7 de outubro de 2016

Nenhuma empresa é “Tão Grande Que Não Possa Cair”

A Rickmers Trust Management, que administra a Rickmers Maritime, convocou uma assembleia geral extraordinária para 31 de Outubro, onde os credores votarão sobre uma proposta de reestruturação da dívida da empresa. Caso não seja aceite, a dissolução poderá ser o próximo passo a seguir.
A maior linha do Japão, Nippon Yusen KK (NYK Line), anunciou um recorde de perda de 1,9 mil milhões USD até o 2º trimestre de 2016, e viu cair a cotação na bolsa de valores japonesa mais de 30% só este ano.
As empresas de transporte marítimo tiveram as mais baixas margens operacionais desde 2012, com doze das treze principais linhas a apresentarem relatórios abaixo dos objectivos-chave. A margem operacional média destas doze linhas de contentores foi - 9,2%, comparados com os -5,5% no 1º trimestre de 2016, enquanto a 13ª, a Wan Hai Lines de Taiwan, se apresenta com ganhos de 3,3%.Entre as doze linhas com margens menores incluem-se as gigantes da indústria: Maersk Line, CMA CGM e Hapag-Lloyd (in: https://www.porttechnology.org/news/lowest_carrier_operating_margins_since_2012).

Estes são os mais recentes sinais dos problemas que enfraquecem o sector marítimo global, depois da ZIM ter reestruturado as suas dívidas no início da semana e do colapso da Hanjin Shipping, no final de agosto de 2016. Aliás, um mês após a queda do gigante sul-coreano, há uma série de lições importantes a retirar deste acontecimento. A falência da Hanjin foi, até, descrita como o "momento Lehman" do shipping, pelo presidente da Seaspan. Embora a comparação com a falência do Lehman, que em setembro de 2008 abalou as bases de financiamento global, com enormes consequências para a economia imobiliária, poderá ser "um exagero", de acordo com outros analistas, embora haja semelhanças e lições importantes a retirar.

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