O projeto da Vale de criar o primeiro mega mineraleiro do mundo equipado com velas de rotor ganhou na última quinta-feira (11/11) o Wind Propulsion Innovation Awards, apresentado pela International Windship Association em Glasgow, na Escócia, em evento paralelo durante a Conferência Internacional para a Alteração Climática (COP26). A entidade, que incentiva o uso global da propulsão eólica na navegação comercial, concedeu à Vale o prémio na categoria empresas que incentivam a adoção desse tipo de tecnologia por meio de protótipos ou uso comercial – desde maio, a frota de navios da empresa conta com um Guaibamax equipado com as velas do rotor.
No total, foram consideradas 84 indicações para um painel formado por membros da indústria, academia, apoiantes da tecnologia de propulsão eólica e pessoas ligadas às áreas da energia e sustentabilidade. A Vale foi a vencedora numa das quatro categorias abertas à votação do público. De acordo com os organizadores, foram reconhecidos projetos pioneiros, tecnologias inovadoras, pessoas e empresas que estão a promover a diferença no avanço da propulsão eólica como uma opção eficiente, de baixo carbono e sustentável para a frota de navios comerciais.
As velas giratórias são rotores cilíndricos, com quatro metros de diâmetro e 24 metros de altura – o equivalente a um prédio de sete andares. Durante a operação, os cinco rotores giram em velocidades diferentes, dependendo das condições ambientais e operacionais do navio, para criar uma diferença de pressão que propulsiona o navio para vante, baseado no fenómeno conhecido como efeito Magnus. Ainda em fase de testes, as velas do rotor podem oferecer ganho de eficiência de até 8% e consequente redução de até 3.400 toneladas equivalentes de CO2 por navio/ano. Caso o projeto piloto se mostre eficiente, estima-se que pelo menos 40% da frota poderá utilizar a tecnologia, o que impactaria na redução de quase 1,5% das emissões anuais dos embarques de minério de ferro da Vale.
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