13 de outubro de 2016

O excesso de produção chinesa e as suas exportações em queda livre são motivo de preocupação

O excesso de oferta protagonizado pela China através das suas enormes exportações de bens industriais que inundam os mercados em todo o mundo, tem vindo a contribuir para as pressões deflacionistas e ameaça outros países produtores globais. Por exemplo, o excesso de capacidade da China na produção de aço, só por si, é maior do que toda a produção de aço do Japão, Estados Unidos e Alemanha juntas.
A revista The Economist afirma que o sobre investimento da China em bens industriais é um problema grotesco, havendo análises que demonstram que o crescimento do investimento no fabrico de equipamentos de mineração e industriais, entre 2000 e 2014, ultrapassou, de longe, as necessidades reais. Este exagero deixou muitas empresas estatais vulneráveis à desaceleração, transformando-as em zumbis improfícuos.
E os economistas vêem, agora, maior motivo de alarme na segunda maior economia do mundo, já que as exportações chinesas caíram 10%, no período anual de Setembro do ano anterior e o actual, segundo informa a Reuters, apesar do Banco Central Chinês continuar a promover a desvalorização do yuan (https://www.porttechnology.org/news/china_exports_in_freefall? ).
Serão de esperar urgentes reajustes na economia Chinesa, uma vez que as autoridades pretendem canalizar o excesso da sua produção para a procura interna. No entanto, esta vontade não se apresenta fácil de concretizar, já que a mais fraca procura externa ainda não parece estar a traduzir-se em melhores retornos internos, com as importações também a experimentarem uma inesperada queda de 1,9%, em Setembro.
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