvem de fumo cinzenta. 


A erupção do vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai no sábado enviou ondas de tsunami ao longo da costa de Tonga, e foram relatados aumento dos níveis de água na costa do Peru, na costa do Pacífico dos Estados Unidos e até na Europa.

O impacto da erupção e do tsunami fizeram-se sentir a nível global, com diferentes escalas de intensidade. Dados do Australian Bureau of Meteorology mostram que a onda de choque viajou a uma velocidade superior a 1.000 km/h – quase tão rápido quanto a velocidade do som – e resultou num salto notável na pressão atmosférica. 


Os estrondos sónicos da erupção foram ouvidos em todo o Pacífico, inclusive nas Fiji e Vanuatu e, até no Alasca, a mais de 9.000 km de distância.

De acordo com a agência AFP, no Peru, duas mulheres morreram numa praia, por causa de "ondas anormais" provocadas pelo vulcão, a mais de 10.000 quilómetros.

No domingo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera revelou que o tsunami provocou em Portugal alterações no nível do mar nos Açores, na Madeira e na zona de Peniche. Em Ponta Delgada a água subiu mais 40 centímetros. Estas alterações podem ser resultado das ondas de choque que alteram a pressão atmosférica.


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